Patou arrecada fundos para a OMS com camisetas e moletons
Todos o lucro obtido com a campanha #PatouGether será doado para o Fundo de Resposta Solidária Covid-19
atualizado
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A grife francesa Patou criou uma campanha para ajudar a Organização Mundial da Saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Por meio do projeto #PatouGether, a marca doará 100% dos lucros obtidos com a venda de camisetas e moletons para o Fundo de Resposta Solidária Covid-19, parceria da OMS com a Unicef.
Vem comigo saber mais sobre a iniciativa!
Desde o último dia 8, os moletons brancos e as camisetas pretas são vendidos com exclusividade no site da label, que reabriu em 2019 depois de mais de 30 anos funcionando apenas com o segmento de perfumes.
Ambos os itens são básicos, unissex, feitos inteiramente com algodão certificado e estampados com a logo da marca na parte de trás. Vale destacar, entretanto, que a entrega do e-commerce é restrita a uma lista de países da Europa, dos Estados Unidos, do Canadá e da Austrália.
“Quase metade da população mundial foi convidada a permanecer em suas casas para combater a Covid-19. Não fique sozinho em casa, vamos nos unir com nosso moletom branco de edição limitada e a camiseta preta”, incentiva a etiqueta.
Desde o retorno, a grife tem comando artístico do estilista francês Guillaume Henry, antigo diretor criativo da Nina Ricci. Ao retomar o segmento de prêt-à-porter, sob controle do grupo de luxo LVMH desde 2018, a etiqueta perdeu o “Jean” do nome e passou a focar em roupas femininas e acessórios jovens, acessíveis e duráveis inspirados na alta-costura.
Neste novo capítulo da marca, o designer reflete seus gostos por cinema, fotografia, na inspiração pelas mulheres ao seu redor e pela própria capital francesa. Por isso, quando foi convidado por Sidney Toledano (presidente e CEO do LVMH Fashion Group) para a comandar a Patou, ele escolheu um local próximo à catedral de Notre-Dame como nova sede da etiqueta.
Na grife, suas criações carregam referências à haute couture, como os volumes dramáticos e um toque chique parisiense, sem deixar de lado a funcionalidade. A cartela mescla tons neutros e cores cheias de vida. O retorno oficial ocorreu na Semana de Moda de Paris, em setembro de 2019.
“Patou é sobre ótimas roupas que você pode misturar e que a seguirão ao longo de sua vida diária, não importa se você está em Paris, Hong Kong ou Nova York”, diz Henry em entrevista à Paper Magazine. Vale destacar que a grife coloca QR codes nas etiquetas das peças, com links que contam todos os detalhes sobre a fabricação de cada uma.
O estilista Jean Patou (1887-1936) fundou a label em 1914, mas passou um período afastado do negócio por causa da Primeira Guerra Mundial. Ao retornar, ficou conhecido por inovar com um sportswear moderno de luxo e oferecer vestidos com saias mais curtas, sem mangas e com cintura marcada, mesmo sem a necessidade de espartilhos.
As roupas de banho com logo JP também foram destaque. Sua primeira musa foi a tenista Suzanne Lenglen. A grife fez o maior sucesso entre as décadas 1920 e 1930 e foi uma forte concorrente da Chanel.
Após a morte do estilista, vários designers renomados passaram pela direção criativa da label. Entre eles, Marc Bohan, Karl Lagerfeld e Christian Lacroix, o último a deixá-la para abrir sua própria etiqueta, em 1987.
Colaborou Hebert Madeira