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Operação aponta roubo milionário de roupas e itens de luxo em NY

Quadrilha teria roubado mais de US$ 2 milhões em peças de grifes como Louis Vuitton e Prada para revendê-las, segundo investigação

atualizado

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Michael S. Williamson/The Washington Post via Getty Images
Vitrine da Louis Vuitton em Nova York
1 de 1 Vitrine da Louis Vuitton em Nova York - Foto: Michael S. Williamson/The Washington Post via Getty Images

Autoridades de Nova York, nos Estados Unidos, acusam cinco pessoas de roubar mais de US$ 2 milhões em itens de moda, beleza e luxo para revendê-los. A operação aponta que acessórios de grifes como Louis Vuitton e Prada, roupas da Psycho Bunny e cosméticos da Ferragamo estariam entre os produtos roubados pela quadrilha ao longo de dois anos, além de peças da Victoria’s Secret, da Sephora e da Macy’s, entre outras lojas. As vendas ocorreriam pela internet, em NY, e em uma loja física na República Dominicana, sob o nome Yvelisse Fashion.

Vem entender o caso!

Coletiva de imprensa com autoridades sobre roubos do varejo em NY
Coletiva de imprensa com Melinda Katz, promotora distrital do Queens, e Kathy Hochul, governadora do estado de Nova York, sobre os roubos

O anúncio do caso ocorreu em uma coletiva de imprensa nessa terça-feira (26/11), com a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, e Melinda Katz, promotora distrital do Queens. A força-tarefa, conduzida Unidade de Investigações Especiais da Polícia do Estado de Nova York, contou até com a participação de policiais disfarçados. Trata-se da primeira aplicação de um estatuto sancionado recentemente por Hochul, que criminaliza o fomento à venda de produtos roubados.

As atividades da quadrilha seriam lideradas por Cristopher Guzman e Yvelisse Guzman Batista, casal acusado de posse ilegal de propriedade roubada e conspiração, entre outros crimes. O valor semanal de bens roubados é estimado em US$ 50 mil, e uma parcela de 10% e 15% do valor dos itens em mercado seria destinada às equipes envolvidas. Os acusados também teriam pago caminhões para desviar mercadorias de lojas como Sephora e Ulta Beauty, direto dos estoques dos fabricantes.

Segundo a investigação, o grupo concentrava as atividades no condado do Queens e instruía equipes a invadir lojas de cidades da Costa Leste dos EUA, além de orientá-las a furtar peças específicas. A defesa de quatro dos envolvidos, incluindo os supostos líderes, alega que eles são inocentes e “as acusações têm apenas alguns dias, e eu não vi nenhuma evidência, descoberta ou relatórios policiais”. Os réus devem aguardar o retorno ao tribunal em liberdade, com previsão para 15 de janeiro. Caso sejam condenados, as sentenças podem chegar a 25 anos.

Vitrine da Prada em Nova York
Os itens roubados incluem roupas, cosméticos e peças de luxo de marcas como Prada e Louis Vuitton

A promotora Melinda Katz advertiu os consumidores sobre o cuidado com vendas pelas redes sociais e lojas suspeitas neste momento, no auge das promoções de Black Friday e de compras para o fim do ano. Conforme a ABC News, o impacto anual nacional dos roubos organizados do varejo, estimado pelo governo de NY, é de aproximadamente US$ 100 bilhões para as empresas. Isso gera, em média, US$ 500 em cursos anuais adicionais para as famílias.

O governo estadual nova-iorquino, do Partido Democrata, tem se movimentado para propor medidas de segurança pública devido às duras críticas dos republicanos. Só neste ano, a gestão de Hochul reforçou o financiamento de equipes policiais especializadas em roubos de varejo e a aquisição de câmeras de segurança, entre outras medidas.

Vitrine da Prada em Nova York
Os roubos têm sido um problema para Nova York e outras localidades dos EUA

Os roubos no varejo nos EUA não se restringem têm deixado outras localidades em alerta. De acordo com a Target, o crime organizado tornou “insustentável” o desempenho comercial de algumas lojas da rede, levando ao fechamento de nove unidades, em diferentes cidades.

A situação também causou fechamento de estabelecimentos da Walmart e CVS Health nos últimos anos, segundo as próprias redes. Em Minnesota, neste mês, duas pessoas foram presas, acusadas de participarem de uma operação de roubo em varejistas de vários estados do país, que teria gerado à Lululemon um prejuízo de US$ 1 milhão.

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