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Semana de Alta-Costura: futurismo e nudez marcam o outono/inverno 2023

Na seleção feita pela coluna, estão marcas como Schiaparelli, Iris Van Happen, Chanel, Balenciaga, Jean Paul Gaultier e Maison Margiela

atualizado

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Maison Margiela/Divulgação
Mulher branca com roupas vermelhas
1 de 1 Mulher branca com roupas vermelhas - Foto: Maison Margiela/Divulgação

Foi dada a largada de mais uma temporada de alta-costura! Com os olhos direcionados também em Paris, na França, a coluna compilou desfiles apresentados nos quatro dias de agenda, que ocorreu entre os dias 4 e 8 de julho. Diferentemente de outras semanas de moda, o evento que ocorreu na capital francesa reuniu apenas marcas que passam pelo crivo da Fédération de la Haute Couture. Na lista, estão Schiaparelli, Iris Van Happen, Chanel, Balenciaga, Jean Paul Gaultier e Maison Margiela.

Vem ver!

Giphy/Schiaparelli/Reprodução

Schiaparelli

O calendário de alta-costura foi aberto pela Maison Schiaparelli, na segunda-feira (4/7). O desfile assinado pelo atual designer da label, Daniel Roseberry, pincelou a eterna influência e DNA da fundadora, Elsa Schiaparelli, traduzidos em uma evolução lúdica dos códigos da maison.

Inspirada pela nostalgia dos anos 1980, a silhueta volumosa é alcançada pelas armações anquinha nos quadris e mangas bufantes. Bordados nas peças, drapeados e a escolha do veludo reforçam a essência da década.

Com a essência surrealista da fundadora nos acessórios, sapatos e aviamentos, a alfaiataria rigorosa de Elsa também é combinada com chapéus de aba reta. Outro destaque vai para os decotes cavados para o sul do umbigo. Corpetes também não ficaram de fora.

Mulher branca desfilando em passarela
Os dedos dos pés marcados permanecem nesta temporada

 

Mulher branca desfilando em passarela
A coleção exalta a textura em bustiês e espartilhos

 

Mulher branca desfilando em passarela
Decotes profundos são o ponto alto da passarela da Schiaparelli

 

Mulher branca desfilando em passarela
Drapeados estruturais roubaram a cena

Iris Van Happen

A designer holandesa Iris Van Happen trouxe a essência futurista para mais uma coleção. Mostrando como a tecnologia pode moldar a forma de vestir, literalmente, a estilista aposta na impressão 3D desde 2009.

A artista acredita que a tecnologia é uma poderosa ferramenta para a evolução do artesanato. “Todas as impressões 3D que estamos fazendo são projetadas digitalmente primeiro, então, esses looks já estão basicamente prontos para o metaverso”, elucidou em comunicado.

Mulher preta desfilando em passarela
Iris Van Herpen se inspirou no pós-humanismo, na transformação de identidades e no metaverso para a sua coleção

 

Mulher preta desfilando em passarela
A profissional mescla a realidade digital e a física

 

Mulher branca desfilando em passarela
Cada peça tem a modelagem feita em 3D

 

Mulher preta desfilando em passarela
Iris aposta também no metaverso

 

Chanel

Na terça-feira (5/7), foi a vez da Chanel apresentar a coleção. O compilado assinado pela diretora criativa Virginie Viard apostou na sobriedade para uma mulher real que necessita de peças bonitas e funcionais em seu dia a dia.

A passarela foi riscada por terninhos alongados e vestidos elegantes, que ditaram o design da coleção. Quanto à cartela de cores da temporada, branco, preto, rosa e verde tingiram a maioria das peças.

