Revista Elle Brasil será relançada em maio com foco no digital
Uma das publicações de moda mais reconhecidas do país está de volta com edições digitais, conteúdos audiovisuais e edição impressa premium
atualizado
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Notícia boa para os fãs da Elle Brasil! Depois de um ano e meio fora do mercado, a edição nacional da revista voltará a circular em maio. Agora sob os cuidados do Grupo Papaki, a Elle Brasil ganhará edições mensais digitais e quatro publicações impressas ao ano, além de focar na produção de conteúdos audiovisuais para a web, como vídeos e podcasts, e maior presença nas redes sociais. A novidade foi divulgada pelo site Meio e Mensagem na manhã desta segunda-feira (09/03).
Vem comigo saber mais detalhes!
Voltada para mulheres entre 25 e 45 anos, a revista continuará com a cobertura de moda, beleza e lifestyle. A partir de agora, a edição impressa será considerada um “produto premium”, uma espécie de item de colecionador. A versão brasileira era considerada uma das mais relevantes da marca Elle no mundo.
Susana Barbosa, antiga diretora de redação da revista, está de volta ao comando da direção editorial. “Nas redes sociais, recebemos muitas mensagens saudosas de leitores que continuaram falando de Elle e relembrando grandes momentos da marca, mesmo ao longo deste um ano e meio em que ela estava fora do mercado”, disse a jornalista ao Meio e Mensagem.
Com o relançamento, a revista terá dois formatos de assinatura anual: um somente com as edições digitais mensais e outro premium, com as edições mensais e as quatro impressas. No site, o conteúdo será aberto e os leitores poderão comprar exemplares avulsos. A marca também investirá nas mídias sociais e produtos audiovisuais.
“Acreditamos que vídeo e podcasts são formatos imprescindíveis hoje para qualquer audiência e para qualquer veículo. Essa é uma das principais formas que as pessoas consomem conteúdo hoje”, acrescenta Susana. Mesmo depois de quase dois anos inativo, o perfil da revista no Instagram mantém mais de 943 mil seguidores.
Pelas redes sociais, a Elle Brasil publicou alguns vídeos misteriosos e chegou a brincar com um famoso bordão de uma novela da Rede Globo, no Twitter: “Vocês não sabem o prazer que é estar de volta”. A frase foi dita pela personagem Clara, interpretada por Bianca Bin, na novela O Outro Lado do Paraíso, transmitida entre 2017 e 2018.
Na opinião de Paula Mageste, publisher da revista, transformar o produto impresso em um objeto de desejo é uma tendência no segmento de publicações de luxo. “Do ponto de vista do negócio, acreditamos que é mais sustentável apostar em edições impressas com uma periodicidade mais espaçada e um produto mais sofisticado e relevante, com um papel e formato diferentes do que há no mercado hoje”, afirma.
Dentro do novo modelo, a revista será financiada por meio de “publicidade, projetos com marcas, marketing de afiliados, assinaturas, vendas avulsas e cursos como fontes de receita”, como informou o Meio e Mensagem.
Com o licenciamento da revista, que deve durar cinco anos, o Grupo Papaki está lançando a Papaki Editora e promete explorar TV, cinema e comércio eletrônico com produtos culturais e entretenimento. Paula Mageste adianta ainda que a empresa terá “novos negócios e produtos” com a marca Elle em uma “segunda etapa”.
A Elle Brasil foi descontinuada pela Editora Abril em agosto de 2018. Na época, era uma das maiores publicações de moda do país e foi encerrada junto com outras revistas, como a Cosmopolitan e a Casa Claudia.
“Durante esses 30 anos, formou grandes profissionais, lançou e ajudou a consolidar a carreira de inúmeros fotógrafos, modelos e estilistas. Saiu na frente ao ser a primeira revista de seu segmento a ter um site, a ganhar uma edição digital para tablets, a produzir conteúdos em vídeo e a estar presente em todas as redes sociais”, dizia um trecho do comunicado oficial de encerramento.
No texto, a revista também se destacou como a pioneira em abordar temas como feminismo, gênero, diversidade e a defender liberdades individuais. O selo pertence ao conglomerado de mídia francês Lagardère e foi publicado pela primeira vez no país em 1988.
O Brasil foi um dos primeiros países a ganhar uma versão do título, que surgiu na França, em 1945. A última edição da versão brasileira foi recheada com imagens feitas na Amazônia.
Colaborou Hebert Madeira