Meghan Markle é editora convidada na edição de setembro da Vogue UK
A duquesa de Sussex reuniu 15 mulheres para que elas mostrassem suas perspectivas e desejos de mudança para o mundo
atualizado
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Historicamente, setembro é o mês de maior relevância para a indústria fashion: além de acontecer grandes desfiles, revistas de todo o mundo preparam a edição mais elaborada e simbólica do ano.
Também é fato que atuar em prol da igualdade está sempre em alta e, em 2019, a Vogue do Reino Unido reuniu 15 mulheres envolvidas em diferentes causas para estamparem as páginas da revista. A publicação, batizada de Forças de Mudança, reuniu personalidades com opiniões fortes e que fazem a diferença no mundo. Escolhidas por ninguém menos do que a duquesa de Sussex, Meghan Markle, editora convidada desta edição, essas mulheres têm muito a dizer.
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Meghan Markle agradeceu a oportunidade de trabalhar durante meses nos bastidores da revista. “Foi gratificante, educativo e inspirador”, declarou a duquesa de Sussex no Instagram.
“Estou feliz em poder compartilhar o que criamos. Um enorme obrigado a todos os amigos que me apoiaram”, disse.
As convidadas atuam em variadas áreas. Entre elas, estão modelos, refugiadas, ativistas, atletas, escritoras, políticas e atrizes.
As escolhidas foram Jameela Jamil, Laverne Cox, Adwoa Aboah, Adut Akech, Ramla Ali, Jacinda Ardern, Christy Turlington Burns, Sinéad Burke, Gemma Chan, Jane Fonda, Salma Hayek Pinault, Francesca Hayward, Chimamanda Ngozi Adichie, Yara Shahidi e Greta Thunberg.
Desafiadas a responder a pergunta “Quais são as mudanças que você quer ver no mundo?”, essas mulheres empoderadas demonstram desejo por mais igualdade, respeito e justiça.
A modelo Adut Akech, por exemplo, torce para que os imigrantes sejam vistos com outros olhos. “Quero ajudar as pessoas a entenderem que os refugiados são pessoas normais, assim como todo mundo”, declarou a sudanesa nascida em um campo de refugiados.
O anseio por mulheres em cargos de poder é outra discussão recorrente. Jacinda Arden, definitivamente, levanta essa bandeira. A primeira-ministra da Nova Zelândia pede mais representatividade feminina na política. Paralelamente, a atleta e boxeadora Ramla Ali destaca a necessidade de mais mulheres em cargos de chefia no esporte, promovendo mudanças positivas para a categoria.
A bailarina Francesca Hayward pediu por uma realidade em que dançarinas negras não sejam questionadas sobre a cor da pele, enquanto Greta Thunberg destacou a busca por um planeta que reconheça as mudanças climáticas e lute contra a crise ecológica.
Chimamanda Ngozi Adichie, escritora, deseja um mundo com “mais histórias de mulheres que são fortes sem serem super-heroínas, que não precisam ser extraordinárias para serem admiráveis”.
A falta de diversidade na indústria do cinema e da moda foi o assunto inserido por Gemma Chan. Também convidada, a atriz Laverne Cox destacou a “profunda humanidade que as pessoas transexuais de todos os tipos apresentam”.
Ativista contra a gordofobia e a cultura da dieta, Jameela Jamil aproveitou o espaço para ressaltar o quanto tem aprendido com o I Weigh, programa de entrevistas que ela comanda no Instagram. “Pensei que ajudaria todas essas pessoas a reconhecerem o seu valor, e elas acabaram me ajudando”, disse a atriz.
A palestrante Sinéad Burke e a atriz Jane Fonda também se lembraram das pessoas que são silenciadas. “Precisamos constantemente perguntar quais vozes não estão no mundo, quais perspectivas não estão sendo consideradas, e garantir que a mudança ocorra com o máximo de interseccionalidade possível”, opinou Burke.
A edição também inclui uma conversa de Meghan com a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, além de uma entrevista com a antropóloga Jane Goodall. A versão completa da september issue da Vogue britânica de 2019 será disponibilizada em 2 de agosto.
Colaborou Rebeca Ligabue