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Metrópoles Fashion & Design Festival discute o mercado de moda local

Além do localismo, os bastidores da produção do Desafio MFD também foram destaque nas rodas de conversa

atualizado

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Metheus Veloso/Metrópoles
Três modelos posando para foto em evento de moda - Metrópoles
1 de 1 Três modelos posando para foto em evento de moda - Metrópoles - Foto: Metheus Veloso/Metrópoles

Na programação do Metrópoles Fashion & Design Festival 2023, um dos atrativos foram as rodas de conversa. A iniciativa englobou temas relevantes para a moda local e para a indústria têxtil. Uma das temáticas foi a importância da expansão do mercado de criadores do Distrito Federal. Outra atração que complementou o cronograma foi o debate sobre os bastidores do Desafio MFD.

Vem conferir os detalhes!

Roda de conversa no Metrópoles Fashion & Design Festival 2023 - Metrópoles
As rodas de conversa movimentaram o MFDF 2023

Desafio MFD

Com foco no reaproveitamento de materiais, o Desafio Metrópoles Fashion & Design 2023 teve três finalistas: Pedro Hermano, Vitória Nina Woronkoff e Fernando Cardoso. Os vencedores participaram de uma roda de conversa, nessa quinta-feira (14/9), para falar sobre os bastidores da experiência. Com direito a desfile, o momento foi mediado pela repórter Júlia Marques.

O processo criativo e conceito das coleções confeccionadas pelos estilistas emergentes foram debatidos. Junto com a amiga Nythia Barros, Vitória Nina criou a coleção de upclycling a partir de peças jeans. As estampas foram inspiradas em tatuagens old school.

Nina falou sobre a importância de ressignificar as peças que seriam descartadas. “Queremos mostrar que a roupa pode ser mais do que apenas um objeto de consumo”, frisou. A dupla revelou ainda que está em fase de preparação para lançar uma marca, que produzirá coleções com base no denim, a partir de retalhos e técnicas artesanais.

Para o desafio, Pedro Hermano apresentou um compilado conceitual com tecidos inusitados, como tela de mosquito e estampas desenvolvidas com água sanitária. No talk, ele explicou que quis trabalhar com materiais nada convencionais. “Com a coleção que eu ressignifiquei, aprendi a importância de testar os materiais antes de colocá-los em produção”, disse Pedro.

Já o designer Fernando Cardoso apresentou uma coleção de memórias inspiradas na própria infância. O designer falou sobre a importância da moda como forma de expressão. “A moda não é apenas vestir. É uma forma interessante de comunicar nossos valores e ideais”, assegurou o finalista.

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
O desafio Metrópoles Fashion & Design foi tema de um dos painéis

 

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
Os três finalistas participaram da conversa

 

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
Um dos assuntos abordados foi a importância de ressignificar as peças de roupas

 

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
O desafio teve o intuito de valorizar novos talentos

 

Os participantes falaram sobre a necessidade de o futuro da moda deve ser mais sustentável. Eles apontaram a importância de reduzir o consumo de roupas e de buscar materiais ecológicos. O grupo também repara que os consumidores estão cada vez mais conscientes sobre os impactos ambientais da moda.

Os designers acreditam que a moda será cada vez mais personalizada. Eles reparam que os consumidores querem se sentir únicos e que a moda pode ser uma forma de expressar a individualidade.

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
A importância da moda como forma de expressão foi destacada

 

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
Modelos desfilaram usando peças confeccionadas para o desafio

 

Cobertura de evento de moda em museu - Metrópoles
Os designers também compartilharam perspectivas para o futuro

Localismo

Há quatro anos na cena brasiliense, a Off Shadow tem uma legião de clientes que consomem as criações de JP Santos. O jovem designer foi um dos convidados para a roda de conversa do Metrópoles Fashion & Design Festival que debateu o localismo e a expansão do mercado de criadores, nesta quinta-feira (15/9).

Para o designer, o sentimento de inconformidade em relação aos espaços que frequentava foi um dos fatores que o levou a criar a marca própria. “Entendi que eu era diferente e que isso me tornava especial. Assim, a moda surgiu como uma forma de conseguir me expressar. Quando compreendi que também podia contribuir para a realidade de outras pessoas, decidi que faria disso a minha vida”, contou.

Alisson Abreu e Tiago Lucas, responsáveis pelas marcas Hylo Cartis Studio e Cabaré Amazônico, respectivamente, compartilham do sentimento de inadequação como uma motivação para criarem os negócios. Durante a conversa no MFDF, os participantes revelaram a dificuldade de expandir os negócios de uma forma que haja remuneração justa para todos os envolvidos na produção.

“Tenho uma dificuldade de precificar o que faço, mas tenho compreendido que isso faz parte de entender e respeitar o meu trabalho. Estar em um evento como esse é saber também nos valorizar, ainda mais porque é o segundo ano seguido. Me sinto realizado de as minhas peças estarem chegando em espaços até então nunca imagináveis”, apontou Alisson.

Na imagem com cor, participantes da roda de conversa do MFDF - Metrópoles
Localismo foi um dos temas abordados nesta quinta-feira (15/9)

 

Na imagem com cor, participantes da roda de conversa do MFDF - Metrópoles
A inconformidade pessoal foi um dos fatores para os estilistas empreenderem no universo da moda

 

Na imagem com cor, participantes da roda de conversa do MFDF - Metrópoles
JP Santos é o criador da Off Shadow, marca de streetwear em Brasília. Ele levou a própria experiência para a roda de conversa do MFDF

Metrópoles Fashion & Design Festival 2023

Para movimentar a moda brasiliense, Ilca Maria Estevão promoveu a segunda edição Metrópoles Fashion & Design Festival. A iniciativa foi realizada com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O evento, que ocorreu de forma gratuita nos dias 14 e 15 de setembro, também proporcionou experiências musicais e gastronômicas.

Neste ano, o foco do MFDF foram brechós locais. Com a proposta de impulsionar a economia criativa e circular, o Museu Nacional da República recebeu 15 empresas do segmento. São elas: To Face, Bullseye, GG Garimpei, Reetiqueta, Bela Shop, Desapeguei Bonito, Choose Vintage, Reciclando Luxo, Lixo Mania, Pretty New, Peça Rara, Tela Ambulante, Brechó dos Óculos, Não Kero Maix e Bem QT Quis.

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