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ONG em prol dos animais pressiona grupo LVMH contra o uso de peles

Como o conglomerado de luxo pode ser um dos patrocinadores das Olimpíadas de 2024, a Peta quer que o comitê esportivo apoie a causa

atualizado

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James Manning/PA Images via Getty Images
Manifestantes do grupo de direitos dos animais PETA usam a Millennium Bridge em Londres como sua passarela para protestar contra o uso de penas antes da London Fashion Week
1 de 1 Manifestantes do grupo de direitos dos animais PETA usam a Millennium Bridge em Londres como sua passarela para protestar contra o uso de penas antes da London Fashion Week - Foto: James Manning/PA Images via Getty Images

A ONG internacional The People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), que atua em prol dos direitos dos animais, acaba de travar mais uma batalha contra marcas de moda. Ao descobrir que o conglomerado de luxo LVMH pode ser um dos patrocinadores das Olimpíadas de Paris de 2024, a organização pediu o apoio do comitê dos jogos.

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Giphy/Getty Images

Não é de hoje que a Peta pressiona o grupo LVMH – proprietário de marcas como Louis Vuitton, Fendi e Diorpara banir de vez o uso de pele animal nos produtos. Mas, na última terça-feira (23/8), a batalha ganhou um novo capítulo. 

A ONG soltou uma nota cobrando o apoio do Comitê Olímpico Internacional à causa. Isso porque o conglomerado pode ser um dos patrocinadores dos Jogos Olímpicos de 2024, que ocorrerão em Paris, na França

Segundo a Peta, a produção dos artigos de couro e de pelo de animais é não apenas uma crueldade, mas também representa um “risco pandêmico conhecido”. “Fazendas de peles em vários países, incluindo Dinamarca, Itália e EUA, viram surtos de Covid-19 entre animais e trabalhadores e uma mutação perigosa do vírus se espalhou para humanos”.

O argumento do órgão, portanto, é de que a criação de animais para a fabricação dos produtos das marcas de luxo pode causar novas doenças e até surtos pandêmicos. Vale lembrar que a Olimpíada de Tóquio, que deveria ocorrer em 2020, só aconteceu em 2021 por causa da pandemia

Manifestantes protestando na França em frente a uma loja da marca de luxo Dior. Eles reinvidicam que as empresas parem de usar pele animal para fabricar roupas e acessórios
A pele de animais é uma das principais matérias-primas para as marcas de luxo confeccionarem roupas e acessórios

 

Bolsa branca de couro pegango fogo no esfalto em um protesto contra a indústria da moda
Os acessórios de couro são motivos constante de protesto por parte de entidades que advogam em prol dos animais

 

Protesto da ONG internacional Peta em prol dos direitos dos animais
A ONG Peta quer que o Comitê Olímpico Internacional ajude a pressionar o grupo LVMH a parar de usar recursos animais

 

Bolsa estilo pochete com pele de cobra da marca Dior
A Peta destacou que a criação de animais para a produção de itens de moda pode prejudicar inclusive os seres humanos 
Por alternativas ao couro animal

No mesmo documento, a ONG argumenta que o uso de pele de animais é arcaico e inaceitável, “especialmente quando opções veganas de alta qualidade estão disponíveis”. O grupo Kering, segundo maior conglomerado de luxo – e dono de marcas como Gucci e Balenciaga – aderiu ao movimento fur free em 2021.

O grupo LVMH, por sua vez, tem nos produtos de couro uma grande fonte de lucro e faz questão de destacar esses itens como um “diferencial” e um “legado”. Casas de luxo como a Louis Vuitton já lançaram peças em couro vegano, mas foram ações pontuais e não uma mudança de direcionamento.

Bolsa preta e pequena feita de couro de cogumelo da marca Stella McCartney. Na foto, é possível ver o item posicionado em cima de um tronco de madeira na grama
A marca britânica Stella McCartney investiu em tecnologia e conseguiu desenvolver um couro vegano feito de cogumelo

 

Mulher jovem e negra, que usa um blazer preto decorado e um colar dourado, segurando bolsa rosa clara da marca Gucci
O grupo Kering, dono da Gucci, saiu à frente e baniu o uso de pele animal

 

Pessoa na Semana de Moda de Paris com roupas pretas.
A label italiana Prada começou a usar o náilon como uma alternativa ao couro. Atualmente, já trabalha com uma versão reciclada do material, na busca por prática mais sustentáveis

 

Bolsa de couro branco da marca Alexander McQueen
Outra etiqueta britânica que parou de usar couro de animais foi a Alexander McQueen

É importante reforçar que os produtos feitos com pele animal, em especial acessórios como bolsas, carteiras e sapatos, são responsáveis pelo lucro das principais marcas de luxo na moda. Além de cobrar mudanças por parte dessas etiquetas, é preciso educar e conscientizar os consumidores


Colaborou Carina Benedetti

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