Moda e dança: paixões de Maria Osório se unem na carreira da artista
A carioca é diretora criativa da marca Toia Lemann e figurinista de espetáculos de balé, nos quais também performa
atualizado
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Há quem diga que quem faz um pouco de tudo, não faz muito de nada. Ao mesmo tempo, sabe-se que, para toda regra, existe uma exceção. Maria Osório é esse ponto fora da curva. O balé, o design de roupas e o trabalho como modelo são paixões antigas para a carioca, que deixa a própria marca no cenário artístico e na moda com importantes trabalhos nas diferentes frentes.
Vem conhecer!
Maria Osório era uma garotinha quando, já com um olhar afiado para a moda, o interesse pela dança surgiu. “Aos 4 anos, fui assistir a uma aula de balé e eu fiquei apaixonada pelo uniforme das bailarinas”, revela a artista sobre o momento em que as artes se fundiram no coração.
A designer cresceu inspirada pela elegância da avó e pelo trabalho da mãe, fundadora da marca Toia Lemann, na qual Maria atua como diretora criativa. “Eu sempre tive a moda em casa”, conta, relembrando a importância das mulheres que abriram caminho para a trajetória.
Já a dança surgiu como uma paixão pessoal, desde o primeiro contato com os tutus, na infância. Maria se tornou bailarina profissional aos 18 anos e se formou em moda pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Desde então, concilia os trabalhos, que também incluem a carreira de modelo, agenciada pela Mega Model Brasil. Ela, inclusive, chegou a desfilar no São Paulo Fashion Week N56, em 2023, pela marca Sau, da estilista Marina Bitu.
Maria Osório, figurinista
Em 29 de agosto, Maria Osório apresentará a coreografia Paixão, de Deborah Colker, como parte da programação da 6ª Semana Paulista de Dança, no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp). O evento será uma oportunidade para a dançarina unir as afinidades: desenhou os figurinos que serão usados por ela e por Thiago Soares, renomado bailarino de quem recebeu o convite para integrar o espetáculo.
“O Thiago me fez esse convite e logo pensei no desafio que seria. Mas eu adoro me jogar nos desafios, e está sendo uma oportunidade linda para eu voltar para o palco. Lugar de artista é no palco, não tem jeito”, compartilha. A artista recentemente focou nas carreiras de modelo e estilista.
Esta não é a primeira vez que Maria Osório atua como figurinista. Em 2023, desenhou os visuais completos do espetáculo Macabéa, da Cia Dalal Achcar, baseado em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Na ocasião, a designer também fez parte do corpo de dançarinos, e pôde expressar duplamente a força artística na apresentação. Em seguida, ela também assinou o figurino de Carlota, espetáculo coreografado por Alex Neoral.
Em Paixão, a roupa vira parte narrativa da obra, comunicando a intensidade, o ódio, a ternura e a raiva presentes na história do casal em cena. “O figurino tem que dançar junto e, ao mesmo tempo, tem que comunicar exatamente aquilo que a gente está transmitindo com a música e a coreografia”, detalha Maria.
Ao comparar o processo criativo na criação de uma roupa casual e de um figurino, Maria destaca que ambos carregam a estética pessoal, marcada por leveza e conforto. No entanto, no figurino, a peça ganha um caráter performático, para criar um efeito no palco e contar a história do personagem.
“O figurino costuma ser mais caricato, mas vai sempre seguir os meus gostos pessoais. Acredito que eu nunca vá fazer nada que não seja do meu estilo”, afirma. Para a idealizadora, o look principal usado em Paixão poderia facilmente ser vestido em uma festa.
Maria Osório demonstra que a multipotencialidade não se trata apenas de transitar entre áreas distintas, mas de criar conexões entre elas. Na trajetória, Maria usa o estilo para explorar as próprias paixões e descobrir o encontro entre a arte, a moda e a dança.