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Mês do orgulho LGBT: conheça 10 transexuais que revolucionaram a moda

Dominique Jackson, Hunter Schafer e Valentina Sampaio são alguns dos nomes que conseguiram espaço no, ainda retrógrado, mercado têxtil

atualizado

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Theo Wargo/Getty Images
Mj Rodriguez, Indya Moore e Dominique Jackson na Parada Gay de Nova York
1 de 1 Mj Rodriguez, Indya Moore e Dominique Jackson na Parada Gay de Nova York - Foto: Theo Wargo/Getty Images

A indústria da moda pode ser vanguardista quando o assunto é design, porém, no âmbito da inclusão, o segmento ainda soa um tanto antiquado. As campanhas em homenagem ao mês do orgulho LGBT se tornaram comuns em junho, mas foi só a partir 2010 que as pessoas transexuais conseguiram cravar alguma representatividade no setor.

Chegamos a esta década com um longo caminho a percorrer, principalmente, no que diz respeito à diversidade nos bastidores do universo fashion. Ainda assim, alguns profissionais têm conseguido revolucionar a imagem do mercado ao participarem de campanhas e semanas de moda com visibilidade global.

Vem comigo conhecer 10 transexuais que revolucionaram a moda!

@danillocosta71e2/Giphy/Reprodução

As pessoas transexuais não surgiram na moda agora. Nos anos 1960, April Ashley era uma das modelos de roupas íntimas mais populares da Vogue. Porém, quando um jornal britânico revelou sua vida antes da transição, ela nunca mais voltou a trabalhar no país. Por mais de seis décadas, esse foi o comportamento padrão da indústria têxtil ao se deparar com a diversidade.

Desde 2010, graças ao apoio do público nas redes sociais, alguns profissionais conseguiram a atenção das grandes marcas, ao passo que um desejo de reparação floresceu no alto escalão dos grupos de moda e comunicação. Atualmente, quem se nega a atender a demanda por inclusão corre o risco de ser boicotado.

Cobrado pelo público a respeito da falta de diversidade no casting da Victoria’s Secret, Ed Razek, diretor comercial da etiqueta, fez um comentário que resultou em sua demissão.

“Não acho que teremos esse tipo de modelo, porque esse show é uma fantasia. São 42 minutos de entretenimento”, declarou ele em entrevista à Vogue, dando a entender que jamais cederia aos desejos dos consumidores.

Após a declaração, a empresa, que já sofria com o enfraquecimento do varejo norte-americano, enfrentou uma baixa considerável nas vendas. Mais de 50 lojas foram fechadas em 2019 e o tradicional show anual da companhia foi suspenso devido às críticas. Para tentar controlar a crise, a label convocou a brasileira Valentina Sampaio para uma campanha.

April Ashley
Nos anos 1960, April Ashley foi excluída do mercado inglês após a mídia expor seu passado
Taylor Hill/ WireImage/ via Getty Images
A Victoria’s Secret ignorou os pedidos do público por um casting mais diversificado
Dimitrios Kambouris/Getty Images for Victoria's Secret
Ed Razek, diretor de marketing da empresa, foi criticado pelos consumidores depois de fazer comentários considerados preconceituosos
Dimitrios Kambouris/Getty Images for Victoria's Secret
A resistência da label resultou na queda nas vendas e no fechamento de lojas. Até mesmo o tradicional desfile anual da marca, o Victoria’s Secret Fashion Show, foi cancelado após 25 edições consecutivas

Valentina Sampaio

Filha de um pescador e uma professora, Valentina nasceu no município de Aquiraz, no litoral do Ceará. Lançada pela Joy Model, estreou nas passarelas no Dragão Fashion Brasil. No currículo, a jovem acumula trabalhos para grifes como Balmain, L’Oréal e Marc Jacobs, além de ensaios na Elle, L’Officiel e Vogue Paris, na qual foi a primeira trans a estampar a capa publicação francesa.

Em 2019, aos 23 anos, conseguiu o grande feito de estrelar uma campanha da Victoria’s Secret, após a empresa se negar a incluir mulheres trans nos tradicionais desfiles anuais.

“A sociedade e as empresas vêm aprendendo muito sobre a importância de abraçar as diferenças e respeitar a diversidade. Estamos conquistando novos espaços. Aparecemos nas capas de revista, depois na TV e, agora, na VS. Só tenho a comemorar por essa nova conquista. É um momento que representa muito”, disse a cearense à coluna Ilca Maria Estevão.

