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Neriage e Handred encerram o SPFW N48 com elegância conceitual

A semana de moda, que aconteceu entre os dias 13 e 18 de outubro, se encerrou com marcas que apostam em um minimalismo descolado

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Zé Takahashi/ FOTOSITE
Neriage – SPFW N48Inverno 2020Foto: Zé Takahashi/ FOTOSITE
1 de 1 Neriage – SPFW N48Inverno 2020Foto: Zé Takahashi/ FOTOSITE - Foto: Zé Takahashi/ FOTOSITE

São Paulo (SP) – De 13 a 18 de outubro, o Pavilhão das Culturas Brasileiras do Parque Ibirapuera recebeu o São Paulo Fashion Week, pela primeira vez no local. A 48ª edição do evento foi cheia de atrações marcantes e desconstruídas. Para o encerramento, as duas últimas marcas apostaram em uma pegada conceitual. Neriage e Handred se inspiraram em viagens.

Vem comigo!

Handred

 

Neriage
Neriage

O inverno 2020 da Neriage mantém o DNA minimalista da grife, com uma dose de ousadia. Inspirada em uma trilha que percorreu pelo país e também pela literatura de Manoel de Barros, Rafaella Caniello optou por retratar “um Brasil vivo, cheio de texturas, curvas e justaposições”.

“Quando comecei a caminhar, não sabia para onde estava indo. Mas acho que essa é a graça de toda trilha, não saber onde vai dar. O topo das árvores cobria o céu, mas não totalmente. Ainda dava para ouvir o som do vento sobre as copas. Se você fechar os olhos, consegue sentir o Brasil apenas pelo som. Sente pelos pés”, destacou a estilista.

A paleta de cores fechadas incluiu nuances terrosas, vermelhos e verdes. Para fechar, azul-marinho e roxo.

Com uma alfaiataria sofisticada, que junta o mood clássico à modernidade, a marca demonstrou força, apesar da sutileza simbólica. A precisão nas técnicas, recortes, shapes e acabamentos é notória. Destaque para as golas altas reinventadas.

O melhor de tudo: a Neriage quis demonstrar e enfatizar o respeito ao tempo de produção e o cuidado com o meio ambiente. Por isso, firmou uma parceria com a Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (Amarn), em busca da valorização do trabalho manual.

A collab rendeu quatro bolsas exclusivas da coleção. O material usado foi o tucum, um tipo de palha da Amazônia.

No desfile, a beleza foi feita por Vanessa Rozan e Vito Mariella. A maquiagem incluiu tons quentes, olhos suaves e boca glossy. Os cabelos foram partidos ao meio e presos em tranças que acabavam com detalhes palhosos.

Para completar os looks, a marca firmou uma parceria com a Tiffany & Co. As modelos usaram peças das coleções Hardwear e T, além de uma extensão colorida da tradicional linha Tiffany T, formada por acessórios em ouro amarelo, branco e rosa.

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Alfaiataria clean e moderna

 

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Destaques da Neriage apareceram no pescoço

 

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O vestido clássico e fluido fica mais charmoso com o cinto

 

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Sensualidade e elegância dão um contraste interessante

 

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O verde apareceu em diferentes tons

 

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Plissado leve e rebuscado

 

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Os cabelos chamaram atenção com o incremento de fios de palha

 

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Rafaella Caniello

 

Handred

O grand finale foi responsabilidade da Handred. Batizada de La Gràcia, a coleção apresentada foi inspirada em uma viagem à Costa Brava, na Catalunha. Também citou Salvador Dali e Picasso como referências.

O estilista André Namitala investiu em estampas surrealistas, que dividiram espaço com pigmentos lisos e  neutros, como off-white e preto, bege, além do laranja, vermelho, verde e azul. Texturas leves para arrematar.

Patchworks foram protagonistas. Cashmeres deram o toque que faltava. Tudo muito conceitual.

Entre os materiais usados estão linho, tweed, seda listrada e organza. Bordados também tiveram vez.

Com direito à música ao vivo de Moreno Veloso, a etiqueta embalou os convidados. No casting, chamaram atenção o brasiliense Sam Porto – primeiro homem trans a desfilar no SPFW –, a plus-size Rita Carreira, e Laura Neiva, que cruzou a passarela grávida.

A beleza foi assinada por Carla Biriba, com um estilo genderless. A beauty artist preferiu cores quentes que simbolizam o verão, especialmente o espanhol. Nos olhos, delineado escuro abaixo da linha d’água dos olhos. A pele é bronzeada.

“Nos cabelos, há algo mais engomado, meio anos 1940, para os meninos e para as meninas. Os cabelos afros foram um pouco mais marcados, penteados para trás. Os curtos são todos com brilhantina, tipo uma cera. E os maiores têm uma volta bem definida”, explicou Biriba à coluna.

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A coleção é clean, mas, ao mesmo tempo, desconstruída

 

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Movimento no visual cool e chique

 

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Calça seda corrosão, com aspecto tie-dye

 

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A riqueza de detalhes é impressionante

 

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Modelagem ampla e contemporânea

 

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Transparência, fluidez e contemporaneidade

 

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A maquiagem é bronzeada, com olhos marcados na parte inferior

 

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André Namitala

 

 

Outras labels, como Lino Villaventura, AmapôGloria CoelhoPatBoEllusBobstoreReinaldo Lourenço e Lilly Sarti, também deram o que falar na programação do São Paulo Fashion Week N48. Alguns desfiles foram realizados em locações externas, como a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e a icônica Pinacoteca.

 

Colaborou Rebeca Ligabue

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