Supreme será comprada pela VF Corp., empresa dona da Vans e da Timberland
A gigante do streetwear, conhecida pelo icônico logotipo, deve ser adquirida até o fim do ano pelo valor de US$ 2,1 bilhões
atualizado
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A VF Corporation, companhia dona da Vans e da Timberland, está comprando a marca de streetwear nova-iorquina Supreme por US$ 2,1 bilhões. A aquisição deve ser concluída até o final deste ano. A holding norte-americana espera que a marca gere pelo menos US$ 500 milhões em receita até 2022, com lucro ajustado por ação de US$ 0,20 nesse ano fiscal. Vale destacar que a VF Corp. é um dos principais grupos de marcas de vestuário do mundo e, agora, deve fortalecer ainda mais a relação com o universo skater.
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Aquisição pela VF Corp.
Caso algumas metas sejam cumpridas até a conclusão do negócio, a VF Corp. pagará mais US$ 300 milhões pela Supreme. Mesmo depois da aquisição, o fundador, James Jebbia, e a equipe de liderança continuarão trabalhando na marca.
Os acionistas e atuais investidores The Carlyle Group e Goode Partners haviam comprado suas participações na etiqueta em 2017 e 2014, respectivamente. Com o acordo de fusão, venderão tudo para a holding, que deterá 100% do negócio. Após o anúncio da compra, na segunda-feira (9/11), as ações da VF Corp. subiram 18%.
Em comunicado à imprensa, a empresa destacou seu relacionamento de longa data com a Supreme, depois de colaborações da label com as marcas Vans, The North Face e Timberland. Além disso, afirmou que ela complementará seu aspecto “inspirado nas ruas” que essas mesmas etiquetas já têm. Agora, a expectativa é acelerar ainda mais a transformação do modelo de negócios “hiperdigital” do grupo.
“O VF é o administrador ideal para homenagear a herança autêntica desta marca de estilo de vida cultural, ao mesmo tempo em que oferece a oportunidade de alavancar nossa escala e experiência para permitir o crescimento sustentável a longo prazo”, compartilhou Steve Rendle, CEO, chairman e presidente da VF Corp. em comunicado. Segundo ele, a aquisição da marca se torna mais uma validação da visão e estratégia do grupo, crescendo seu portfólio de labels.
O fundador da marca afirmou que eles estão orgulhosos por integrarem uma empresa com a qual colaboram há anos. “Esta parceria manterá nossa cultura e independência únicas, enquanto nos permite evoluir no mesmo caminho que temos seguido desde 1994”, observou Jebbia. Para 2020, o grupo espera obter US$ 3 bilhões em vendas com todas as suas marcas no segmento streetwear.
Legado da Supreme
A Supreme foi fundada em abril de 1994, quando James Jebbia abriu uma loja no centro de Manhattan, nos Estados Unidos, voltada à cultura do skate. Poucos anos foram necessários para transformá-la em uma gigante do segmento streetwear. Desde então, a marca fez colaborações com grandes etiquetas internacionais, incluindo Louis Vuitton, Levi’s, Nike e The North Face. Só nos últimos três anos, a receita da etiqueta mais do que dobrou. O detalhe mais marcante nas criações da label é o inconfundível logotipo que apresenta uma faixa vermelha com a palavra Supreme escrita em branco.
Atualmente, a marca tem unidades em Nova York (Brooklyn e Lower Manhattan), Los Angeles, São Francisco, Paris, Londres e Japão. Os Estados Unidos representam mais da metade de suas atividades. A primeira, na Lafayette Street, foi considerada um verdadeiro lar para a cena skater nova-iorquina. Os aguardados lançamentos costumam esgotar em minutos, sem falar nas filas de espera no lado de fora das lojas. Por outro lado, as vendas on-line representarem cerca de 60% da receita total da label.
Na visão da VF Corp., a Supreme “se estabeleceu como uma marca conhecida por sua qualidade, estilo e autenticidade”. A maior parte da atividade da etiqueta vem do segmento de vestuário. Agora, o desenvolvimento da rede de lojas e das demais categorias de produtos deve crescer ainda mais.
Até 2024, a expectativa é que a marca gere mais de US$ 1 bilhão em volume de negócios, com crescimento estimado de até 10%. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, a Supreme conseguiu manter uma forte relação com o consumidor, fator que também foi visto com bons olhos pela companhia que, a partir desta semana, corresponde ao seu novo lar.
Colaborou Hebert Madeira