Valentina Sampaio foi a primeira transexual a participar de uma campanha da Victoria’s Secret
@valentts/Instagram/Reprodução
Modelo cearense surgiu no Dragão Fashion Brasil
@valentts/Instagram/Reprodução
Com a carreira em ascensão, a brasileira garantiu contratos exclusivos
@valentts/Instagram/Reprodução
Para ela, aos poucos a moda aprende a importância de abraçar as diferenças
Vogue Paris/Divulgação
Valentina foi a primeira trans a estrelar a capa da Vogue Paris, em 2017

Lea T

A filha do ex-jogador Toninho Cerezo se mudou para a Itália para estudar medicina veterinária. Por lá, ela conheceu o estilista Riccardo Tisci, que se tornou amigo pessoal da brasileira e a convidou para participar de uma campanha da Givenchy, onde atuava como diretor criativo.

Quando o ensaio chegou ao mercado, no início de 2010, a etiqueta francesa optou por não divulgar que a modelo é transexual, mas Lea entendeu que era importante dizer esse detalhe ao mundo.

“Houve muita resistência. Quando me vi fazendo comercial para uma marca francesa, pensei em todas as meninas que não tiveram essa oportunidade. Então, eu me comprometi a levantar essa bandeira. É o mínimo que tenho que fazer, e é o que faço até hoje”, disse ela no programa Conversa com Bial.

Após alcançar o mercado de luxo, Lea não parou de trabalhar. Ela posou para as revistas Numero, Interview, Elle, Marie Claire, Vogue Paris e Love, na qual surgiu beijando a topmodel Kate Moss. E 2011, foi convidada de honra do São Paulo Fashion Week e deu uma entrevista à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey.

Sendo a primeira mulher trans a ser contratada pelas labels Benetton e Redken, foi eleita pela Forbes uma das 12 mulheres que mudaram a moda italiana, ao lado de nomes como Miuccia Prada e Anna Dello Russo. Recentemente, ela se reuniu com Tisci para a campanha de férias da Burberry.

Lea T em campanha da Givenchy
Lea T ganhou visibilidade ao estrelar campanha da Givenchy, a convite de seu amigo Riccardo Tisci
Lea T
Brasileira é filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo
Lea T e Kate Moss na Love
Na capa da Love, modelo beijou a veterana Kate Moss
Lea T para Benetton
Em campanha para a Benetton
Lea T na Vogue Itália
Lea T foi considerada uma das 12 mulheres que mudaram a moda italiana
Andreja Pejić

Com o sucesso de Lea T na Givenchy, outras transexuais tiveram a oportunidade de brilhar no mundo da moda. A bósnia Andreja Pejić já fazia sucesso nos desfiles masculinos, conquistando nomes como Jean-Paul Gaultier e Marc Jacobs com suas feições andrógenas, ainda em 2011.

Todavia, depois de se assumir mulher, em 2013, passou a quebrar vários paradigmas da indústria, sendo a primeira da comunidade trans a assinar contratos com as marcas Make Up For Ever e Bonds.

Ao emplacar um perfil inédito na Vogue América, ela se tornou uma das figuras mais disputadas da indústria, abocanhando campanhas para a Fendi e Kérastase. Atualmente, ela tenta arrecadar fundos para produzir um documentário sobre a sua vida, na esperança de inspirar pessoas com ela a lutarem por seus sonhos.

“Em alguns momentos, eu fico cansada de responder perguntas sobre a minha vagina. Minha história dá mais visibilidade para a minha carreira, mas isso é minha vida pessoal”, reclamou ela ao Refinary 29, após as constantes perguntas sobre sua transição.

Andreja Pejic
Andreja Pejic pegou carona no efeito Lea T
Andreja Pejic
Modelo bósnia já fazia sucesso antes de se reconhecer como mulher
Andreja Pejic
Após a transição, ela se tornou a primeira trans a trabalhar para a Bonds
Andreja Pejic
A Kérastase também recorreu à imagem andrógina da modelo
Andreja Pejic
Hoje, a profissional tenta arrecadar fundos para produzir um documentário sobre sua vida
Laith Ashley

O modelo, cantor e ator Laith Ashley chamou atenção das marcas de moda após um ensaio com o fotógrafo Nelson Castillo, onde apareceu trajando roupas íntimas da Calvin Klein. O shooting, postado no Instagram, cativou a Barneys, que convidou o norte-americano para uma campanha.

