Próximo destino: Bvlgari abrirá hotel cinco estrelas em Roma
Com seis unidades espalhadas pelo mundo, a rede hoteleira de luxo anunciou que a capital italiana será palco de novo empreendimento
atualizado
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Enquanto muitas fronteiras permanecem fechadas devido à pandemia do novo coronavírus, diversas pessoas planejam o próximo carimbo no passaporte, para quando for possível rodar o mundo novamente. Se o seu destino de viagem ideal for Roma, anote: a Bvlgari Hotels & Resorts preparou uma novidade na capital italiana. Trata-se de um novo hotel cinco estrelas e um resort da grife de luxo, ambos dentro do mesmo complexo. A marca anunciou recentemente que a unidade está programada para ser inaugurada em 2022.
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A novidade é uma homenagem à capital italiana e um resgate às origens da marca, criada na cidade, em 1884, pelo artesão grego Sotirio Bvlgari. “Este hotel representa um feito notável para a Bvlgari. Finalmente, ela terá o seu próprio ‘templo’ na cidade onde a empresa foi fundada e que, ainda hoje, representa o coração pulsante da grife. Será, de longe, a experiência de hospitalidade mais luxuosa de Roma”, disse Jean-Christophe Babin, CEO do grupo, em comunicado.
A propriedade será construída no coração do bairro de Campo Marzio. O endereço privilegiado fica a alguns minutos das escadarias da Praça da Espanha, da Via del Corso e da primeira loja da Bvlgari, na Via Condotti. “Estamos particularmente orgulhosos por termos assegurado uma localização tão extraordinária”, destaca o executivo.
O empreendimento cinco estrelas ocupará um edifício modernista da década de 1930, construído em um projeto do arquiteto Vittorio Ballio Morpurgo. O monumento tem vista para outros dois grandes prédios históricos de Roma: Ara Pacis e Mausoléu de Augusto, dedicado ao primeiro imperador de Roma.
O projeto do hotel será comandado pelo escritório de arquitetura italiano Antonio Citterio Patricia Viel. A empresa também assina a decoração do novo spot, que terá arquitetura enfatizada pelo uso de materiais e cores tipicamente romanos, como mármore travertino de cor ocre e tijolos vermelhos queimados. Outro destaque do edifício vai para o mosaico de 70 metros quadrados localizado na entrada do empreendimento.
O hotel oferecerá mais de 140 quartos e suítes com vistas surpreendentes, um spa, além do Il Ristorante, conduzido pelo chef Niko Romito (detentor de uma estrela Michelin). O bar, instalado no último andar do edifício, vai oferecer visão deslumbrante da Cidade Eterna. Diferentemente das outras unidades da rede hoteleira de luxo, a de Roma contará, também, com uma biblioteca com volumes dedicados à história da joalheria.
Para que a espera não seja tão longa, a Bvlgari também anunciou sua participação na melhoria do sistema de iluminação Ara Paris, colaborando com a doação de 120 mil euros (cerca de R$ 717 mil) dos 200 mil necessários para a realização do projeto. A renovação na iluminação beneficiará a área externa do hotel e entrará em operação ainda este ano.
Não é a primeira vez que a Bvlgari atua como intermediária na recuperação do patrimônio da cidade. No ano passado, a marca patrocinou a restauração das peças da coleção da família Torlonia, considerada a mais importante coleção privada de arte antiga do mundo.
Em 2016, fez o mesmo com os mosaicos dos Banhos de Caracalla, inspiração para a Coleção Diva. Em 2015, a grife investiu 1,5 milhão de euros na reforma da famosa escadaria de mármore travertino que sobe da Piazza di Spagna até a igreja de Trinità dei Monti.
Hotéis Bvlgari
Atualmente, o grupo detém seis unidades (Milão, Londres, Dubai, Bali, Pequim e Xangai) espalhadas pelo mundo, além de outras quatro a serem abertas, até 2023, em Paris, Roma, Moscou e Tóquio. Desde que a Bvlgari iniciou sua rede hoteleira, há 18 anos, o vice-presidente do grupo, Silvio Ursini, planejava um hotel em Roma. Nos últimos quatro anos, estudos foram feitos para encontrar a localização ideal.
“Roma é uma cidade bonita, mas também muito complicada. Os prédios são antigos e quase não há novas construções. Encontrar o edifício perfeito para abrir o nosso hotel foi difícil. Quando vimos algo que gostávamos, sempre havia alguma complicação, afrescos antigos ou limitações arquitetônicas que tornavam impossível transformá-lo em um hotel. A verdade é que a busca pelo local perfeito foi bastante frustrante, mas, agora que temos o edifício, não me arrependo de ter dito não a outras oportunidades que, a priori, pareciam boas”, ressalta Silvio Ursini em entrevista ao portal Traveler.
Colaborou Sabrina Pessoa