Meressi: marca brasiliense fundada por russa tem a seda como destaque
A etiqueta, comandada por Ekaterina Sukhoverkhova, segue uma estética clássica e aposta em peças que se adequam a diferentes estilos
atualizado
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“O meu maior desejo é que, em nossas roupas, as mulheres possam se sentir seguras de si”, define Ekaterina Sukhoverkhova. Na Meressi, marca fundada em 2021, a empresária russa aposta em uma das matérias-primas mais nobres do mercado: a seda, mais especificamente a brasileira — utilizada amplamente por grifes internacionais renomadas. Para a edição da série Moda Brasília desta terça-feira (9/8), a coluna conversou com a idealizadora da etiqueta.
Vem conferir!
Feito no Brasil
Antes de chegar à capital do Brasil, Ekaterina Sukhoverkhova passou por duas importantes capitais da moda: Londres e Milão. Como não poderia ser diferente, as cidades que pulsam a liberdade criativa por meio da arte, do design e do vestuário influenciaram a visão da economista sobre o próprio estilo. A partir do intercâmbio cultural, ela se viu encorajada a lapidar a imagem pessoal de maneira autoral.
Contudo, foi a temporada em Dubai que encaminhou os primeiros passos da russa no universo fashion. No país dos Emirados Árabes, Ekaterina passou a encontrar com frequência peças produzidas em seda, material que chamava sua atenção pela qualidade. “Na época, eu estava muito interessada em montar um guarda-roupa com itens atemporais e eternos”, relembra.
Quando se mudou para Brasília, há quase três anos, ela tratou de conhecer as marcas locais, a fim de entender um pouco mais sobre o visual das brasileiras. E foi então que, de maneira despretensiosa, ela descobriu um fato intrigante: o Brasil é um dos maiores importadores de seda. A própria Hermès, marca francesa conhecida pelos lenços estampados, usa a matéria-prima nacional em determinadas peças.
A busca foi além da curiosidade. Depois de muitas pesquisas e e-mails trocados com a única empresa no Brasil especializada no tecido, a Bratac, foi maturada a ideia de investir em uma marca com peças confeccionadas no material. Em dezembro de 2021, a paixão de Ekaterina por seda foi concretizada na Meressi, que traz na grafia a forma como a empresária pronuncia a palavra da língua portuguesa “merece”.
“A escolha do nome foi uma maneira de pontuar que as minhas clientes merecem o melhor, sempre. As melhores roupas, as melhores experiências e as melhores possibilidades de se mostrar ao mundo e, principalmente, a elas mesmas”, pontua Ekaterina.
Atemporalidade como lema
A essência clássica da fundadora está estampada no portfólio da Meressi, que engloba peças sofisticadas que se adequam a diferentes estilos. O best-seller da marca é, sem dúvidas, a camisa de seda. No entanto, há opções de regatas em tons neutros e saias. Recentemente, a etiqueta ainda criou um vestido em modelagem reta.
“A ideia de manter o DNA versátil possibilita que uma mesma roupa transite em produções mil. Como exemplo, vamos pegar uma saia preta. Ela pode ser combinada de diferentes maneiras: com camisa elegante para o trabalho, blusa de renda, jaqueta de couro ou camiseta mais rocker. Cada cliente, com a própria identidade, consegue dar o tom ao look”, descreve Ekaterina.
Na contramão da síndrome da impostora, condição que faz com que as mulheres não se achem à altura de determinadas situações, responsabilidade ou até mesmo de investimentos pessoais com mais qualidade, a empresa busca trazer uma mensagem de autoconfiança. “Você pode, e deve, priorizar as suas escolhas, além de se colocar em primeiro lugar”, reforça a russa.
Moda Brasília
A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília em 2021. Toda semana, apresentamos marcas, designers e etiquetas locais, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal, no Centro-Oeste.
O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuam em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.
Colaborou Marcella Freitas