Nike é alvo de comentários transfóbicos após ação com influencer
Entre as polêmicas recentes da marca esportiva, também estão apologia à escravidão e patrocínio de atleta envolvido em escândalo
atualizado
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Uma das primeiras marcas lembradas quando o assunto é moda esportiva, a Nike está sendo alvo de críticas após anunciar uma ação com a influencer trans Dylan Mulvaney, na última terça-feira (4/4). Apesar de comentários transfóbicos associados à gigante esportiva, alguns internautas se posicionaram a favor da parceria. Recentemente, a etiqueta gerou outras polêmicas, como apologia à escravidão e patrocínio de atleta envolvido em escândalo.
“As mais novas leggings Zenvy e sutiã Alate! Eles são tão confortáveis e macios, perfeitos para exercícios e uso diário”, escreveu Dylan no post. Ela é conhecida nas redes sociais, principalmente no TikTok, por detalhar a transição de gênero em vídeos diários.
Contudo, depois da parceria paga com a marca esportiva, comentários preconceituosos lotaram as redes sociais da influenciadora digital e também a página da linha Nike Women. Entre as críticas, seguidores questionam o fato de uma mulher trans ser patrocinada pela linha feminina.
Por outro lado, alguns usuários saíram em defesa da empresa e pediram mais ações com pessoas trans. “Dylan é uma mulher e ela tem todo o direito de viver sua verdade e vocês podem chorar por isso. Fiquem tristes e inseguros vocês”, disse um dos comentários. “Dylan sendo patrocinada pela Nike Women!? Amor!”, postou outra internauta.
Outras polêmicas
Em dezembro do passado, a Nike suspendeu o contrato com a estrela do NBA Kyrie Irving, após o atleta acusar a etiqueta de exclusão na criação de tênis na linha de calçados que carregava seu nome. A relação da dupla teve início em 2011 com um patrocínio e cresceu para a criação dos designers exclusivos, desde 2014.
Entretanto, Kyrie já tinha um histórico estremecido com a grife. O profissional enfrentou críticas ao compartilhar um link para o filme Hebrews to Negroes: Wake Up Black America, que continha trecho de um filme apontado pelos judeus como antissemita. A Nike começou suspendendo a parceria com o atleta depois que ele, inicialmente, recusou a se desculpar.
Em meio aos lançamentos de sucesso, a Nike suspendeu a comercialização do tênis criado em 2019 para celebrar à independência dos Estados Unidos, comemorada em 4 de julho. O Air Max 1 Quick Strike carregava a bandeira usada pelo pais durante anos de 1777 e 1795.
O atleta Colin Kaepernick, um dos rostos da Nike, chegou a questionar a empresa pelo uso da bandeira ofensiva, por remeter a um passado escravagista no país. De acordo reportagem do Wall Street Journal, o tênis já havia sido distribuído nas redes varejistas quando a marca esportiva pediu para que o modelo não fosse colocado à venda.
Mesmo assim, a Nike estampou o rosto de Colin Kaepernick em campanha publicitária, em comemoração ao 30º aniversário do slogan “Just do it“. Na foto, há a mensagem: “Acredite em algo, mesmo que isso signifique sacrificar tudo”. Milhares de clientes ficarem revoltados e gravaram vídeos queimando produtos da marca.