Moda sem idade: especialistas entregam dicas para o público maduro
A coluna conversou com três profissionais da área para sanar as dúvidas que restam sobre moda na terceira idade
atualizado
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A moda sempre foi reflexo da sociedade e a evolução dos povos. Na terceira — e melhor — idade, a dinâmica não é diferente. Entretanto, das 36 milhões de pessoas acima dos 60 anos na população brasileira, cerca de 34% sentem falta de produtos direcionados ao público quando vão às lojas, de acordo com dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Cliente). De olho nos dados, a coluna conversou com consultoras de moda para darem dicas certeiras na hora de investir em peças novas e truques para arrematar os visuais no dia a dia.
Vem conferir!
Os relevos na pele estão em alta! Apesar das marcas de moda ainda tratarem os idosos como público-alvo “invisível”, sem destinar campanhas e coleções específicas aos clientes mais maduros, tendências inspiradas na terceira idade ganham força nas redes sociais, entre elas, os dad sneaker (tênis de pai, em português), os cabelos brancos e a estética old money (dinheiro velho, em tradução livre). O termo é inspirado nos códigos de vestimenta usados pela elite norte-americana nas décadas de 1970 e 1980.
Nas prateleiras, as roupas direcionadas aos idosos podem ser restritas, com limitações de modelagens e até cores mais ofuscadas. Em meio às poucas opções, especialistas dão dicas de como fazer o próprio estilo e encontrar alternativas que se adequem ao gosto pessoal.
Para a doce idade, a moda também pode ser usada como uma forma de se expressar e de se sentir bem na própria pele. É o que reforça a personal stylist e consultora de imagem Monnalu Di Blasi. Com três clientes acima dos 70 anos no portfólio, a profissional revela que recebe questionamentos sobre o uso de peças que estão nas tendências da moda.
“Todo mundo preza pelo conforto, praticidade e funcionalidade, inclusive o público maduro. A ergonomia não é apenas no uso de sapatos baixos, é também pela segurança! E, claro, tudo depende da função que você atua no mercado. Às vezes, você pode trocar o salto pelo mocassim e continuar elegante”, atesta.
Para Monnalu, o uso das peças depende do estilo e da identidade da pessoa. As roupas entram após esse contexto. A profissional sempre pergunta às clientes qual é a essência pessoal e os gostos delas. A partir daí, elas pode vestir o que se adequar.
Em um dos exemplos, Monnalu sugere o uso da terceira peça, a exemplo de uma jaqueta, para trazer conforto e imprimir um ar mais despojado e leve. “Os acessórios são superimportantes para dar um toque final. Cinto, lenço e brincos são ótimas opções”.
Na hora de adquirir uma peça nova, a stylist sugere compras conscientes. O produto deve fazer parte do estilo pessoal do cliente, para o item ser usado com frequência. Uma outra dica de acessório são as bolsas com estilos diferenciados, para trazer modernidade ao visual. “E por que não arrematar o visual com óculos?”, questiona.
Em conversa com a coluna, as consultoras de imagem Larissa Batista e Ana Flávia Silva direcionam ao primeiro passo: identificar o estilo pessoal. “Em seguida, definir o que gosta e o faz ficar à vontade. Saber o seu biotipo também é interessante, pois, assim, você poderá conhecer marcas que se identifica, de acordo com a cidade onde mora”, introduz Larissa.
A dupla também destaca que a moda deve ser para todos, independentemente da idade. “Entretanto, são indispensáveis aquelas peças que trazem conforto, praticidade e segurança. Quando falamos em conforto e praticidade, citamos roupas versáteis, tecidos que facilitam o movimento, sapatos leves e que não dificultem a realização de atividades do dia a dia, sem colocar a mobilidade em risco, claro”, sugere Ana Flávia.
Para garantir um armário prático e versátil na rotina, as especialistas indicam peças monocromáticas, acessórios, sapatos baixos e ergonômicos. Calças de cós alto não ficam de fora, de preferência as confeccionadas em tecidos macios, como o linho.