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Museu da Moda de Paris reabre com retrospectiva inédita de Gabrielle Chanel

A capital francesa acolhe a primeira exposição focada na trajetória da lendária estilista

atualizado

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Keystone/Hulton Archive/Getty Images
Gabrielle Chanel
1 de 1 Gabrielle Chanel - Foto: Keystone/Hulton Archive/Getty Images

Após reforma de quase dois anos, as portas do icônico Museu da Moda da Cidade de Paris foram abertas novamente ao público. Para a exposição de reinauguração, os salões do edifício receberam a primeira retrospectiva dedicada à icônica carreira de Gabrielle Chanel.

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Giphy/Palais Galliera/Reprodução

Até então, o edifício histórico não tinha exibições permanentes, devido a questões de conservação das peças de roupa. Também conhecido como Palácio Galliera, o local passa, agora, a ser o primeiro museu permanente dedicado à moda em Paris, graças ao financiamento da Chanel.

Além das obras de ampliação do museu, novos ambientes foram construídos no subsolo da estrutura. Por lá, as salas são dedicadas à história da moda do século 18 até os dias atuais, bem como ao acervo permanente do Museu da Moda da Cidade de Paris, composto por cerca de 200 mil itens.

“Graças ao inestimável apoio da Maison Chanel, a história da moda, a excelência da alta-costura francesa, o know-how e a criação terão agora uma base de prestígio nas novas salas que o Palais Galliera tem o orgulho de inaugurar”, comemorou Olivier Saillard, diretor do Palais Galliera, em comunicado.

Coco Chanel
Gabrielle Chanel (1883-1971), também conhecida como Coco Chanel, tem seu nome gravado na história da moda

 

Exposição Coco Chanel
A estilista ganhou a sua primeira retrospectiva em Paris

 

Coco Chanel
A exibição é batizada como Manifesto de Moda

 

Coco Chanel
O mecenato da marca Chanel financiou a exposição

 

Intitulada como Manifesto de Moda, a mostra teve estreia no dia 1º de outubro e permanecerá em cartaz até 14 de março do ano que vem. No período, os visitantes que cruzarem as portas do palácio serão convidados a imergirem nos destaques da trajetória profissional da estilista, que contribuiu para “libertar” a silhueta feminina.

A retrospectiva narra a obra de Gabrielle de forma cronológica, deixando de lado a vida palpitante da estilista, focando em sua colaboração com a moda e a revolução promovida por ela na alta-costura. De acordo com Bruno Pavlovsky, presidente da Chanel, o objetivo da exposição é valorizar “não a mulher, e sim a criadora visionária”.

Ao todo, 350 peças constroem a mostra histórica. A visita é guiada por fotografias, croquis de criações, trechos de filmes e livros inspirados na designer, que até hoje tem seu DNA costurado nas vestes da label, além de alimentar a história da marca, uma das gigantes no ramo de luxo.

A primeira parte da mostra relata as primeiras peças icônicas, como o famoso marinière de 1916, a blusa de marinheiro feita em jersey. Logo em seguida, vem a evolução do estilo chique, representado pelo clássico vestido pretinho básico, La Petite Robe Noire, dos anos 1920, assim como os looks esportivos dos Années Folles até os sofisticados longos da década de 1930.

Exposição Coco Chanel
A instituição acaba de reabrir as portas ao público

 

Exposição Coco Chanel
Também conhecido como Palácio Galliera, o edifício agora é o primeiro museu com exibição de moda permanente em Paris

 

Exposição Coco Chanel
A mostra dedicada à Chanel conta com o acervo do estabelecimento, que engloba, no total, cerca de 200 mil itens de moda

 

Desde os anos 1950, Coco dava os primeiros passos em busca de mais liberdade para as mulheres na hora de se vestir. Na época, iniciou todo um processo de criação de roupas fora do padrão, ao contrário das que restringiam os movimentos.

A precisão e o refinamento do casaco em tweed leve e macio, bem como a elegância do terno com saia, por exemplo, tornaram-se a personificação da autonomia, além de mostrar que o sofisticado também pode ser confortável. A saia, em vez de apertar a cintura, ficava apoiada na parte superior dos quadris. A ergonomia da modelagem passou a permitir mais flexibilidade a quem vestia.

Outras peças-chaves da grife de luxo que recebem assinatura de Gabrielle Chanel ganham destaque no museu. Entre elas, colares de pérolas e a bolsa 2.55 com costuras que reproduzem o efeito acolchoado no couro, imitada por inúmeras marcas.

Mais um destaque vai para o sapato bicolor, modelo que solidificou a visão da Chanel em relação a acessórios como elemento essencial de uma silhueta harmoniosa. Um dos ambientes da exposição é dedicado exclusivamente ao Nº 5, fragrância criada em 1921, considerada um marco na perfumaria até os dias atuais.

Exposição Coco Chanel
Uma das clássicas criações de Coco Chanel é o modelo de sapato bicolor

 

Exposição Coco Chanel
Mais uma peça presente na iniciativa é a bolsa 2.55 com costura acolchoada

 

Exposição Coco Chanel
O perfume Nº 5 é outro acessório contemporâneo

 

Todos os elementos clássicos são reciclados de forma contínua nas criações da estilista Virginie Viard, que está na direção criativa da maison desde a morte de Karl Lagerfeld. O estilista lendário esteve à frente da marca por mais de 30 anos – ele faleceu em fevereiro de 2019.

O Manifesto de Moda relata estilo atemporal e para um novo tipo de mulher. Considerada uma das estilistas mais influentes do século 20 com suas criações, Gabrielle Chanel transcendeu a moda efêmera. Atualmente, permanece contemporânea.


Colaborou Sabrina Pessoa

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