Nesta semana, entre os dias 17 e 20, o evento mineiro de moda, Minas Trend, chega a sua 22ª edição. Algumas marcas fizeram uma aparição na passarela e, no primeiro dia de desfile, peças em couro e tons terrosos foram os protagonistas. No segundo, as grifes apostaram em looks vibrantes, fluidos, muita transparência e até babados.

Doze nomes compõem o lineup desta temporada, sendo alguns estreantes. Os acessórios da estilista brasiliense Nathália Abi-Ackel, por exemplo, são ultrafemininos e se destacaram na passarela. Além dela, separei outras das principais marcas que passaram pela 22ª edição do evento.

Vem comigo saber mais!

1. Fátima Scofield

 

Há algum tempo, a label vem participando da feira de negócios do evento, mas, somente neste ano, Fátima Scofield estreou na passarela do Minas Trend. A grife é conhecida em âmbito nacional e a estamparia bem caprichada é sua marca registrada. Suas peças estão presentes no guarda-roupa de famosas como Isis Valverde, Adriane Galisteu e Luciana Gimenez. Além disso, é procurada frequentemente por stylists e editores das grandes publicações de moda do país, como Vogue e Elle.

 

 

No Minas Trend não foi diferente e a coleção primavera/verão 2019 mostrou sua força. Fátima Scotfield foi a responsável por abrir os desfiles e explorou o conceito “entre o espaço e o tempo que dá forma à vida”. Com Daniel Corrêa no cargo de diretor criativo, a grife mudou o rumo do DNA, já muito conhecido por ducheses e roupas estruturadas, e surpreendeu: a apresentação foi leve e contou com peças fluidas no estilo setentista, quase tudo em seda e bem esvoaçante.

 

Lingeries e pijamas de seda pura foram as inspirações da marca ao criar os modelos. A top Bárbara Fialho, da Victoria’s Secret, encerrou a apresentação em grande estilo.

Uma curiosidade: a marca Fedra, responsável por produzir o macacão impecável de Anitta no clipe da música Indecente, também pertence a Fátima Scofield.

 

2. Letícia Manzan

 

Com apenas um ano e meio no mercado, a designer já é destaque no cenário da moda nacional. A trajetória da marca conta com passagens pelo Marangoni, de Milão, e Bunka, de Tóquio, além da presença em tapetes vermelhos com looks usados por celebridades nacionais.

 

A marca defende a ideia de peças democráticas e versáteis, que podem ser usadas mais de uma vez e em qualquer momento do dia. Os looks são pensados para diferentes ocasiões, com roupas variando desde t-shirts casuais às mais sofisticadas sedas e rendas bordadas em vestidos.

Uma das mais queridinhas das famosas, Letícia Manzan foi prestigiada por Flávia Alessandra, Erika Januza e Wanessa Camargo. A grife trouxe os anos 1980 direto para a passarela do Minas Trend. Brilho e transparência estamparam vestidos e blusões da coleção Disco Gym. A ideia foi retratar o cuidado com o corpo, o esporte como lifestyle e a academia como cenário social – tudo com direito a muita cor e alegria.

 

A coleção contou com parkas, rendas, sedas em cores fluo-ácidas, paetê metalizado e transparências. Plumas e plissados, além dos bordados, apareceram nas peças e arrancaram suspiros.

Mais uma vez, as palavras que definem a grife marcaram presença na passarela: referências artísticas, leveza e juventude.​

3. Virgílio Couture

 

Depois de participar dos novos talentos do MW no salão de negócios e passar por grifes como Victor Dzenk e M. Rodarte, o estilista Virgílio Andrade estreia na passarela mineira com sua marca autoral, Virgílio Couture.

 

O dom do designer foi descoberto no evento Casa de Criadores (responsável por lançar novos estilistas no mercado brasileiro). Ele também já participou do concurso Ready to Go, destinado a jovens talentos, que acontece no próprio Minas Trend. Com a moda festa, a label abriu os desfiles do segundo e do último dia. Muita ousadia e bom humor foram a pegada da coleção Construção 02.

 

Virgílio trouxe para a passarela uma nova proposta tropical, com uma pitada punk, xadrez e muito animal print. O street festa teve como estampa favorita a oncinha – ela apareceu com força nos looks e trombou com outros prints, se assemelhando à sobreposição, mas, na verdade, era quase um patchwork.

As cores cítricas no vinil plissado e lantejoulas também deram as caras para, segundo o estilista, fugir da ideia do floral como única referência ao tema tropical. As peles foram iluminadas com gloss transparente e óleos. A combinação resultou em looks espetaculares e cheios de glamour.

O tema
A proposta desta edição é abordar tradição, cultura, valores locais e suas influências na produção da moda mineira. O tema do evento é Nosso Lugar Somos Nós e valoriza a sustentabilidade como forma de garantir a sobrevivência das próximas gerações.

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