Saiba detalhes sobre as marcas do festival Metrópoles Fashion & Design
O evento reunirá etiquetas brasilienses que estampam a criatividade da capital em criações autênticas e autorais. Confira!
atualizado
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Um evento que irá movimentar a capital federal. Essa é a premissa do Metrópoles Fashion & Design, com programação nos dias 5 e 6 de outubro, no Museu Nacional da República. Com foco nos talentos locais, o mix englobará apenas marcas fundadas em Brasília, que pulsam a pluralidade da cidade.
Vem conferir!
Com interseção entre moda, design e cultura, o evento inédito reunirá um time ímpar de criativos que comandam etiquetas independentes na capital. Como um quebra-cabeça que se completa, cada uma delas irá somar o todo com a sua visão única sobre o universo fashion, seja ela atemporal, moderna ou urbana.
Ao todo, mais de 20 marcas irão compor o quadro da programação que acontecerá em dois dias seguidos. A fim de impulsionar o trabalho autoral das empresas de moda, o espaço terá stands dos projetos com uma pequena seleção de itens disponíveis. Com o objetivo de apresentar a nova safra de talentos da capital, o festival elencou marcas com estilos distintos, mas igualmente criativas.
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Confira abaixo a lista de etiquetas de moda participantes do #MFD Festival:
Abi Project
A Abi Project é uma marca de acessórios divertidos, despretensiosos e autênticos, fundada em 2015. Com pegada vintage, peças de arte dos anos 1980, 1970 e 1980 são usadas como referência para a criação dos itens modernos, que unem moda e estilo de maneira ímpar.
As coleções da etiqueta refletem a história da fundadora, Nathália Abi-Ackel, que vive na busca incessante pelo novo. A label, que mantém o maximalismo como diferencial, leva essa característica à máxima potência nas coleções. Cores vibrantes, tamanhos exagerados e texturas variadas estão no repertório.
Babalong
Com elementos que definem o estilo das novas gerações, a Babalong tem como carro-chefe as estampas psicodélicas. “A nossa assinatura é maximalista, com um pé na sensualidade. Gostamos de brincar nas criações, texturas e nos materiais. A ideia é criar coleções atemporais e que vistam com identidade diferentes corpos e gêneros”, define Débora Alencar, em entrevista à coluna.
Cabaré Amazônico
A Cabaré Amazônico é uma marca brasiliense focada na estamparia criativa. Ainda no lançamento, a etiqueta escolheu homenagear a ancestralidade, a beleza e a alegria de Dona Maria, avó do idealizador Tiago Lucas.
Batizada de “É Fogo na Jaca”, expressão utilizada por ela para lembrar que a vida nem sempre é fácil, a label apresenta peças em tons saturados. Nas criações, a marca propõe padronagens exuberantes, como uma lembrança que a vida não precisa ser nada convencional e, de preferência, muito colorida e bem humorada.
Dane-se
De maneira despretensiosa e com título provocativo, o projeto da Dane-se começou a ser rascunhado no segundo semestre de 2014. A peça que inspirou a criação da marca foi o item mais “feijão com arroz” do guarda-roupa: a camiseta preta.
No começo, a produção era alinhada com o gosto pessoal dos idealizadores, Dan Moreira e Enozor Junior. Com o tempo, no entanto, o portfólio cresceu. Atualmente, além das camisetas, o mix engloba camisas, calças, bermudas e acessórios.
Dedim
Focada em upcycling e idealizada em 2017, a marca Dedim utiliza materiais de reuso nas criações. Com um olhar fashion e sustentável, a fundadora, Simone Souza, recolhe madeiras descartadas em marcenarias da cidade e aproveita as doações de restos de obras e de móveis antigos. Em uma mistura inusitada de materiais, as peças são, ao mesmo tempo, modernas e rústicas, cruas e descoladas, minimalistas e chamativas.
Diáspora 009
A Diáspora 009 é resultado de vivências, reflexões e conhecimentos que Lia Maria adquiriu ao longo da própria jornada. Desde 2017, a etiqueta tem realizado feiras, desfiles, palestras, cursos, figurinos e direção de arte. Como em um livro que se completa, cada peça é um manifesto político criado com afeto e saberes ancestrais que fortalecem a negritude.