Desde que chegou às passarelas do New York Fashion Week, em 2015, é escalado para campanhas de etiquetas como Diesel e Abercrombie & Fitch, além de estrelar editoriais para as revistas masculinas GQ e Vogue Hommes.

Em 2018, ele participou na série Pose, do canal FX, e do programa Rupaul’s Drag Race. “Durante muito tempo, fomos ensinados que a feminilidade é algo degradante para os homens. Eu acho que ninguém é feliz sem se abraçar por completo”, destacou ele à GQ britânica.

Laith Ashley
Ensaio que garantiu a entrada de Laith no mercado
Laith Ashley
Em pouco tempo, o modelo estava nas campanhas da Barneys New York
Laith Ashley
Em trabalho para a Diesel
Laith Ashley
Editorial para a GQ
Laith Ashley
Atualmente, o profissional posa periodicamente para a etiqueta californiana Marco Marco
Sam Porto

O brasiliense Sam Porto, de 26 anos, foi o primeiro homem trans a desfilar no São Paulo Fashion Week. Na 48ª edição do evento, em 2019, o tatuador foi selecionado para os shows da Ellus, Korshi 01, Modem, Cavalera, João Pimenta, Apartamento 03 e Handred, sendo um dos maiores destaques daquela temporada.

Após a repercussão de sua presença na semana de moda, o modelo emplacou uma capa na Vogue Brasil e mirou no mercado internacional. Porém, a pandemia acabou adiando os planos do rapaz.

À coluna, ele confessou que duvidava da aceitação do mundo da moda e se surpreendeu com a aderência das etiquetas. Agora, ele espera que tenha conseguido abrir portas para outros garotos que sonham em ser modelo.

“Estou aqui para abrir portas a quem não tem a oportunidade. Espero representar os meninos trans que acham que não podem estar no mundo da moda. Temos que estar inclusos”, refletiu em entrevista.

Danilo Grimaldi/ FOTOSITE
O brasiliense Sam Porto foi o primeiro homem trans a desfilar no São Paulo Fashion Week
@portiinn/Instagram/Reprodução
O jovem de 26 anos espera que outros meninos da comunidade consigam se inserir no universo das passarelas
Marcelo Soubhia/FOTOSITE
Ele foi um dos profissionais que desfilaram para a Ellus no SPFWN48
@portiinn/Instagram/Reprodução
Sam também é tatuador
Sam Porto na Vogue
Rapaz estrelou capa da Vogue, pouco antes da pandemia
Nathan Westling

Considerado uma das 500 figuras mais influentes da moda pelo site Business of Fashion, Nathan Westling estreou nas passarelas em 2013, durante um desfile da Marc Jacobs, quando ainda usava o nome de Natalie. Do outro lado do Atlântico, atraiu os olhares da Versace, Louis Vuitton, Prada, Chanel, Dior e Alexander McQueen, colecionando bons trabalhos nas temporadas seguintes.

Em 2019, anunciou sua transição para o sexo masculino, atraindo a atenção de veículos como i-D, L’Uomo Vogue e Dazeda, que dedicaram algumas páginas à sua história.

“Parece que usei uma máscara a vida toda. Depois que removi essa máscara, foi como se eu estivesse finalmente em minha pele. Eu não estou mais interpretando aquela persona, não estou tentando ser algo que não sou e eu não sinto que estou preso”, expôs Westling à CNN.

Nathan Westling
Nathan Westling em desfile da Louis Vuitton
Nathan Westling
Campanha para a Chanel
Nathan Westling
Em 2019, o modelo revelou estar em transição
Nathan Westling
A Dazed dedicou sua capa à história do profissional
Nathan Westling
Outra capa, agora na L’Uomo Vogue
Rae Tutera

Enquanto criança que não se conformava com seu gênero, Rae fantasiava um futuro repleto de ternos alinhados e elegantes. Contudo, o que ele encontrou quando finalmente pôde investir em blazers foi uma experiência traumatizante.

“Foi intimidador, caro e alienante, em várias maneiras. Porém, essa vivência originou o desejo de tornar a compra de ternos mais acessível às pessoas como eu”, lembrou o jovem de 25 anos à revista Out, a respeito de sua primeira ida a um alfaiate de Manhattan.

Disposto a entender tudo sobre o mundo dos ternos, Tutera chegou à Bindle & Keep, etiqueta nova-iorquina de Daniel Friedman que atendia os figurões de Wall Street. Ele convenceu o designer a mirar no público trans e o contratar como estagiário.

