Saiba como produtos de beleza são alternativa lucrativa para grifes
Em tempos de incerteza, grandes grifes encontram, no setor de beleza, uma aposta segura e lucrativa em seus negócios
atualizado
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O mercado de luxo vive momentos de queda geral, e linhas de beleza despontam como um setor cada vez mais estratégico para as grandes marcas de moda. Em um cenário de incertezas econômicas, grifes renomadas como Chanel, Dior e Celine investem e enxergam o retorno desse movimento.
Vem conferir!
Atualmente, é estimado que aproximadamente 40% do faturamento total da Chanel seja proveniente de produtos de beleza, principalmente fragrâncias e maquiagem, segundo a Elle britânica. Tratando-se da maison francesa, contudo, isso não é novidade, já que a tradição da grife em cosméticos vem de longa data.
Nos últimos anos, o número de novas boutiques da Chanel inauguradas ao redor do mundo cresceu, mostrando que até quem já está consolidado ainda conquista novos públicos nesse meio.
Essa movimentação ocorre, entre outros fatores, pela oportunidade de oferecer um ponto de entrada mais acessível para o cliente. Um batom de luxo, por exemplo, permite que consumidores que têm a aspiração de possuir um item da grife realizem esse desejo, enquanto os altos preços de roupas e acessórios ainda são complicadores.
De 2023 para cá, a Celine lançou sua própria linha de beleza, e a Prada entrou no mundo do skincare e das makes. Em 2025, será a vez da Miu Miu ingressar na tendência, em parceria com a L’Oreal, enquanto a Marc Jacobs vai relançar sua linha de maquiagem.
Moda, beleza e o “efeito batom”
A estratégia se mostra eficiente tanto para atrair novos clientes como para fidelizar aqueles que já são consumidores das grifes. Além disso, a beleza tem sido um mercado mais estável em momentos de recessão, com potencial para gerar receitas adicionais e fortalecer o valor da marca.
O mercado de luxo está atento às tendências de consumo e percebe a crescente demanda por cosméticos. Enquanto as fragrâncias eram o principal foco no passado, a maquiagem desponta como a nova aposta, impulsionada pelo crescimento de 18% nas vendas dentro do luxo em 2022.
Em 2001, Leonard Lauder, fundador da marca de cosméticos Estée Lauder, cunhou o termo “efeito batom”, que descreve a tendência de as pessoas buscarem itens mais acessíveis, mas que ainda geram status, durante períodos de crise econômica. Nos últimos cinco anos, o sucesso do produto em marcas como Louboutin, Valentino e Gucci provam esse fenômeno.
O mercado de luxo se transforma e se adapta a tempos de incerteza, encontrando no setor de beleza uma aposta lucrativa. Por meio de perfumes consagrados ou de novas apostas em maquiagens e skincare, grandes grifes entram nesse mundo em um mercado cada vez mais consolidado.