SPFW N56: látex, crochê e metais consagram a volta da marca Helô Rocha
Após hiato de seis anos, a coleção O Sertão Vai Virar Mar foi apresentada nessa quarta-feira (8/11), no Teatro Oficina, em São Paulo
atualizado
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A marca própria de Helô Rocha entrou em hiato no ano de 2017, quando a estilista assumiu a linha Atelier Le Lis, da grife Le Lis Blanc. Agora, a etiqueta homônima volta oficialmente, com a primeira coleção completa em seis anos. O retorno triunfal ocorreu durante o primeiro dia de desfiles da 56ª edição do São Paulo Fashion Week, nessa quarta-feira (8/11). Látex, crochê e metais são destaques do compilado O Sertão vai Virar Mar.
Vem conferir!
Desenvolvida em parceria com Camila Pedroza, sócia de Helô Rocha, a coleção celebra as raízes das estilistas, ambas de Natal, no Rio Grande do Norte. Em uma homenagem ao Nordeste, as criações carregam elementos da Caatinga e da Mata Atlântica, mesclados aos oceanos. O conceito apresentado foi um desfile-fábula, no Teatro Oficina. A plateia ficou dividida entre as arquibancadas da estrutura.
Ao caminhar pela passarela, as modelos desviavam o percurso para passar por um painel com desenhos que misturam características marítimas e do sertão, em cenografia by Ana Arietti. A direção de arte e o styling foram pensados por Ode, enquanto Mika Safro assinou a beleza.
Nos looks, as modelagens despojadas são formadas por comprimentos mini, recortes, decotes, silhuetas marcadas e transparências. Franjas, bordados florais, aplicações tridimensionais, caudas com molas e amarrações dão autenticidade aos visuais.
Entre os principais destaques do retorno de Helô Rocha, estão os materiais com ar experimental. O protagonista foi o látex, que apareceu em luvas, blusas de gola alta e corsets. Crochê com brilho, véus de renda e camadas emaranhadas de tule também integram o repertório.
Nos pés, calçados que são meias com saltos são incrementados com penduricalhos de metais. Os adereços, repletos de formas e significados lúdicos, também surgiram em cintos.
Helô Rocha
Helô Rocha fundou a própria marca em 2015, mas pausou o negócio em 2017. De lá para cá, na label homônima, a estilista assinou apenas criações pontuais, como o terno usado pela primeira-dama, Janja, na posse do presidente Lula, em janeiro.
Na Atelier Le Lis, a designer ficou ainda mais conhecida pelo trabalho artesanal e vestiu várias celebridades, como Isis Valverde, Preta Gil, Carolina Dieckmann e Bruna Marquezine. Em 2019, Helô se despediu da Le Lis Blanc, em busca de “novos sonhos”.