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Relembre as polêmicas mais comentadas da moda em 2018

Jaqueta polêmica de Melania Trump, a nova Celine e a falta de inclusão da Victoria’s Secret deram o que falar ao longo do ano

atualizado

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First Lady Melania Trump Visits Immigrant Detention Center On U.S. Border
1 de 1 First Lady Melania Trump Visits Immigrant Detention Center On U.S. Border - Foto: Getty Images

O ano de 2018 foi intenso em diversos sentidos e a moda não escapou. Os últimos 12 meses foram repletos de assuntos e acontecimentos que deram o que falar. Danças de cadeira, más escolhas de guarda-roupa, falta de inclusão e a ascensão do streetwear como luxo foram alguns dos vários fatos que acompanhamos.

Vem comigo relembrar esses momentos!

A jaqueta de Melania Trump
Uma escolha infeliz da primeira-dama americana deu o que falar em junho. O momento era de “tolerância zero” com os imigrantes ilegais, quando o presidente Donald Trump determinou que todos fossem presos e processados. Com a decisão, os pais em situação ilegal foram separados dos filhos, estes, enviados para centros de detenção.

Melania Trump, por sua vez, resolveu visitar alguns desses abrigos. Em uma das visitas, no Texas, usou uma jaqueta da Zara de US$ 39 para o embarque e desembarque. Apesar de o item não ser de uma das marcas de luxo às quais ela está habituada a usar, não foi o preço que chocou. Nas costas, a peça trazia uma estampa de muito mal gosto para o contexto: “Eu realmente não me importo, e você?”.

Segundo a diretora de comunicação Stephanie Grisham, era “apenas uma jaqueta”, sem uma mensagem por trás. No entanto, a situação foi vista como uma grande falta de empatia.

Reprodução/Agência Ansa
Melania Trump usando a jaqueta polêmica na saída do encontro com crianças no Texas

 

Divulgação/Zara
A jaqueta Zara custava US$ 39

 

Divulgação/WildFang
Em resposta ao ocorrido, a marca a WildFang criou uma linha de itens com a frase “Eu realmente me importo, você não?”

 

Divulgação/WildFang
A linha, que teve jaquetas bomber e camisetas, fez o maior sucesso

 

Burberry: novo diretor, queima de estoque e fake fur
O renomado estilista deixou todos de olhos bem atentos quando foi anunciado como novo diretor criativo da tradicional grife britânica, em março. Conhecido pela pegada dark, sensual e dramática, Riccardo Tisci conquistou personalidades como Beyoncé e Kim Kardashian.

Desde então, fez algumas ações e mudanças para sua grande estreia: mudou o logotipo e espalhou o novo monograma da marca em pontos estratégicos de grandes cidades. No primeiro trabalho oficial para a passarela, na primavera/verão 2019, trouxe uma coleção para todos os gostos no London Fashion Week.

A algumas semanas da estreia do estilista, a grife chocou o mundo da moda com uma prática polêmica. Os itens que sobravam de coleções antigas eram incinerados, para a marca não perder valor de mercado. Dessa forma, milhões de euros em artigos em perfeito estado se transformavam em cinzas. Antes de sua estreia, a label anunciou novas estratégias para resolver os problemas de estoque e aproveitou para banir os produtos com pele animal das novas coleções.

Divulgação
Christopher Bailey deixou a Burberry depois de 17 anos. Riccardo Tisci assumiu o cargo

 

O desfile de estreia de Tisci foi dividido em três momentos: o primeiro trouxe uma moda mais tradicional

 

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Já no segundo, ele investiu em peças com pegada mais urbana

 

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No último momento, trouxe vestidos para a noite com o ar dark característico de seus trabalhos anteriores

 

Hedi Slimane decepciona fãs da Celine de Phoebe Philo
Quem adorava a pegada francesa contemporânea da Celine se decepcionou bastante com a estreia de Hedi Slimane como diretor criativo. As peças contemporâneas e sofisticadas de Phoebe Philo ficaram no passado. Depois da coleção de primavera, podemos esperar uma continuidade do trabalho que o estilista já vinha realizando na Saint Laurent, grife na qual trabalhou até 2016.

Em setembro, ele trouxe sua típica pegada rock oitentista, vestidos curtos com mangas bufantes e a estreia de uma linha masculina. O hype negativo rendeu até um perfil no Instagram chamado Old Céline — o nome da marca também perdeu o acento sob o comando do diretor francês.

