O vermelho é a cor da Copa do Mundo 2018
O tom associado ao comunismo e símbolo de luxo da nobreza europeia dominou os uniformes da 21ª edição do campeonato
atualizado
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A moda está em todo lugar e, por isso, fiquei de olho no estilo e nas cores que se destacaram nos campos de futebol da Rússia durante a Copa do Mundo 2018. Já comentei sobre alguns ternos usados pelas seleções nas aparições oficiais. Agora é a vez dos uniformes.
Foi a Nigéria que arrasou no quesito style, e as camisas de goleiro, em um tom forte de amarelo, também chamaram atenção. Mas foi o vermelho-sangue – cor do socialismo antigamente implementado na Rússia, país-sede dos jogos – quem dominou os gramados.
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A Adidas vestiu 12 seleções, deixando a Nike em segundo lugar, com 10. A Puma, responsável por 12 países em 2006, teve apenas quatro desta vez.
O vermelho foi a cor predominante em 17 uniformes, entre titulares e reservas. Rússia, Bélgica, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Egito, Espanha, Inglaterra, Irã, Marrocos, Panamá, Peru, Polônia, Portugal, Suíça, Sérvia e Tunísia foram as seleções que adotaram a tonalidade. Além disso, ela apareceu em detalhes de vários outros times, como o xadrez da Croácia.
O fato me chamou bastante atenção, porque, historicamente, a cor tem uma conotação forte. É associada ao comunismo. Foi símbolo de luxo para a nobreza europeia, pelo alto custo para se alcançar o tom na produção têxtil, antigamente. Não é à toa que os portugueses desbravaram as terras tupiniquins à procura de matéria-prima – o pau-brasil – para tingir tecidos com a tonalidade rubra.
Em termos visuais, a cor é o oposto do verde do gramado e destaca os jogadores em campo. Além disso, dá uma ideia de calor aos países mais frios, como a própria Rússia, comunista até 1991.
Uniformes vermelhos
Inglaterra
O uniforme reserva da Inglaterra, produzido pela Nike, é todo em vermelho. A camiseta tem textura listrada, detalhe que dá um pequeno contraste em relação ao short, no mesmo tom, assim como à meia. Tem o formato de ajuste ao corpo do template Vapor, usado pela marca em t-shirts esportivas. É uma releitura da camisa utilizada nas Olimpíadas de 1988.
Rússia
Para o uniforme titular dos russos, a Adidas trouxe suas clássicas três listras. O detalhe aparece em branco nos ombros das camisas, na lateral dos shorts e na ponta das meias. A aposta é bem mais chamativa que o look bordô da Copa anterior, além de mais coerente com a bandeira do país.
Coreia do Sul
Outra seleção que usou Nike foi a Coreia do Sul, com um uniforme bastante minimalista: trazia como detalhes apenas o emblema, além do número e nome de cada jogador. A única ressalva é uma linha preta – mesma cor dos shorts – dividindo as meias vermelhas. O tom dá lugar ao azul da edição anterior, porém, desta vez, sem o detalhamento nos ombros. Escolha simples, mas funcionou bem.
Portugal
O país luso homenageia sua bandeira com detalhes dourados nas letras e nomes dos jogadores no uniforme titular, pela Nike. As meias são verdes, em contraste ao tom escarlate dos calções e camisas. O vermelho é mais saturado que a versão monochromatic em vinho, de 2014, seguindo a tendência deste ano.
Bélgica
Mais um visual monocromático com a cor vermelha bastante viva, by Adidas. O padrão geométrico amarelo no peito das camisetas lembra as estampas clássicas das blusas de jacquard com losangos. O tom canário surge também nos demais detalhes do outfit. A escolha é uma referência ao uniforme que o time usou na Eurocopa de 1984.
Confira na galeria os outros países que investiram na tendência:
A Copa 2018 está chegando ao fim e não foi dessa vez que conquistamos o hexa. No campeonato mais aguardado do mundo, o Brasil deixou a competição depois de uma partida difícil contra a Bélgica. Neste domingo (15/7), França e Croácia disputam a taça na final da 21ª edição do torneio.
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Colaborou Hebert Madeira