Estampas delicadas, babados e laços: para muitas pessoas, esses elementos traduzem a produção de uma mulher grávida. Para quem se identifica com o estilo delicado, a descrição pode até estar correta. No entanto, será que o conceito se estende a todas? Rompendo com a ideia de roupas destinadas para gestantes, a cantora Rihanna é um claro exemplo de que o estilo pessoal não precisa ser deixado de lado durante a gravidez. Assim como ela, várias mulheres têm usado as suas redes sociais para trazer propostas diferentes, com produções confortáveis que também trazem informação de moda.

Vem ver!

Moda gestante?

Sem dúvidas, a gestação é uma fase de transformações. O corpo, a mente e os hábitos passam por mudanças constantes. Em um período de alterações significativas, o vestuário também é um campo que demanda atenção. Isso porque, com o passar dos meses, são necessárias peças que atendam às diferentes necessidades.

Principalmente para as mães de primeira viagem, as dúvidas são constantes: investir ou não em itens voltados para a gestação? Como adaptar o guarda-roupa para o momento? Como mesclar conforto e estilo nas produções? No entanto, não existe uma resposta certa ou errada para as questões. Tudo vai depender do desejo de cada pessoa.

O Google Trends, plataforma que ranqueia os assuntos mais pesquisados no buscador, registrou que, só em 2021, a busca por roupas de moda gestante aumentou em 700%. No entanto, fica a dúvida: como definir, exatamente, o que é a dita moda gestante?

Uma personalidade que vem desmistificando as roupas de grávida é a Rihanna. Do anúncio da gravidez, quando combinou uma calça de cintura baixa, um casaco largo e joias adornando a barriga, à aparição no desfile da Dior, na Semana de Moda de Paris, onde usou um vestido que parecia uma lingerie, a cantora tem chamado a atenção por onde anda. E ela não está sozinha. Diversas criadoras de conteúdo e modelos à espera de seus filhos têm dado um show de estilo, mostrando que não só de batas românticas e babados em tons rosados se faz os looks de gestante.

Funcionalidade além da gestação

Afinal de contas, gravidez e estilo podem andar de mãos dadas? Para a criadora de conteúdo digital Beatrice Stopa, de 30 anos, olhar no espelho e se reconhecer foi um dos maiores desafios durante a gestação de seu filho, Dominic. Nas redes sociais, a jornalista compartilhou as suas dificuldades durante a jornada.

“Minha relação com a moda mudou muito durante a gravidez. Eu parei de enxergar aquilo que eu vestia somente como uma forma de estilo e, sim, como uma maneira de conseguir me sentir confortável. Principalmente no início da gestação, eu acabei indo no ‘feijão com arroz’, que eu sabia que dava certo”, relembra. “É um período de muitas mudanças no corpo e quase nada nos serve. Eu não tinha mais desejo de usar algumas coisas, desejo de comprar coisas novas”, conta à coluna.

Antes mesmo da gravidez, Beatrice sempre preferiu roupas amplas. Ao longo dos nove meses, as peças mais largas compuseram grande parte das produções do cotidiano, em especial as camisas de botões e vestidos mais curtos. Na busca por itens versáteis para usar durante a gestação, ela conta que um dos maiores empecilhos foi encontrar opções mais básicas e menos “românticas”.

“Eu não entendo essa questão de querer deixar a grávida parecendo que saiu de um filme de época. As roupas de moda gestante são repletas de babados, estampas românticas e renda. Nunca, nem mesmo antes de estar grávida, usei algo desse jeito”, pontua Beatrice.

Somente na reta final da gestação, a influenciadora investiu em roupas de tamanhos maiores, como conjuntos estampados e calças com elástico. O foco foi adquirir peças que pudessem ser ajustadas depois e tivesse funcionalidade em seu guarda-roupa.

“O bonito, muitas vezes, não é confortável e prático. Nós temos que estudar tudo que já temos para não fazer investimentos errados, comprando peças que só vão funcionar naquele breve período de tempo e depois não tem funcionalidade nas produções. Então, essa dificuldade não é nem de montar a produção, mas é pensar nessa dinâmica que não é mais só você e seus acessórios. Usar a moda à favor disso é legal, mas igualmente desafiador”, confessa.

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Colaborou Marcella Freitas