Raquel Diniz: a brasileira que é revelação em Milão
A designer une praticidade com sofisticação em suas criações e apresentou sua coleção pela segunda vez na Semana de Moda de Milão
atualizado
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Enquanto esperamos os desfiles mais badalados da Semana de Moda de Paris, vale fazer uma pausa para falar sobre Raquel Diniz – a estilista brasileira que, há um ano, agita os bastidores da moda e, pela segunda vez, apresenta coleção durante a MFW (Milan Fashion Week).
O estilo prático, chique e glamouroso mistura cores, estampas e aplicações. O trabalho artesanal é impecável, podendo vestir as mulheres com elegância tanto para o dia quanto para a noite. A leveza no caimento e o toque boêmio das peças abraçam a silhueta feminina de forma sexy e sutil. A sensualidade fica por conta dos decotes.
Vem comigo para saber mais!
Raquel é o novo nome da indústria fashion. Loira, alta e empreendedora, ela não se considera avant-garde e tão pouco segue tendências. Começou como swimsuit model e, desde nova, viaja o mundo. Logo, percebeu um interesse maior pela indústria têxtil do que pela carreira sobre as passarelas.Estudou design de moda no renomado Instituto Marangoni, em Milão, entre 2008 e 2011, e trabalhou como relações publicas de grandes marcas, inclusive da Valentino. Tinha dificuldade em encontrar roupas que gostava e passou a criar as peças para o próprio closet.
Não demorou para despertar a curiosidade de amigas e colegas. Em 2012, criou um espaço não oficial na sala de sua casa e passou a criar roupas sob medida. Ficou conhecida entre as socialites de Milão, Londres e Nova York ao explorar um nicho de mulheres há muito esquecidas: discretas e sexy.
Em 2016, a procura foi tanta que lançou uma linha ready-to-wear com o principal objetivo de fazer a mulher se sentir bonita. O resultado foram peças sofisticadas, com estampas coloridas e aplicações artesanais em longos vestidos fechados cheios de mistério, feminilidade e sensualidade. A silhueta é levemente marcada.
Para esta temporada, a estilista voltou aos anos 1980, investindo em vestidos tanto no lamê quanto na seda pura. Outras peças com estampa floral também fizeram parte da coleção e reforçaram a delicadeza da mulher, assim como os detalhes dos botões.
A sensualidade ficou por conta dos recortes no colo e nas costas, fendas e maxidecotes em V. Botões suaves romantizam as peças que, por sua vez, são a cara da temporada, com o estilo gótico vitoriano. Itens em veludo molhado contornam a silhueta e trazem muito movimento. Sem falar nos terninhos – de mesmo material –, que apareceram com aplicações em pérola, e nos delicados vestidos em seda pura, com estampas florais pintadas à mão.
Sucesso
Todos os olhares estão voltados para a estilista, o segredo mais bem guardado dos bastidores da moda. O sucesso é tanto que Emilie Curtis, editora-chefe da Elle UK, optou por usar um vestido verde em veludo criado por Raquel no Fashion Awards – premiação britânica dedicada à comunidade fashionista.
Olivia Palermo, um dos maiores ícones fashion da atualidade, também investe em peças de Raquel Diniz. As modelos brasileiras Izabel Goulart e Bárbara Fialho frequentemente são vistas usando criações de Raquel em ocasiões especiais.
As peças da estilista estão à venda nas lojas preferidas das fashionistas, como Barney’s New York, Moda Operandi, Net-a-porter, Montaigne Market (em Paris), entre outras.
Arrisco-me a dizer que Raquel é, sim, avant-garde e dita tendências. Talvez ela faça isso de maneira despretensiosa, quase sem querer. Porém, as passarelas de Londres estavam repletas de looks com vestidos longos, em veludo maleável, com mangas e aplicações numa vibe gótica vitoriana. O estilo esbanja feminilidade ao misturar sutileza, mistério e sensualidade. Veio para ficar.
Os planos da estilista incluem uma loja em Milão e vendas no e-commerce próprio da marca.
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