Reflexão Anéis: exposição reúne joias contemporâneas e conceituais
Realizada no Museu A Casa do Objeto Brasileiro, em São Paulo, a mostra terá peças de 36 designers, exibidas de 15 de maio a 12 de junho
atualizado
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Por definição, o anel é um círculo que envolve o dedo. No entanto, o significado pode ser mais amplo. Para celebrar a peça histórica, o Museu A Casa do Objeto Brasileiro preparou a exposição Reflexão Anéis, com foco na joalheria contemporânea. A mostra gratuita poderá ser visitada entre 15 de maio e 12 de junho de 2022, em São Paulo.
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Reflexão Anéis será a sexta exposição da série Joalheria Contemporânea, idealizada desde 2011 pelo Museu A Casa do Objeto Brasileiro. Serão reunidas obras de 36 designers. Cada um exibirá no máximo cinco itens.
A curadoria é assinada pela arquiteta, artista plástica e dançarina Miriam Mirna Korolkovas. Na área das artes plásticas, ela tem experiência com escultura, gravura e joalheria. Para a exibição, atuou em parceria com Raquel Amin (joalheira, artista, designer de joias e doutora em artes), pela primeira vez.
Segundo Miriam Mirna Korolkovas, a ideia foi mesclar grandes mestre e joalheiros com profissionais mais jovens, tanto em idade quando no tempo em que estão em atuação na joalheria contemporânea.
“Procuro não convidar os mesmos artistas sempre. Faço uma pesquisa para sair do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, onde há mais artistas pois existem mais locais de ensino também”, aponta a curadora da iniciativa Reflexão Anéis.
Os participantes são Ana Bellagamba, Ana Calbucci, Ana Passos, Ângela Barbour, Camila Ligabue, Carmen Ciancio, Carol Bergocce, Carolina Gomes, Carol Roz, Catarina Carneiro, Christine Góes, Claudia Avellar, Claudia Cucchi, Daniela Foresti, Dorine Botana, Esperança Leria, Fernando Prado, Flávia Vidal, Gislaine Ribeiro, Heráclio Silva, Isabela Drummond, Lenina Mariano, Lisa Saito, Luciá Consalter, Lucia Higuchi, Mayumi Okuyama, Paula Mourão, Paula Schnapp, Raquel Amin, Reny Golcman, Salvador Francisco Neto, Sueli Isaka, Taís Pozzato, Thais Costa, Virgílio Bahde e Zete Lundin.
Um dos motivos para a escolha do anel como foco central é que a joia tem uma trajetória milenar. “O nosso é o melhor exemplo de observar, ao longo de muito tempo transcorrido, os habitantes desse território, o qual habitamos… Os índios, se vestiam e ainda se adornam, além deles executarem suas próprias peças”, destaca Korolkovas.
“Temos relatos [de anéis] nas Sagradas Escrituras; encontram-se várias informações sobre a joia dos hebreus, detalhes no ato de executar e como vestir as joias. Entre os egípcios, a joia era indispensável entre o círculo de vivência dos faraós”, completa a curadora.
Na mostra, há anéis conceituais e autorais, que evidenciam temáticas lúdicas e o trabalho manual. Um ponto a ser observado é a variedade de materiais, como metais, minerais e vegetais, além de plásticos reciclados.
Durante a abertura, no dia 14 de maio, haverá uma performance corporal e musical do grupo Quadril. Como parte da programação paralela, está prevista uma mesa redonda com alguns dos artistas da exposição. Depois de passar pelo Museu A Casa do Objeto Brasileiro, as peças serão expostas na Suécia.
A Casa do Objeto Brasileiro
O museu é uma organização social sem fins lucrativos, fundada há 23 anos pela economista Renata Mellão. O centro cultural tem como objetivo “contribuir para o reconhecimento, valorização e desenvolvimento da produção artesanal e do design brasileiro”.
Localização:
Avenida Pedroso de Morais, 1216/1234 – Pinheiros, São Paulo
Colaborou Rebeca Ligabue