NYFW: Tom Ford mescla elegância e sensualidade na primavera/verão 2020
O desfile aconteceu nessa segunda-feira (09/09/2019), em uma estação desativada de metrô
atualizado
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Entre as atrações do Nova York Fashion Week, a passarela de Tom Ford sempre foi uma das mais esperadas. Neste ano, depois que o estilista assumiu a presidência do Conselho de Estilistas Norte-Americanos (CFDA) — organizador do evento —, a expectativa para a participação da marca homônima do charmain subiu ainda mais. No entanto Ford não decepcionou: preparou uma coleção repleta de referências memoráveis, misturando elegância e sensualidade.
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O local escolhido para a apresentação foi uma estação desativada de metrô, na Kenmare Street, em Manhattan. A ideia do aclamado estilista foi mostrar que a simplicidade do cotidiano é interessante. “Acho que é um momento de facilidade”, destacou em anotações mencionadas pela imprensa internacional. “Um retorno a roupas esportivas de luxo pelas quais os Estados Unidos se tornaram conhecidos em todo o mundo”, completou Ford.
A coleção foi inspirada em fotografias icônicas de Andy Warhol e Edie Sedgwick saindo de uma tampa de bueiro, ao lado de Chuck Wein, nos anos 1960. Nas imagens, a estrela do cinema underground vestia um look simbólico: collant, gola alta e meia-calça.
O estilo de Sedgwick foi usado como base. Ela usava leggins, tops, vestidos curtos e brincos enormes. A verdadeira representação do sexy com sofisticação, presente na passarela de Tom Ford.
Outra referência foi o filme Subway, de Luc Besson. Lançado em 1985, o longa foi gravado no metrô de Paris, com Isabelle Adjani e Christophe Lambert como protagonistas. “Lembro-me tão claramente quando o filme saiu, pensei em como os dois pareciam legais”, afirmou o estilista.
O resultado foi uma coleção cheia de informação de moda, como já era de se esperar. Em geral, apesar de impactantes, as peças não são completamente performáticas e podem se encaixar perfeitamente em visuais do dia a dia ou em eventos.
Um dos destaques da primavera/verão 2020 de Tom Ford foi o combo de peças mais casuais e íntimas, como short e sutiã, com a alfaiataria. Vale reparar em como ele brincou com a assimetria em produções rebuscadas.
Tom Ford levou para a passarela tops cintilantes, que pareciam esculturas sobre o corpo. Ele fez uma homenagem à colaboração da escultora francesa Claude Lalanne com Yves Saint Laurent, para o outono/inverno de 1969. Percebe-se ainda um toque de Anthony Vasccarello, atual diretor criativo da grife francesa, nas combinações de blazer oversized com “maiôs”.
Na paleta de cores, além do clássico preto, o designer apostou em tons vibrantes, como roxo, azul escuro e laranja. Também se jogou nas texturas e no atemporal animal print.
A grife norte-americana levou personalidades à estação de metrô para conferir de perto a coleção. Entre os convidados presentes, estavam Miley Cyrus, Ansel Elgort, Russell Westbrook, Joan Smalls, Nina García, Julia Roitfeld, Rachel Zoe, Anna Wintour e Diane von Furstenberg.
Colaborou Rebeca Ligabue