Nessa terça-feira (10/9), Manhattam, em Nova York, nos Estados Unidos, tornou-se palco de um protesto organizado por modelos para cobrar respostas em relação a uma legislação que pode fazer a diferença. Após dois anos da apresentação de um robusto projeto de lei, profissionais de moda seguem em busca de amparo do Estado para exercerem o trabalho com direitos garantidos.

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Protesto durante o New York Fashion Week

Durante o New York Fashion Week de primavera/verão 2025, realizado entre os dias 6 e 11 deste mês, um grupo de modelos preparou um protesto para reivindicar uma nova legislação. O grupo se reuniu para pressionar a governadora, Kathy Hochul, a validar o projeto Fashion Workers Act (Lei dos Trabalhadores de Moda, em tradução livre), que visa melhorias para os profissionais do setor, desde modelos a designers, no estado de Nova York.

Em março de 2022, o senador Brad Hoylman-Sigal apresentou o projeto de lei que garante uma regulação da indústria e a proteção aos modelos que são alvos de explorações no trabalho. Desde então, a proposta foi aprovada no parlamento, mas segue sem sanção para valer oficialmente como lei.

Na manifestação, mais de 100 cartas foram entregues diretamente à governadora. Os textos cobram “proteções básicas”, como destacou Sara Ziff,  modelo e ativista fundadora da organização sem fins lucrativos Model Alliance.

Nos documentos, estão assinaturas de modelos reconhecidas na indústria, como Amber Valletta, Irina Shayk e Karen Elson. De acordo com o senador Sigal, a governadora deve promulgar a lei até o fim deste ano.

Em resumo, o projeto de lei garante aos profissionais de moda o direito de evidenciar abusos e atrasos de pagamentos, além de assegurar direitos trabalhistas. Para empresas que agenciam as modelos, ficaria a responsabilidade de registrar oficialmente os pagamentos. Além disso, pode-se tornar obrigatório o consentimento de um gerente e do(a) modelo para o uso da imagem em inteligências artificiais.