“Sou japonesa”: entenda o caso de apropriação cultural de Gwen Stefani
A cantora ítalo-americana, ex-integrante do grupo No Doubt, tem um longo histórico de declarações e atitudes polêmicas. Veja
atualizado
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Dona de hits como Rich Girl e Hollaback Girl, Gwen Stefani está no centro de uma nova polêmica. Durante uma entrevista, a cantora disse ser japonesa. A fala repercutiu e trouxe de volta o debate sobre os casos de apropriação cultural que a artista está envolvida.
Vem entender!
Com uma carreira cheia de sucessos na música, tanto quando fazia parte do grupo No Doubt quanto em voo solo, Gwen Stefani acumula controvérsias. A mais nova ser acrescentada na lista ocorreu recentemente. Durante uma conversa para a revista Allure, a cantora surpreendeu com declarações a respeito de raça e pertencimento.
De acordo com a artista, o pai, que é ítalo-americano, contava histórias das viagens a trabalho ao Japão. “Foram a minha influência japonesa, uma cultura tão rica em tradição, mas tão futurista [com] tanta atenção à arte, aos detalhes e à disciplina, e foi fascinante para mim”, compartilhou.
Ela continuou: “Quando pude viajar pra lá, eu disse: ‘Meu Deus, sou japonesa e não sabia disso. Eu sou, sabe?! Se [as pessoas] vão me criticar por ser fã de algo bonito e compartilhar isso, acho que não parece certo”, afirmou.
Polêmicas
A entrevista para a revista norte-americana, focada no universo da beleza e moda, tinha como um dos focos abordar os casos de apropriação cultural que Gwen Stefani esteve envolvida ao longo dos anos. No assunto estilo e até penteados, o assunto se estende.
A ex-integrante do grupo No Doubt foi acusada anteriormente de se apropriar de diversas culturas, além de propagar estereótipos. Em sua carreira solo, ela também enfrentou reação por se apropriar da cultura negra em looks e vídeos, como também em apresentações no The Voice.
O uso das culturas asiáticas por Gwen Stefani, talvez, seja o mais criticado de sua carreira. O maior exemplo é fruto do grupo de dançarinas, intituladas de Harajuku Girls, que se juntaram a ela durante a era LAMB. Ela utilizou a imagem das jovens para lançar um linha de fragrâncias e coleções de moda.
No passado era melhor?
Em contrapartida as críticas, Gwen Stefani se defendeu a partir da narrativa que ama aquilo que admira. “Aprendemos uns com os outros, compartilhamos uns com os outros, crescemos uns com os outros. E todas essas regras estão nos dividindo cada vez mais”.
A cantora acrescentou: “Crescemos em uma época em que não tínhamos tantas regras. Não precisávamos seguir uma narrativa que estava sendo editada para nós nas redes sociais, apenas tínhamos muito mais liberdade”, finalizou.
Em 2022, a conversa a respeito dos casos de apropriação cultural já fazem da realidade daqueles que produzem arte, independentemente da área. As críticas direcionadas à Gwen Stefani merecem ser consideradas.