Metade dos millennials nunca comprou em brechó, segundo estudo
A pesquisa do Instituto Akatu também constatou que 93% dos brasileiros mantêm o hábito de doar roupas
atualizado
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É fato que os brechós se tornaram uma tendência, cada vez mais promissora, no mundo da moda. Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, o segmento de segunda mão cresceu. Como a coluna já mostrou, a geração Z é responsável por mantê-lo em alta. Contudo, segundo nova pesquisa do Instituto Akatu, grande parte dos millennials no Brasil não compra em bazares.
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O estudo constatou que 50% dos brasileiros nascidos entre 1980 e 1996 nunca fizeram uma compra em brechós. De acordo com o levantamento, um dos principais fatores que influenciam a decisão é o receio em relação à “higiene das roupas ou qualidade e manutenção dos itens vendidos”.
A pesquisa também estimou que 52% dos millennials adquirem “somente o que precisam”, enquanto 27% concordam parcialmente com essa afirmação. Além disso, 93% dos brasileiros costumam doar roupas.
Divulgada neste ano, a pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Akatu e encomendada pela Vanish, marca de produtos para cuidados com as roupas, parte do Grupo Reckitt. Quantitativo e qualitativo, o estudo reuniu 1,7 mil entrevistas realizadas em 2021, por meio de um painel on-line. Os entrevistados foram homens e mulheres de 20 a 40 anos, pertencentes às classes ABC, com acesso regular à internet em todo o Brasil.
Head de marketing da Vanish, Daniella Rodrigues destacou, em comunicado, que a ação faz parte de um novo posicionamento da label. “Acreditamos que o cuidado com as roupas é fundamental para que cada peça tenha um ciclo de vida longo e possa, futuramente, ser trocada, reformada, doada ou até vendida em brechós”, ressaltou.
Apesar da baixa aderência dos millennials em relação aos brechós, a geração Z (formada por pessoas que nasceram depois de 1996) adquiriu o poder de compra e movimenta o second hand. Globalmente, de acordo com levantamento do e-commerce ThredUp, o segmento de segunda mão será maior que o fast fashion até 2028, e deve movimentar globalmente cerca de US$ 64 bilhões até 2024.
Colaborou Rebeca Ligabue