Sapatilhas para bailarinas negras finalmente chegam ao mercado
Os modelos desenvolvidos pela marca Freed of London, em tons de marrom, surgiram 200 anos depois das brancas
atualizado
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É tempo de discutir a diversidade, mas algumas marcas parecem não acompanhar essa necessidade e caminham a passos lentos. Durante muito tempo, por exemplo, bailarinas negras não encontravam calçados que combinassem com o próprio tom de pele, e, por isso, mantinham o hábito de tingi-los.
Pensando nisso, recentemente, a Freed of London, marca especializada em produtos de balé, começou a vender sapatilhas para dançarinos negros: uma marrom e outra bronze. Há mais de um ano, a norte-americana Gaynor Minden também disponibiliza modelos em tons variados. As peças foram criadas 200 anos depois das brancas.
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As sapatilhas foram criadas em 1820 e eram originalmente brancas. Depois, passaram a ser vendidas também na cor rosa.
A falta de representatividade na dança atingiu Cira Robinson por muito tempo. Ela começou a dançar nos anos 1950 com calçados rosas, mas, nos anos 1970, um dos fundadores da Dance Theatre decidiu que os dançarinos deveriam usar sapatilhas que combinassem com o próprio tom de pele.
Em entrevista ao The New York Times, a bailarina norte-americana contou que passou a pintar os sapatos com tinta em spray e depois usou maquiagem. “Eu ia nas lojas mais baratas para comprar base, do tipo que ‘você nunca colocaria em sua pele porque iria causar alergia’. Eu não tinha outra alternativa”, explicou Robinson.
Ela demorava entre 45 minutos e uma hora para pintar cada par. Atualmente, usa o modelo marrom da Freed of London.
Os modelos da Freed of London foram lançados em parceria com a companhia britânica Ballet Black. Produzidos sob encomenda, são disponibilizadas para homens e mulheres.
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Colaborou Rebeca Ligabue