Reprodução/Instagram/@hedislimaneworld
Hedi Slimane ocupou a direção criativa da grife francesa Celine e trouxe várias mudanças

 

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Os vestidos curtos lembram seu trabalho para a Saint Laurent

 

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Uma das novidades trazidas pelo estilista foi a criação de uma linha masculina

 

Reprodução/Instagram/@phoebephilo
Este é um dos looks da Celine de Phoebe Philo. A estilista era querida pelos fãs da marca

 

Streetwear redefiniu o luxo
No último ano, o conceito de luxo foi redefinido e abriu espaço para a onda street. Supreme, Off-White, Vetements e marcas esportivas como Nike e Fila tiveram grande destaque. A Balenciaga foi uma das queridinhas do público jovem: trouxe criações ousadas com um toque urbano e contemporâneo. Grifes mais tradicionais como Fendi, Gucci e Louis Vuitton procuraram se adaptar à nova onda.

Uma grande prova disso foi o feito de Virgil Abloh: o criador multitalentoso da Off-White, em 2018, passou a concentrar seus talentos também nas criações da linha hommes da maison. O streetwear invadiu a coleção primavera/verão 2019 masculina com muitas correntes, neon, oversized e bolsas transparentes.

Reprodução/Instagram/@louisvuitton
Virgil Abloh trouxe todo seu mood street para a linha masculina da Louis Vuitton

 

Divulgação/Louis Vuitton
Sua estreia como diretor criativo em uma linha da marca francesa mostrou o poder do streetwear nos dias atuais

 

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O estilista continua criando para sua própria marca, Off-White. Este look faz parte da coleção primavera/verão 2019, que vimos na Semana de Moda de Paris

 

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A Fila foi uma das marcas esportivas que bombaram em 2018

 

Fake fur e a moda mais consciente
Casacos e itens feitos com pele de mamíferos estão cada vez mais próximos de se tornarem passado. Neste ano, um time de peso se juntou ao movimento fake fur, incluindo Burberry, Coach, Michael Kors e Diane Von Furstenberg.

Apesar de parte das marcas ainda não ter aderido à ideia por completo, a decisão é um passo importante para o fim da crueldade contra os animais. A mais recente a anunciar o fim do uso de peles e couros exóticos (crocodilo, píton, entre outros) foi a Chanel.

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Riccardo Tisci questinou em sua primeira coleção para a Burberry: “Por que eles mataram Bambi?”

 

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No passado, a grife era criticada por usar pele nas coleções

 

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Na primavera/verão 2019, recorreu ao animal print como alternativa

 

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No pre-fall 2019 da Chanel, a marca francesa estreou itens com material tecnológico que substituem couros exóticos, como o de crocodilo. Neste look, o casaco e a bota imitam a textura do artigo

 

Victoria’s Secret e a falta de inclusão
Além de mais consciente, a moda tem caminhado para se tornar inclusiva. Modelos negras, com sardas, vitiligo e Síndrome de Down se destacam, enquanto algumas marcas preferem se prender aos padrões antiquados.

Um grande exemplo é a Victoria’s Secret, que insiste em vender uma beleza magra e alta. Embora a  maioria das clientes use números como 46, nos Estados Unidos, nunca houve uma modelo plus size no casting dos tradicionais Fashion Shows.

Para piorar o cenário, o diretor de marketing da label, Ed Razek se limitou a dizer que o show é puro entretenimento ao ser questionado pela Vogue sobre a falta de modelos trans. “Não acho que teremos esse tipo de modelo, porque essa apresentação é uma fantasia”, respondeu. Pouco depois, desculpou-se após ser muito criticado pelo público.

“Nós tivemos modelos transgêneros nos castings, mas assim como várias outras, elas não conseguiram. Nunca foi sobre gênero”, disse, em seguida.

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Em mais uma edição do Victoria’s Secret Fashion Show, a grife recorreu aos velhos padrões de beleza ao chamar apenas modelos altas e magras

 

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Winnie Harlow foi primeira modelo com vitiligo a trabalhar no show

 

Reprodução/Instagram/@victoriassecret
A marca é criticada pela falta de inclusão nos desfiles

 

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A modelo Deddeh Howard recria campanhas e ensaios feitos com modelos brancas para levantar a reflexão sobre a falta de inclusão. Nesta foto, fez uma releitura de uma campanha da Victoria’s Secret

 

Michael Kors compra a Versace por US$ 2 bilhões
A venda da Versace para a Michael Kors surpreendeu a todos, pois a marca de luxo era uma das poucas que ainda não faziam parte de um conglomerado. No fim de setembro, a grife comprou a label italiana por US$ 2,12 bilhões. Apesar da venda, Donatella Versace continuou no controle criativo do empreendimento, criado em 1978 pelo falecido irmão, Gianni Versace.

