Saiba como a indústria da moda trabalha para banir uso de pele animal
A Prada se juntou ao rol das marcas que aderiram ao fur free. Além disso, NY deve ser a próxima cidade dos EUA a proibir a comercialização
atualizado
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A moda está passando por um momento de transformações. O consumo consciente ganha cada vez mais força, e o próprio público pede que as marcas abandonem hábitos obsoletos. Nesse sentido, a indústria caminha para o banimento total do uso de pele animal em peças de vestuário e acessórios.
Seguindo o exemplo de marcas como Diane von Furstenberg, Chanel, Ralph Lauren, Coach e Jean-Paul Gaultier, a Prada anunciou, nessa quarta-feira (22/05/2019), que vai aderir ao movimento fur free. A partir da coleção de primavera/verão 2020, a grife italiana passará a investir em materiais alternativos. Simultaneamente, a cidade de Nova York está prestes a se unir à causa.
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Além da Prada, a medida afetará as labels Miu Miu, Church’s e Car Shoe. Os produtos já confeccionados com materiais de origem animal serão vendidos até o término do estoque. Contudo, as novas produções terão compromisso com o conceito de luxo ético.
“O foco em materiais inovadores permitirá à empresa explorar novos limites do design criativo, atendendo à demanda por produtos éticos”, explicou Miuccia Prada, diretora criativa da grife, em comunicado oficial.
A mudança é resultado de uma colaboração com a Fur Free Alliance (FFA), uma junção de organizações de proteção animal de mais de 40 países pelo mundo. A negociação começou há mais de um ano. “O Prada Group agora se une a uma lista crescente de marcas livres de peles, que estão respondendo às mudanças de atitude dos consumidores em relação aos animais”, declarou Joh Vinding, presidente da FFA.
A luta dos ativistas pelo bem-estar animal segue trazendo impactos. Depois de Los Angeles e São Francisco, Nova York também pode vetar o comércio de itens de pele.
Membro da Assembleia do Estado de Nova York, Linda Rosenthal apresentou um projeto de lei que pretende proibir a venda e também a produção de pele animal em toda a região de Nova York até 2021. Na proposta, a política afirma que tal mercado é incompatível com os direitos dos bichos.
Ao que tudo indica, a moda está voltada a uma direção mais ética e responsável. No ano passado, o London Fashion Week passou a não ter peças de pele de origem animal. Todas as marcas que desfilaram na semana de moda abraçaram a mudança.
A Burberry, por exemplo, foi alvo de críticas durante muito tempo. Depois que Riccardo Tisci assumiu o comando, a grife britânica entrou no fur free e passou a adotar práticas mais sustentáveis.
Colaborou Rebeca Ligabue