Conhecido pelos vestidos de baile que redefiniram o glamour, Oscar de La Renta (1932–2014) criou a label homônima ainda em 1966. A primeira coleção prêt-à-porter teve a moda russa como referência, particularmente o estilo das mulheres ciganas. Ao longo dos anos, a grife se especializou em peças tomara que caia e saias volumosas, investindo na feminilidade por meio de estampas florais, tule e aplicações.

Hoje, quatro anos após o seu falecimento, a marca está sob os comandos de Fernando Garcia e Laura Kimestilista. A dupla traz para a primavera/verão 2019 um conceito reinventado, que mistura glamour e contemporaneidade às peças do dia a dia, em uma passarela cheia de referências culturais.

Ponchos, franjas e tons terrosos fazem alusão à cultura da América Central; quimonos estampados sobrepõem vestidos; túnicas e saias tipo sarongue, tão características da Índia, fazem conjunto com camisas brancas e aparecem com recortes contemporâneos. Para completar, estampas geométricas remetem ao árabe e se misturam com vestidos de festa, cores cintilantes, transparência e o surrealismo do preto e branco. A estampa floral também se destaca: afinal, é primavera!

Vem comigo conferir!

 

1 – Tecidos cintilantes
Fernando e Laura foram retrô e trouxeram um resgate ao trabalho de Oscar de La Renta feito ainda em 1994. Apostaram em releituras dos vestidos cintilantes que foram destaque nas passarelas tanto do outono quanto da primavera. O resultado? Fluidez e brilho nos tons de prata e dourado.

 

 

 

 

 

 

2 – Quimonos
A tendência da terceira peça surge desde a última estação. A ideia é funcionar como aquele item curinga do guarda roupa, que combina com tudo e transforma o visual. Além de práticos, esses artigos trazem elegância e conforto. Afinal, nada melhor do que jogar sobre o vestido ou sobre um look mais esportivo aquele “roupão” largo, confortável e cheio de movimento.

A mistura entre a casualidade da peça e as produções inusitadas remetem às tradicionais vestes orientais, mas com estampas variando entre o floral, o preto e branco e o animal print.

 

 

 

 

3 – Pele
Mamilos expostos, transparência, ombros e pernas à mostra acompanharam a atmosfera da primavera. A saia curta com cauda, também conhecida como mullet, traz um toque western e brinca ainda com laços e drapeados. Colo em evidência, ombros de fora e saias com fendas reforçam a vibe ultrafeminina da coleção. Detalhe para os brincos e sapatos, que quase sempre vêm no tom do vestido.

 

 

 

 

 

 

4 – Mistura de etnias
A influência cultural é evidente. Franjas country, saias indianas, túnicas, ponchos e estampas geométricas remetem a tecidos e estilos da Índia, da África, da América do Norte e da América Central. Para não perder as flores da primavera, estampas e vestidos leves e coloridos.

 

 

 

 

 

 

 

5 – Preto e branco
As cores desembarcaram na passarela, na forma de listras, triângulos, crochê e bordados. Brincam com outras referências exploradas na coleção em vestidos, capas e saias.

 

 

 

 

 

O desfile aconteceu no terraço do Spring Studios e trouxe as irmãs Hadid e Duckie Thot no casting. O espaço recebe desfiles e outros eventos da moda desde que inaugurou, em Nova York, no ano de 2013. A sede da Spring, agência londrina surgida no final da década de 1990 como estúdio fotográfico, serviu também de passarela para estilistas como Jeremy Scott e The Blonds.

Anna Wintour, Dianna Agron e Nicki Minaj apareceram para conferir o desfile.

Confira o vídeo abaixo:

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Colaborou Hebert Madeira