Pode repetir roupas? O segredos de vestimenta das primeiras-damas
Ex-funcionária da Casa Branca revela como as mulheres fazem para usar as peças mais de uma vez sem cometer gafes. Confira!
atualizado
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Não há como negar: as produções usadas pelas primeiras-damas americanas estão sempre no radar do público e da imprensa internacional. Marcando presença em diversos eventos, discursos e festas, é natural que algumas peças sejam usadas novamente ao longo dos anos. No entanto, elas precisam tomar certo cuidado com a repetição das roupas. Isso porque, de acordo com a etiqueta de vestimenta, a repetição em excesso pode ser considerada uma gafe. Para se manterem sempre impecáveis, elas recorrem a um truque conduzido por suas funcionárias.
Vem conferir!
Uma das maiores recomendações das consultoras de estilo é fotografar ou encontrar alguma maneira de registrar os looks. Dessa forma, é possível mapear os itens que vêm sendo mais usados e visualizar possíveis combinações. De maneira similar, as primeiras-damas categorizam as peças que são utilizadas nas aparições ao público.
“Durante a Casa Branca da Era Bush — e eu acredito que outras ajudantes de primeiras-damas fizeram o mesmo — cada conjunto que elas vestiam recebia uma etiqueta que dizia onde já havia sido usado e quando, para que a gente tivesse um histórico da peça”, contou Anita McBride, ex-chefe dos funcionários da Casa Branca e auxiliar da ex-primeira-dama Laura Bush, entre 2005 e 2009, ao portal Insider.
Bem gente como a gente, as primeiras-damas costumam reaproveitar suas roupas casuais, compartilha Anita. Já nos grandes eventos, a estratégia é evitar repetir vestidos já usados em ocasiões especiais — principalmente aquelas que foram muito emblemáticas.
Uma vez usada, a peça passa a integrar o Arquivo Nacional. Lá, a peça soma o hall de artigos oficiais da presidência, como documentos, presentes e demais itens que eventualmente serão exibidos em museus ou na própria Biblioteca Presidencial. De uma maneira ou de outra, o que elas vestem torna-se parte da história.
Em uma festa, por exemplo, peças únicas costumam se destacar mais do que os conjuntos de terno. “[Os vestidos formais] recebem muito mais escrutínio, porque estão geralmente relacionados a grandes eventos sociais da Casa Branca ou ao Kennedy Center Honors, ou coisas do tipo. Mas eles são registrados, então isso ajuda a não repetir o uso de um item muito visível de outra forma bastante notável”, observou a ex-funcionária.
As emergências fashion também acontecem com as esposas dos presidentes. Anita relembrou dois episódios que Laura Bush passou na Casa Branca: o primeiro deles, quando uma repórter notou que a primeira-dama havia usado uma blusa em uma entrevista anterior e ela trocou a peça com a secretária de imprensa e outra quando, durante um evento do Kennedy Center, Laura vestia um longo Oscar de La Renta que foi visto em outras duas ou três mulheres na fila da recepção. Para solucionar a questão, ela trocou seu vestido vermelho por um preto rendado.
Para evitar constrangimentos entre as convidadas, situações como a que ocorreu no gala do Kennedy Center reforçam o porquê, geralmente, de as primeiras-damas não usarem vestidos que podem ser encontrados nas araras das lojas — mesmo que sejam de grifes renomadas. Visando a exclusividade, elas dão preferência para peças feitas sob medida ou, em casos recentes, têm apostado em designers locais que estão despontando no mercado.
Colaborou Marcella Freitas