Audrey Hepburn morreu no dia 20 de janeiro de 1993, mas seu legado na moda e no cinema permanecem vivos até hoje. A trajetória da estrela de Hollywood está sendo revisitada mais uma vez. Segundo a revista Variety, a história será contada em uma série televisiva, assinada por Jacqueline Hoyt, com detalhes sobre a infância na Europa, a luta pela resistência e até o trabalho humanitário, após se aposentar. De olho na novidade de TV, a coluna reuniu as principais heranças deixadas pela eterna bonequinha de luxo no cenário fashion.

Vem conferir!

Mesmo 28 anos após a sua morte, Audrey Hepburn segue encantando fashionistas. Não apenas pelos acessórios ou figurinos, mas por elementos pessoais, como a postura, capaz de distingui-la das demais atrizes de sua época. Foi interpretando filmes inesquecíveis, como A Princesa e o Plebeu (1954), Sabrina (1954), Bonequina de Luxo (1961) e Minha Linda Senhora (1964), que ela concretizou a imagem de ícone de estilo e elegância.

Na década de 1950, Audrey construiu uma estética refinada e clássica, que ecoa até os dias atuais. O visual elegante é pontuado por sapatilhas coloridas, saias longas, vestidos com decotes curtos, pulôver, calças pretas combinadas com mocassins e meias brancas. Os trench coats da Burberry também foram marcantes em seus looks.

Entre os acessórios que marcam o visual da época, chapéus, óculos Oliver Goldsmith, vestidos com corte reto e as indispensáveis joias pesadas compõem as produções icônicas da atriz. Outro item que remete diretamente a Audrey é o pretinho básico. O termo nasceu a partir do little black dress da Givenchy, usado em Bonequinha de Luxo.

O modelo é copiado em todo o mundo por gerações de mulheres. Vale lembrar que muitos dos looks que fazem sucesso no cenário fashion vieram dos seus filmes. Vários deles são assinados por Hubert de Givenchy, que considerava Audrey uma musa. Os figurinos começaram a aparecer nos longas graças à amizade de longa data entre os dois.

Ainda interpretando a protagonista Holly Golightly, em Bonequinha de Luxo, o uso das pérolas foi popularizado. O visual clássico é complementado por uma tiara de brilhantes na cabeça e um par de luvas pretas.

No romance A Princesa e o Plebeu, Audrey aparece com um estilo mais despojado e, ainda assim, apaixonante. As madeixas curtas saíram das telonas para se tornarem sua marca registrada. Além do penteado, uma referência da década, as combinações com camisa branca e saia rodada de cintura alta ganham personalidade com lenços amarrados ao pescoço.

Ao longo da narrativa, as produções começam a ficar mais elaboradas, dando espaço a vestidos volumosos e bordados, combinados com joias grandes e glamorosas. Outra referência são as combinações de estampas iguais, presentes nas roupas e nos acessórios.

Série de TV

A vida da atriz Audrey Hepburn continua a cativar pessoas ao redor do globo. De sua ascensão nas telonas ao trabalho humanitário como Embaixadora do Unicef, e até sua parceria de longa data com o estilista Hubert De Givenchy, o legado da estrela tem sido tema de inúmeros documentários e livros.

Agora, de forma inédita, maiores detalhes da trajetória de Audrey tem sido gravados. A série bibliográfica é baseada no livro Audrey em casa: Memórias da cozinha de minha mãe, escrito a quatro mãos por Luca Dotti, primogênito da atriz com o jornalista Luigi Spinola. O filho também está colaborando com a produção da série.

A obra que inspira a produção foi lançada em 2015. Trata-se de uma biografia combinada com um livro de receitas, com direito a anedotas, trechos das cartas escritas por Audrey e fotografias de família que ainda não haviam sido publicadas.

Desde 2018, boatos sobre o lançamento têm tomado grandes proporções nos bastidores. Enquanto maiores informações a respeito da trama ou do elenco permanecem em segredo, a série é confiada às produtoras italianas Wildside e Fremantle, nomes por trás de The Young Pope (O Jovem Papa, em tradução livre).

“Para ‘Audrey’, nosso objetivo é mais uma vez produzir uma série que nasça localmente para ser distribuída globalmente”, comunicou Andrea Scrosati, chefe operacional da Fremantle. “A equipe de criação está perfeitamente posicionada para fazer isso acontecer”, acrescentou.

Colaborou Sabrina Pessoa