Juntos, eles começaram a desenvolver modelagens específicas para a comunidade, o que transformou a etiqueta. Hoje, 90% da renda da empresa vem de pessoas trans.

Rae Tutera
Rae Tutera cresceu admirando os ternos
Rae Tutera
Porém, quando finalmente decidiu comprar um, a experiência foi decepcionante
Rae Tutera
Jovem convenceu Daniel Friedman a investir no público LGBT
Rae Tutera
Eles desenvolveram modelagens exclusivas para a comunidade trans
Rae Tutera
Hoje, 90% das vendas da marca são referentes às peças diferenciadas
Pierre Davis

Acusado de não fomentar mais debates relevantes no universo têxtil, o New York Fashion Week resolveu abrir espaço para uma estilista transexual em sua edição de outono/inverno 2019. Pierre Davis, diretora criativa da No Sesso, estreou na semana de moda com um show repleto de diversidade e desconstrução social.

A designer viu na iniciativa uma forma de reafirmar que a moda não é apenas sobre estética ou vendas, mas sobre humanidade.

“É importante que as pessoas de todos os gêneros tenham a oportunidade de lutar, independentemente de sua identidade. O terreno não está nivelado e na moda isso é ainda mais difícil”, comentou ela em entrevista ao Conselho de Estilistas da América.

Davis diz abraçar a causa trans, mas, para ela, tais oportunidades não devem ser encaradas como esmolas. “Quero mostrar meu trabalho e ser reconhecida pela qualidade e esforço. Me sinto feliz por ter chegado a desfilar em uma fashion week, mas quero ir mais longe”, afirmou à instituição.

Lançada em 2015, em Los Angeles, a No Sesso conquistou artistas como Kelela e Erykah Badu. O streetwear desconstruído da label mistura as estéticas masculina e feminina em composições livres de estereótipos.

@pierrehommes/Instagram/Reprodução
Pierre Davis, diretora criativa da No Sesso
@pierrehommes/Instagram/Reprodução
Estilista foi a primeira transexual a desfilar no NYFW
@nosessola/Instagram/Reprodução
No Sesso trabalha com um streetwear agênero
@nosessola/Instagram/Reprodução
Peças tipicamente femininas ganham novas interpretações
Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images
Desfile no NYFW trouxe várias modelos trans
Dominique Jackson

Dominique começou a se destacar na televisão, por meio da série Pose, do canal FX. Na trama, aclamada entre os críticos, com duas indicações no Emmy 2019, a atriz vive Elektra, líder da House of Abundance. Lá, a personagem domina bailes temáticos, esbanja personalidade e arrasa nos looks arrebatadores.

Na vida real, todavia, a artista de Trinidade & Tobago é uma grande ativista da causa transexual. Recentemente, ela fez sucesso nas redes sociais ao fazer um discurso poderoso no 23º jantar anual da Human Rights Campaign.

Pierpaolo Piccioli, diretor criativo da Valentino, viu na estrela a possibilidade de estreitar seus laços com o público LGBT, elegendo a artista como a primeira transexual a protagonizar uma das campanhas da casa. Com o gesto, Dominique cativou a mídia especializada e passou a ganhar espaço na indústria da moda, sendo convidada para o Met Gala de 2019.

FX/Divulgação
Em Pose, Dominique Jackson vive Elektra, a idealizadora da House of Abundance
FX/Divulgação
No show, ela ostenta looks icônicos
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Sua personagem luta pela cirurgia de redesignação de sexo
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Segundo a artista, campanha para a Valentino foi a realização de um sonho
Divulgação/Valentino
O belo rosto de Dominique combinou perfeitamente com as criações da grife

Indya Moore

Considerada pela revista Time como uma das pessoas mais influentes de 2019, a modelo e atriz Indya Moore ganhou visibilidade global ao estrelar a série Pose. Todavia, no mundo da moda, ela já era uma figura conhecida.

Antes de começar a atuar, no aclamado filme Saturday Church, em 2017, ela trabalhou para grifes como Dior e Gucci. Foi apenas depois o sucesso da personagem Angel Evangelista, contudo, que ela atingiu os maiores trunfos na indústria têxtil.

Ela se tornou a primeira mulher trans a participar de uma campanha da Louis Vuitton e fotografar uma capa para a revista Elle, na qual abriu caminho para outras mulheres da comunidade. Se reconhecendo como não-binária – ou seja: não se identifica totalmente como mulher ou homem –, a ativista de 25 anos rejeita os rótulos da sociedade.