Hylo Cartis Studio
Criada pelo designer brasiliense Alisson Abreu, a Hylo Cartis Studio é adepta do estilo streetwear e high-end, e estampa nas criações elementos presentes no cotidiano urbano. Desde a concepção, em maio de 2022, a marca flerta com conceitos de luxo, sem deixar de lado as referências street.
“A Hylo Cartis surgiu como uma necessidade de expansão de outra marca minha, a Duragbsb que, por sua vez, foi criada para facilitar o acesso da comunidade afro à nossa cultura. Desde o início, trazemos a cultura de rua à tona, porém, com um toque de sofisticação, buscando sempre uma produção consciente, com peças exclusivas e limitadas”, pontua em entrevista à coluna.
Kolm Collective
Cearense radicada em Brasília, Juliana Bandeira integra o quadro de produtoras de conteúdo de moda que atrelam o estilo de vida às marcas que trabalha. Tais referências estão impressas na Kolm Collective, marca que ela desenvolveu ao lado do marido, o fotógrafo Bruno Aguiar.
A etiqueta comandada pela dupla propõe roupas e acessórios para o dia a dia, ancorada nos pilares do conforto, qualidade e atemporalidade. Tonalidades neutras, como marrom, mostarda e bege, marcam presença nas criações.
Letícia Gonzaga
Peças com DNA atemporal, modelagens fluidas e tonalidades sóbrias: assim podem ser definidas as criações de Letícia Gonzaga, que assina a etiqueta homônima. A trajetória da estilista na moda começou de forma despretensiosa, ainda na adolescência, quando a mãe fundou uma confecção de roupas. A paixão pelos croquis não foi instantânea, mas floresceu com o tempo.
Atemporal em essência, as peças propostas são tradicionalmente amplas, clássicas e com detalhes românticos. O portfólio engloba saias, vestidos, blusas, calças e macacões. Um dos best-sellers é a camisa de seda, uma das primeiras peças confeccionadas.
Lucila Pena
Lançada em 2017, a etiqueta brasiliense Lucila Pena tem fluidez e praticidade como DNA principal. A marca também carrega inspirações no dia a dia da estilista homônima, traduzidas em vestidos com referências retrô. “Eu tinha dificuldade em achar vestidos de festa. Era tudo com muita pedraria e bordado, e eu não gostava dessas coisas”, define Lucila.
Com produção slow e DNA marcante, a etiqueta construiu com uma estética própria: contemporânea e, ao mesmo tempo, delicada; moderna sem deixar de lado as referências de décadas passadas, como os anos 1970 e 1980.
Miwa
“Eu não faço roupas. Eu busco transformar ideias, conceitos e sentimentos em matéria”, define Carol Nemoto, designer à frente da Miwa Project. A marca sustentável surgiu de maneira despretensiosa em 2011, durante a temporada de estudos da criativa em Milão, na Itália. No trabalho, que transporta movimento para as peças, a criativa afirma que o propósito pessoal é levar beleza à vida das pessoas.
“Toda a minha criação é pensada dentro de uma ótica que leva em consideração relações identitárias entre ‘o eu’, o corpo e a roupa”, afirma em entrevista à coluna.
Off Shadow
“Eu gosto de dizer que a gente não escolheu o streetwear, o streetwear escolheu a gente. Eu sempre vivi o streetwear, seja nas roupas, seja no meu estilo de vida. Sendo assim, a escolha quanto ao nosso segmento de atuação acabou sendo muito mais fácil por isso”, define JP Santos, fundador da Off Shadow.
A inspiração para as criações vem do próprio cotidiano do designer. O portfólio aposta em peças com uma pegada jovem, como camisetas descoladas, jaquetas puffer, camisas com logos da marca e peças de moletom.
Pitayah
As peças da Pitayah, que esbanjam tonalidades vibrantes, são criadas no material do momento: a cerâmica plástica. Motivadas pelas possibilidades da matéria-prima, Nadine Lobo e Maira Nunes começaram a produzir os itens feitos à mão.
As curvas e a arquitetura ímpar de Brasília permearam a criação das peças da etiqueta. No colares e brincos, não faltam formas geométricas, pedras furta-cor e estampas. “Nos sentimos privilegiadas de morar em uma cidade que te convida a observar sempre. As nossas pesquisas tem de tudo: paisagens, artistas e música”, pontua Nadine Lobo.
