Considerada uma verdadeira pioneira entre as supermodelos, Naomi Campbell completa 52 anos nesta segunda-feira (22/4). A influência e a longevidade na indústria fashion perduram, com um pouco mais de três décadas de carreira – e contando. A britânica foi descoberta aos 15 anos de idade por John Casablancas, dono da agência Elite, uma das mais importantes do mundo, e se tornou uma das principais modelos negras em um setor ainda carente de diversidade.  E, para provar que ela foi, e ainda é, uma das modelos mais icônicas da história, relembre as vezes que Naomi mostrou ser uma supermodel.

Vem conferir!

Capa da Vogue Paris

Em 1988, Naomi Campbell se tornou a primeira mulher negra a estampar a capa da Vogue Paris, uma das revistas de moda mais influentes do mundo. A aparição abriu o caminho para encorajar a diversidade na indústria da moda.

Essa conquista histórica deu início a uma nova era na representatividade: modelos negras passaram a ter mais espaço. A beleza cativante e a postura feroz de Naomi dominaram as passarelas nos anos 1980 e 1990, além, claro, das páginas das revistas de moda.

Desfiles para Victoria’s Secret e Versace

Naomi Campbell foi uma das primeiras modelos negras a participar do famoso Victoria’s Secret Fashion Show, um marco importante para a diversidade na indústria de lingerie. Em 1986, sua presença no desfile deu visibilidade a modelos negras nesse segmento da moda, que muitas vezes foi criticado por falta de representatividade.

Naomi Campbell também ficou conhecida pela parceria com o estilista Gianni Versace. Tornou-se uma das musas inspiradoras do italiano nos anos 1990. Ao longo dos anos, ela desfilou para a etiqueta em inúmeras temporadas

Nos desfiles atuais da grife, que passou a ser comandada por Donatella Versace em 1997 após o assassinato de seu irmão, a modelo ainda faz parte do casting. A duradoura relação de Naomi com a marca também demonstra a influência que ela exerce na moda.

Um passo em falso e  jogada de cabelo

Naomi estava usando sapatos altíssimos quando torceu o pé e caiu no chão em um desfile da estilista Vivienne Westwood em 1993. E, como uma boa supermodel deve agir, Naomi riu, levantou-se graciosamente e continuou sua caminhada na passarela com a postura jamais abalada. Durante o ocorrido, foi aplaudida pelo público.

E como esquecer de seu cabelo com personalidade? Em um gesto poderoso e dramático durante o desfile Versace Atelier 1999/2000, Naomi Campbell fez história ao juntar seus cabelos para frente, revelando a beleza da parte de trás do vestido preto desfilado, adicionando ainda mais glamour e teatralidade.

Representatividade, empoderamento e muito mais que um ícone fashion

Para além das passarelas, Naomi Campbell também foi uma voz fundamental para promover a visibilidade de temas raciais no mundo fashion. Como uma mulher negra, teve de enfrentar diversos desafios, como quando estampou a capa da Vogue Itália em 1988 com o rosto cinza por falta de base adequada para seu tom de pele. Seu talento serviu de inspiração para outras modelos entrarem na área e ocuparem esses lugares tão escassos de diversidade.

Além disso, a modelo é uma ativista social e filantropa. A fundação Fashion for Relief, criada por Naomi em 2005 e sem fins lucrativos, visa apoiar causas humanitárias ao redor do mundo com desfiles de moda beneficentes, leilões e outros eventos de arrecadação de fundos para mobilizar o setor com pautas de bem social.

Com uma carreira icônica, uma postura inabalável e um compromisso com a representatividade e a responsabilidade social, Naomi Campbell continua sendo uma inspiração aos 52 anos. Um exemplo brilhante de como a moda pode ser uma plataforma para a mudança positiva, se usada da forma certa.