Mulher branca desfilando em passarela
Para Virginie, suas coleções refletem a necessidade e desejo dos clientes da casa e suas próprias fontes de inspiração ecléticas, mas nunca fantasiosas

 

Mulher branca desfilando em passarela
Visuais elegantes marcaram o desfile

 

Mulher branca desfilando em passarela
Estampas florais complementam o portfólio

 

Mulher branca desfilando em passarela
A mulher Chanel também é coberta por tweed, tecido clássico da grife e quase sempre presente em casaquinhos estruturados

 

Balenciaga

Após o hiato de 53 anos, a Balenciaga retornou para o calendário de alta-costura no ano passado. Trata-se da segunda coleção assinada por Demna Gvasalia para a label. Máscaras faciais reflexivas, neoprene e um casting estrelado por celebridades marcaram a apresentação.

Demna reinterpretou o tecido nobre gazar de seda, material escultural inventado por Cristobal Balenciaga com colaboração com a fabricante têxtil Abrahams em 1958, para embalar os vestidos volumosos, identidade do fundador da brand.

Para a temporada, o estilista desenvolveu um material em neoprene, feito com um fabricante japonês. O visual fetichista também se faz presente no compilado.

Mulher branca em editorial
Kim Kardashian foi elencada para o casting de modelos

 

Mulher branca em editorial
Naomi Campbell também estava na seleção estrelada

 

Mulher branca em editorial
Nicole Kidman desfilou para a etiqueta

 

Mulher branca em editorial
Dua Lipa endossou a lista

 

Jean Paul Gaultier

O diretor criativo da Balmain, Olivier Rousteing, foi convidado pela grife para criar peças em colaboração com Jean Paul Gaultier, idealizador da marca. A coleção desenvolvida em quatro mãos é recheada por itens que revisitaram códigos característicos da casa, como o espartilho de seios cônicos, cintura bem marcada e até mesmo elementos metalizados, que estão presentes nas embalagens dos produtos.

Em entrevista ao portal WWD, Rousteing comentou um pouco sobre as peças. “A parceria me fez entender quem eu sou além da Balmain”. Ele revelou que Jean Paul só lhe deu um conselho: “Seja você mesmo”.

Mulher branca em desfile
“Este desfile é uma carta aberta a Jean Paul, uma carta aberta de amor”, anunciou Olivier Rousteing momentos antes do desfile

 

Homem preto em desfile
Rousteing também revelou que Gaultier é uma das suas maiores inspirações na moda

 

Mulher preta em desfile
O diretor criativo da Balmain também tem memórias afetivas com a marca: seu pai com a icônica fragrância Le Male de Gaultier em sua embalagem de lata

 

Mulher branca em desfile
O trabalho artesanal de Gaultier também foi homenageado

Maison Margiela

A Maison Margiela, comandada por John Galliano, apostou em um fashion film ao invés das tradicionais passarelas. O diretor criativo abraçou a moda, o teatro, o digital e a arte ao lançar o curta nomeado de Cinema Inferno.  Com narrativa de psicodrama americano, o curta conta uma história de amor e morte.

Com figurino de tirar o fôlego, o romantismo se fez presente na cartela de cores marcada por tons pasteis, e foi reforçado em vestidos com modelagens de mangas bufantes, confeccionados em tule. A alfaiataria desconstruída foi outro ponto alto da apresentação.

Mulher branca em desfile de moda
Batizada de Cinema Inferno, o compilado da Maison Margiela é apresentado em forma de filme

 

Mulher branca em desfile de moda
A narrativa foi apresentada no teatro do Palácio de Chailot, em Paris, na França, na quarta-feira (6/7)

 

Mulher branca em desfile de moda
A arte, moda e o teatro se uniram

 

Mulher branca em desfile de moda
A alta-costura da Margiela beirou o surrealismo

 

De acordo com o órgão Fédération de la Haute Couture, só podem participar as etiquetas que produzem em Paris e de forma artesanal e sob medida; que empregam pelo menos 20 pessoas nesse ateliê setorizado; e que desenvolvem mais de 25 looks para o evento.

O cronograma da semana foi encerrado na sexta-feira (8/7), e contou com desfiles das labels Aelis, Yuma Nakazato, Julie de Libran, Imane Ayissi, Fendi Couture, Juana Martín e Adeline André.

 

Colaborou Sabrina Pessoa

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