Saiba quais são os novos projetos do artista plástico Vik Muniz
Na última semana fui conhecer o estúdio dele no Rio de Janeiro, em um encontro cheio de informação e criatividade. Vem comigo!
atualizado
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O céu é o limite quando se trata do trabalho de Vik Muniz. Com talento e originalidade, o artista plástico desenvolve projetos abstratos, fotografias, esculturas, colagens feitas com materiais não convencionais e imagens que brincam com nosso processo de percepção.
Além disso, ele também mostra que a arte e a moda caminham lado a lado. Em 2010, o brasileiro foi convidado pela Louis Vuitton para uma parceria e assinou a foto escolhida para estampar um lenço da grife francesa.
Nessa sexta-feira (10/8), tive a oportunidade de ir ao Rio de Janeiro para participar de um day experience e conhecer o estúdio do artista. Na ocasião, Vik apresentou obras e contou detalhes de seus últimos processos de criação.
Os trabalhos nos instigam a refletir sobre a arte como um todo. O mais impressionante é a diversidade e quantidade de material que o profissional conseguiu produzir em 30 anos de carreira.
Quer saber mais? Então, vem comigo!
Vik Muniz começou a carreira como escultor e, aos poucos, também se tornou fotógrafo. Atualmente, divide moradia e a vida profissional entre Nova York e o Rio de Janeiro.
O processo criativo do artista é intenso e envolve técnicas de observação e variadas tentativas. “Quando se trabalha com arte, as coisas interessantes vêm de um lugar que não tem algum tipo de expertise, ninguém sabe nada sobre aquilo. Quando você encontra esses locais, eles vão se expandindo”, explica Vik.
“Começo sempre de um lugar desconhecido, no qual não sei o que eu estou fazendo. Tenho uma vaga ideia da direção para onde eu estou querendo ir, e vou ter de criar um local para mim dentro daquilo”, complementa.
Na exposição Handmade (ou Espitemus, como o artista a chama no exterior), que foi apresentada em 2016 e expandida em 2017, Vik explora a fronteira entre realidade e representação, entre o objeto original e sua cópia. Além disso, gera dúvidas nos olhos do espectador.
O criador também trabalha com linhas aplicadas e outras desenhadas. Com a sensação de 3D, a ideia é confundir, pois, a olho nu, não é possível distinguir de que forma cada traço foi feito. Tendo isso em mente, a impressora é usada como pincel.
A série Colonies, de 2014, foi criada durante sua residência no MIT Media Lab. Em colaboração com o biólogo Tal Danino, ele junta células do fígado e cancerígenas com um carimbo de silicone para criar imagens usando técnicas de microestampa. O trabalho final é resultado de várias fotografias ampliadas das células vistas com microscópio.
Atualmente, Vik está trabalhando em uma série que aborda figuras de santos. Para ter inspiração, ficou duas semanas sozinho no Museu do Prado, na Espanha. Fez o mesmo com a obra de Leonardo da Vinci, Mona Lisa, no Louvre.
Mais sobre o artista
As obras de Vik Muniz já foram expostas em renomados museus pelo mundo, como: Museu de Arte Moderna de São Paulo; MoMA em Nova York; Instituto de Artes de Chicago; Museu de Arte Contemporânea em Los Angeles; Museu Victoria & Albert, em Londres; entre outros.
Além da paixão pela arte, Vik está envolvido em projetos sociais. Em 2010, ele desenvolveu o documentário Waste Land, que mostra o trabalho do artista com catadores de lixo no Brasil. O filme foi indicado ao Oscar e ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Sundance. Em 2011, Vik Muniz foi nomeado como embaixador da Unesco.
A visita foi promovida pela Galeria Nara Roesler, em parceria com a Amsterdam Sauer, que também proporcionou uma ida ao museu da joalheria. O convite foi de Susan Neves, Nathalia Abi-Ackel e Gabriela Constantino.
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* Créditos das imagens usadas no GIF: cortesia de Vik Muniz/Galeria Nara Roesler