Com a novidade, a expectativa é que a empresa americana se torne um grupo de luxo global, nos moldes do Kering e LVMH. Em 2017, A Michael Kors Holdings Limited — que agora se chama Capri Holding Limited — adquiriu a marca de sapatos de luxo Jimmy Choo por 900 milhões de libras.

Para a Versace, anunciou vários planos, como a abertura de dezenas de novas lojas ao redor do mundo, mais investimento em e-commerce, acessórios e calçados, além de aumento nos lucros globais.

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Mesmo com a venda da Versace, Donatella continuou como diretora criativa

 

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A grife italiana foi vendida para a Michael Kors no fim de setembro

 

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Criada em 1978 por Gianni Versace, a casa esteve sob controle da família durante os últimos anos

 

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O desfile do pre-fall 2019 foi o primeiro após a venda, com direito a uma releitura do modelo eternizado por Jennifer Lopez no Grammy’s 2000

 

Dolce & Gabbana decepciona chineses com campanha polêmica
Com um grande desfile prestes a acontecer em Xangai, em novembro, capturas de tela e comentários nas redes sociais estragaram os planos da Dolce & Gabbana. A intenção era homenagear a cultura chinesa, mas o efeito foi contrário.

A campanha que chamava para a apresentação mostrava uma mulher chinesa recebendo instruções de como comer pratos italianos com pauzinhos. A repercussão entre os internautas foi bem negativa, já que muitos consideraram racista. Para piorar, supostos comentários xenofóbicos de Stefano Gabbana para a seguidora Michaela Tranova aumentaram de vez a confusão.

O resultado? O desfile foi cancelado. Celebridades e modelos que fariam parte do casting anunciaram boicote ao show. A marca se defendeu, afirmando que teve as contas invadidas, e publicou um vídeo com um pedido de desculpa dias depois do ocorrido.

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#DGlovesChina ? More like #DGdesperateforthatChineseRMB lol.  In a bid to further appeal to luxury's covetable Chinese consumers, @dolcegabbana released some hella offensive “instructional” videos on the usage of chopsticks.  Pandering at it's finest, but taken up a notch by painting their target demographic as a tired and false stereotype of a people lacking refinement/culture to understand how to eat foreign foods and an over-the-top embellishment of cliché ambient music, comical pronunciations of foreign names/words, and Chinese subtitles (English added by us), which begs the question—who is this video actually for?  It attempts to target China, but instead mocks them with a parodied vision of what modern China is not…a gag for amusement. Dolce & Gabbana have already removed the videos from their Chinese social media channels, but not Instagram.  Stefano Gabbana has been on a much-needed social media cleanse (up until November 2nd), so maybe he kept himself busy by meddling with the marketing department for this series. Who wants to bet the XL cannoli “size” innuendos were his idea? Lmao. • #dolceandgabbana #altamoda #rtw #dgmillennials #stefanogabbana #shanghai #chinese #italian #cannoli #meme #wtf #dumb #lame #chopsticks #foodie #tutorial #cuisine #italianfood #asianmodel #asian #chinesefood #dietprada

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As @dolcegabbana prepares to mount their next runway show in Shanghai this coming evening (7:30PM) and the rest of Instagram fawns over what’s sure to be an overly lavish “love letter” to China, we’ll be wondering if we’ll see chopsticks as hair ornaments, take-out boxes as purses, or even kimonos misappropriated as Chinese costume. Time will tell. For now, we’ll let y’all simmer on this DM between Stefano and Dieter @michaelatranova (chronology is reversed in slides). Word has it that they’re still in the process of model casting (over 200 Asian girls scheduled)…wouldn’t let them walk the show if we were their agents lol. Also, curious what the Chinese government will think of their country being called shit basically…especially considering how strict they are on who to allow to enter the country on work visas based on a thorough social media background checks. • #DGTheGreatShow #DGlovesChina #runway #fashionshow #cancelled #racism #dolceandgabbana #altamoda #rtw #dgmillennials #stefanogabbana #shanghai #chinese #china #wtf #dumb #lame #asianmodel #asian #dietprada

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Domenico Dolce e Stefano Gabbana se desculparam com os chineses por meio de um vídeo

 

 

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Colaborou Hebert Madeira

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