Conheça novas marcas brasileiras que têm criado bolsas de sucesso
Apesar do mercado no Brasil absorver os produtos e as influências estrangeiras, etiquetas lançam modelos com design marcante
atualizado
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O mercado de bolsas das grifes é muito forte no exterior, mas também no Brasil. Muitos brasileiros sonham em possuir modelos clássicos de grifes como Chanel e Prada. Porém, novas marcas nacionais têm caminhado para criar suas próprias it-bags. A Coluna Moda Fora dos Padrões te apresenta cinco designs que valem sua atenção.
Vem conferir!
As grifes europeias geram desejo em fãs de moda de todo o mundo, principalmente com suas linhas de acessórios. Modelos de óculos, sapatos e bolsas são facilmente reconhecidos e até imitados por marcas mais acessíveis, a exemplo da Zara, Shein e C&A.
Estilistas da “nova safra” brasileira querem mudar o cenário e ter uma it-bag para chamar de sua. A ideia é lançar modelos de bolsas marcantes que, com o tempo, também se tornem conhecidas e, inclusive, popularizem as neomarcas. Nesta seleção, o critério incluiu desde popularidade nas redes sociais até repercussão após a apresentação no São Paulo Fashion Week (SPFW).
Olga, da Alexandre Pavão
O designer Alexandre Pavão criou a sua primeira bolsa em 2010, ainda durante o curso técnico no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Treze anos depois, é possível dizer que o paulista foi o primeiro a ter uma it-bag para chamar de sua. O motivo, talvez, tenha sido a habilidade em criar uma estética tão única e facilmente reconhecida.
As cordas, os mosquetões e a mistura de cores fortes viraram a marca registrada da marca Alexandre Pavão. Um dos primeiros modelos da marca a fazer sucesso foi a Olga, que chegou a ser plagiada pela Schutz, marca do grupo Arezzo & Co referência em sapatos e acessórios.
Saidh, da Escudero
Design autoral e atemporal, cores versáteis e materiais de qualidade são as principais características da Escudero & Co. A marca, fundada em 2011 por Clara Tarran e Renato Pereira, já é referência em acessórios de couro o país.
Apesar da Freja e da Adele serem os modelos que melhor representam a marca, a Saidh é a que possui o design mais marcante. A bolsa foi inspirada em uma bolsa do século passado que pertenceu à bisavó da diretora criativa, Clara Tarran. Segundo a marca, o “shape [da peça] remete a uma flor em homenagem a todas as mulheres”.
Nine, da Misci
Antes de “furar a bolha” do mundo fashion por vestir a primeira-dama Rosângela Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, Airon Martin já tinha feito sucesso no SPFW com a sua Misci. As coleções entregavam tanto conceito quanto peças usáveis.
Mas a virada de chave foi a bolsa Nine. “Ela salvou a minha vida; mudou a história da marca”, conta o estilista à coluna. O design quadradinho foi inspirado nas clássicas sanduicheiras elétricas.
“Ela chama Nine, e não Nina ou Nino, por causa de uma trans que trabalhava com a minha família e para ser usada por qualquer pessoa”, explica Airon Martin. O estilista completa ainda que ela pode ser usada com alça ou sem, a depender do visual e da ocasião.
Jacquemilson, da O Jambu
Tem algo mais Brasil do que o jambu? A planta da região amazônica, famosa por deixar a boca dormente, dá nome à marca descolada e moderninha fundada por Carol Maquí e Swami Cabral. Com estética irreverente e um pot-pourri de referências, a O Jambu nasce do “casamento” da dupla: ela, do norte de Minas Gerais, ele, paraense.
O universo vasto de inspirações da marca se mostra justamente em um dos modelos mais famosos: a Jacquemilson. A bolsa brinca com o design e com o nome da etiqueta Jacquemus, do francês Simon Porte Jacquemus. Possui um formato retangular, uma alça longa e uma curta, o que garante versatilidade.
Paseo, da Soleah
Apesar da graduação em administração, a paixão da paulista Priscila Idalgo sempre foi a moda. Em 2017, ela lançou a Soleah, marca de bolsas que tem como diferencial o tamanho petit e o design original que brinca com formatos geométricos, como bem representa o modelo Paseo.
A bolsa em questão é o grande destaque da Soleah. O design hexagonal da peça foi patenteado para garantir a originalidade e o crédito que a etiqueta merece. Segundo Priscila, em entrevista publicada na coluna, a Paseo foi inspirada nos códigos da dança flamenca, da Espanha. “A tampa remete a um leque aberto e a lateral lembra uma castanhola”, explicou a diretora criativa.
Apesar de termos destacados apenas cinco marcas, existem outros nomes que merecem mais visibilidade na moda brasileira. É interessante consumir os produtos nacionais não apenas por serem menos inacessíveis, mas também para estimular a nossa indústria e ter objetos que representam a verve criativa do país.