Rihanna pede desculpas a muçulmanos após desfile da Savage x Fenty. Entenda
A trilha sonora da apresentação, que aconteceu no dia 2, incomodou a comunidade islâmica por recitar versos sagrados
atualizado
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A cantora e empresária Rihanna comandou a segunda edição do desfile da sua renomada etiqueta de lingerie, a Savage x Fenty, na última sexta-feira (2/10). A apresentação atraiu os holofotes da moda pela inclusão de diferentes corpos, culturas e personalidades. Contudo, após o show ilustre na plataforma Amazon Prime Video, a artista publicou um pedido de desculpas à comunidade muçulmana. Ela foi criticada por incluir uma música com versos sagrados islâmicos na trilha sonora.
Vem comigo entender o caso!
Seguindo o formato da primeira apresentação, a Savage x Fenty permaneceu nos moldes do que a cantora e empresária defende. Mais do que uma passarela, a “bad girl” quebra estereótipos e traz um verdadeiro show ao serviço de streaming.
Além dos elogios pela diversidade e pelos corpos reais em diferentes tamanhos, raças e gêneros, vieram também um punhado de críticas. Alguns fãs, entusiastas da moda e demais telespectadores se ofenderam com uma parte da performance Savage Not Sorry.
Modelos usaram as lingeries de lançamento para o outono 2020 da grife. Porém, apareceram dançando ao som de uma música que reproduzia áudios de alguém lendo o hádice, narrativa sagrada do profeta Maomé.
Depois de várias críticas nas redes sociais, Rihanna compartilhou, nessa terça-feira (6/10), um pedido de desculpas nos Stories da sua conta pessoal no Instagram. Na mensagem, a artista afirma que a seleção da música foi um descuido.
“Gostaria de agradecer à comunidade muçulmana por apontar um enorme descuido que foi involuntariamente ofensivo em nosso show do Savage x Fenty”, escreveu Rihanna. “Entendemos que ferimos muitos de nossos irmãos e irmãs muçulmanos e estou incrivelmente desanimada com isso!”, desabafou.
O livro sagrado, compilado de leis para os islamitas, é complementar ao Alcorão. A obra interpreta lendas e histórias de Maomé. A música que embalou a performance artística durante o desfile é assinada pela produtora e vocalista Coucou Chloe, que admitiu ter remixado o áudio de uma pessoa lendo trechos do hádice.
A musicista londrina também publicou em seu Twitter um pedido de desculpas, alegando ter pegado gravações da internet para incluir no repertório do evento. Na mesma mensagem, Coucou avisa que irá remover com urgência a música de todas as plataformas de streaming. Lançada há dois anos, a melodia é batizada como Doom e faz sucesso nas festas de Londres.
I take full responsibility for the fact I did not research these words properly and want to thank those of you who have taken the time to explain this to me. We have been in the process of having the song urgently removed from all streaming platforms. 2/2
— COUCOU CHLOE (@coucou_chloe) October 5, 2020
A música foi utilizada na entrada da rapper Rico Nasty nas passarelas. Os trechos islâmicos remixados na batida citam como Maomé viu sinais do apocalipse. Também abordada a conexão do fim dos dias com a morte de religiosos, quando terremotos serão frequentes, o tempo será acelerado e o número de assassinatos irá aumentar.
Colaborou Sabrina Pessoa