Safe Woman
Fundada por Sarah Félix, em 2022, a Safe Woman surgiu com o desafio de viabilizar a multifuncionalidade por meio de peças que acompanham as mulheres nos diferentes ambientes que elas transitam ao longo do dia. Dessa forma, um dos pilares que ancora a marca de streetwear esportivo é a versatilidade.
“Uma mesma roupa usada para sair, por exemplo, também pode ser usada para praticar esportes. Pensando nisso, todos os itens do nosso portfólio contam com alta tecnologia e proteção UV. Apostamos em uma identidade visual forte e marcante, pensada para uma mulher independente”, destaca a idealizadora.
Sinna Lab
Inovação atrelada à qualidade: a Sinna Lab acredita que o cuidado com toda a cadeia que envolve a produção de uma peça, da escolha de tecidos ao produto final, soma valor ao posicionamento da marca de streetwear. As criações idealizadas por Eduardo Gomes e Gabriel Guedes chamam a atenção pelo DNA característico.
Sob a direção criativa da dupla, camisetas e casacos de moletom ganham estampas que destacam as peças. “Buscamos referências no cotidiano urbano, no lifestyle de rua. Somado a isso, trazemos uma irreverência criativa, que é a nossa assinatura”, conta Eduardo à coluna.
Trela
A Trela traduz o DNA da geração Z. A estética da marca brasiliense é um ode aos anos 2000, com peças que fizeram sucesso na década, como as bolsas de miçanga e de cetim. Apesar de recente no mercado, a etiqueta já conquistou a influenciadora Rafa Kalimann e a cantora Iza.
Tamã
A Tamã nasceu em 2018, a partir de um sonho movido pelo propósito de valorizar a sociobiodiversidade brasileira por meio de produtos autênticos. “Acreditamos que nossas roupas podem carregar e democratizar importantes mensagens e, por isso, trabalhamos desenvolvendo projetos em cocriação com associações e povos indígenas”, explica Cléber Oliveira, biólogo e indigenista à frente da marca.
Cerca de 15 grupos em todo o Brasil fazem parte da rede colaborativa. O próprio modelo de negócio da empresa é, também, inspirado na economia indígena. O lucro dos itens, desenvolvidos com o design exclusivo e vendidos nas redes sociais, são divididos com comunidades tradicionais e iniciativas dedicadas aos povos tradicionais e quilombolas.
Thaís Fread
A marca homônima criada pela designer Thais Fread desenvolve peças acessíveis e atemporais desde 2013. A arquitetura de Brasília e o movimento concretista são as principais fontes de inspiração da artista brasiliense, que harmoniza geometricamente materiais, como revestimentos vítreos, perfis de alumínio, materiais envernizados e tramas têxteis.
Verdurão Camisetas
Assim como as tesourinhas e a temporada dos ipês, as camisetas da Verdurão são um clássico brasiliense. Os fundadores da marca, Pil e Fernanda Maia, apostaram em uma estratégia até então pouco explorada: transformar lugares, expressões e símbolos típicos da capital em estampas.
A loja no Conic, na região central, que encerrou as atividades na pandemia, era um ponto certo onde os brasilienses sabiam que iriam encontrar uma camiseta autoral e divertida para comprar ou para presentear. Saíram de cena presentes com frases como “Estive em Brasília e lembrei de você!” e entraram as t-shirts da Verdurão. Em 2020, a etiqueta foi comprada pelo empresário Wesley Santos e atualmente está com um espaço físico no Infinu.
#MFD Festival
O Metrópoles Fashion & Design é uma iniciativa do portal Metrópoles com a colunista Ilca Maria Estevão, em parceria com a produtora Limonada Project. A primeira edição do evento ocorrerá em 5 e 6 de outubro, no Museu Nacional da República, em Brasília.
A fim de valorizar o talento criativo local, o movimento oferecerá um espaço de vendas no estilo de loja pop-up. No #MFD Festival, estilistas e designers contam a própria história e planos para o futuro.
Paralelamente, o movimento proporciona, durante os dois dias de evento, premiações, rodas de conversa abertas ao público, experiências musicais com apresentações, bandas e DJs. Comida descontraída e drinks diversos também fazem parte dessa imersão coletiva no universo da moda e da criação. Vem com a gente?
Produção: Limonada Project
Identidade visual: Jean Matos
Serviço
Metrópoles Fashion & Design
No Museu Nacional da República
Em 5 e 6 de outubro
Aberto ao público
Entrada gratuita
Colaborou Marcella Freitas