Shein gera polêmica com camiseta associada a fezes e pornografia
No Twitter, internautas levantaram questionamentos sobre peça que tem a escrita “scat love”, vendida pela marca chinesa de fast fashion
atualizado
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Uma das marcas mais populares da atualidade e sucesso no Brasil, a Shein está frequentemente envolvida em polêmicas. Apesar de ser considerada acessível, a fast fashion chinesa enfrenta acusações de trabalho escravo e de plágio das criações de outras etiquetas. Agora, mais uma controvérsia para a conta: uma camiseta com estampa associada a fezes e pornografia.
Trata-se de uma t-shirt preta com estampa escrita. No lettering, estão os dizeres “scat” (fezes, em tradução livre) e “love” (amor). Se fosse apenas pelo uso de uma palavra que remete à defecação, já seria algo, no mínimo, estranho. No entanto, o termo em inglês também é conhecido na pornografia por adeptos de materiais que mesclam conteúdo obsceno e cocô.
Na versão brasileira do site da Shein, a peça duvidosa está disponível em conjunto com uma saia xadrez. O look completo custa R$ 75,99. A varejista aponta, inclusive, que a camiseta é confeccionada com 63% de algodão e 37% em poliéster.
A polêmica sobre o item foi apontada nas redes sociais. No Twitter, um post com o assunto rendeu milhões de visualizações e interações. “E teve gente que comprou”, surpreendeu-se a autora do tweet que viralizou.
Um dos pontos levantados é que pessoas realmente compraram a camiseta e ainda a avaliaram bem. No e-commerce da Shein, há comentários com elogios, como “lindo” e “amei”. Contudo, não é possível afirmar que os clientes têm noção do que a estampa representa.
“Scat”: entenda
Além de inusitada, a temática é bem mais grave do que pode parecer. A prática do “scat”, também conhecida como “pornô de merda” em português, é alvo de investigações. Nos Estados Unidos, há exemplos de pessoas que foram presas depois de divulgarem ou consumirem esse tipo de conteúdo.
Em matéria da plataforma Vice, há exemplos de criadores de “pornô scat” que foram sentenciados a anos de prisão por “produzir, vender e distribuir vídeos obscenos”. No Brasil, o caso mais famoso é intitulado 2 Girls 1 Cup. Gravado em São Paulo, o filme escatológico inventou o que atualmente é conhecido como react de YouTube.