“Você não está sozinho, não tenha medo. Acredite em você mesmo! O valor da sua vida não pode ser medido por pelas opiniões alheias. Eu vejo você. Eu sou você. E você merece ter acesso ao seus sonhos, estar protegido, ser amado por seus amigos, família e comunidade”, disse ela à revista Variety, em passagem pelo red carpet do Emmy, depois que um repórter abriu espaço para ela mandar um recado para a comunidade trans.

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Indya Moore entrou para a história como a primeira trans a ser capa da Elle USA
Elle USA/Divulgação
Antes de atuar, a jovem já havia trabalhado para Gucci e Dior
Elle USA/Divulgação
Ela ganhou visibilidade pela ótima desenvoltura na série Pose, do canal FX
Louis Vuitton/Divulgação
Indya participou da campanha de pre-fall 2019 da Louis Vuitton
Pascal Le Segretain/Getty Images
Artista no desfile da etiqueta de luxo,  no Paris Fashion Week de outono/inverno 2019/20
Hunter Schafer

A série Euphoria apresentou Hunter Schafer aos amantes da televisão, porém, antes de ser escalada para a atração da HBO, a atriz já brilhava nas semanas de moda de Nova York e Milão.

A carreira de modelo começou aos 18 anos, quando, com rosto peculiar e personalidade marcante, a artista conseguiu desfilar para grifes como Dior, Miu Miu, Rick Owens, Helmut Lang, Tommy Hilfiger, Maison Margiela, Vera Wang, Marc Jacobs, Versace, Emilio Pucci e Erdem.

Com a segunda temporada de Euphoria confirmada, podemos aguardar o retorno de Hunter aos red carpets assim que os mesmos voltarem a acontecer. Em suas aparições nas premiações, a atriz sempre se destaca com produções cheias de estilo e informação de moda.

“É realmente selvagem estar neste nível de visibilidade. É algo que eu ainda estou me adaptando e tentando entender. Recebi algumas mensagens de pessoas trans que estão empolgadas com a representação na série”, revelou ela à Marie Claire.

@hunterschafer/Instagram/Reprodução
Hunter Schafer vive Jules na série Euphoria, da HBO
@hunterschafer/Instagram/Reprodução
Antes da carreira de atriz, ela já tinha um currículo invejável no universo fashion 
@hunterschafer/Instagram/Reprodução
Aqui, ela cruza a passarela da Versace
Peter White/Getty Images
Ostentando o decote revelador da Christian Dior
David Crotty/Patrick McMullan via Getty Images
Nos red carpets, ela aposta em produções cheias de modernidade
Laverne Cox

Assim como Hunter, Laverne Cox representa as mulheres trans em tapetes vermelhos de extrema relevância. A estrela da série Orange is the New Black foi uma das primeira atrizes a ganharem papéis de destaque na TV e logo cativou os players do segmento têxtil.

Em 2017, a norte-americana estrelou uma campanha da Ivy Park, da cantora Beyoncé, e, dois anos mais tarde, brilhou no comentado show da Savage x Fenty, transmitido na Amazon. Recentemente, Laverne fez sua estreia no cinema, por meio do filme As Panteras. Com essa porta aberta, espera-se que ela conquiste ainda mais espaço em red carpets e premieres.

Laverne Cox foi a primeira mulher transexual a ser indicada ao Emmy Awards, graças a seu papel na série Orange is the New Black
Participação rendeu à ela a possibilidade de comparecer às premiações voltadas à TV
Atriz se tornou amiga da cantora Beyoncé
Laverne Cox para Ivy Park
Ela convidada a protagonizar uma campanha da etiqueta da artista
Laverne Cox para Savage x Fenty
Laverne Cox no desfile da Savage x Fenty, transmitido na Amazon

Não há dúvidas de que houve progressos em relação à inclusão de pessoas trans em campanhas e desfiles, mas esse é apenas o começo. Como denunciou uma funcionária da Adidas recentemente, as engrenagens da moda ainda são giradas por pessoas brancas e cisgêneras. A única forma de impedir o avanço do preconceito na indústria têxtil é incluindo profissionais de todas as cores e gêneros nos bastidores do setor. É preciso valorizar não só a imagem, mas a força de trabalho destas pessoas.

Colaborou Danillo Costa 

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