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Marca oferece aulas gratuitas de tingimento com pigmentos naturais

Maibe Maroccolo, da Mattricaria, dará três oficinas voltadas ao uso de resíduos e plantas na coloração de roupas e tecidos

atualizado

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Maibe Maroccolo – Crédito Divulgação (6)
1 de 1 Maibe Maroccolo – Crédito Divulgação (6) - Foto: null

O tie-dye está em alta novamente e, graças a uma iniciativa da marca brasiliense Mattricaria, você poderá ter essa tendência em seu guarda-roupa, usando folhas do Cerrado. A empresária Maibe Maroccolo, proprietária da etiqueta, promoverá três oficinas de tingimento com corantes naturais, em homenagem aos tons característicos da capital federal.

As aulas, focadas em resgatar a utilização de pigmentos da região Centro-Oeste, serão ministradas entre 22 e 25 de maio, 12 e 15 de junho e 17 e 20 de julho, no Guará I, com oito vagas para cada período. As inscrições são gratuitas e estarão abertas a partir do dia 15 de abril, pelo site da marca.

Vem saber mais comigo!

Os corantes químicos, em sua maioria, são obtidos a partir de derivados do petróleo e do carvão mineral, em processos altamente poluentes, e podem ser tóxicos. Esse fator estimulou a empresária Maibe Maroccolo a oferecer estratégias sustentáveis para minimizar os impactos ambientais causados pelos processos de tingimento rotineiros feitos na indústria e para otimizar a mão de obra artesanal.

O projeto Mattricariando Cores do Cerrado, um conjunto de oficinas voltado ao uso de elementos naturais na coloração de roupas, tem como objetivo conscientizar os designers e a comunidade brasiliense sobre a necessidade de modificar a maneira como a pigmentação é feita atualmente, além de agregar valor aos produtos, seja para uso próprio ou comercialização.

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Cascas de árvore têm propriedades tintoriais

 

“A capital federal dispõe de um cenário muito rico para o desenvolvimento sustentável. É possível encontrar plantas que acrescentam muito aos resultados de cores e texturas. O projeto visa valorizar a identidade da cidade e promover a biodiversidade brasileira, em especial a do Cerrado”, explica Maibe Maroccolo.

Uma ótima opção para o upcycling, as aulas promovem o consumo consciente e indicam como as técnicas podem ser colocadas em prática no mercado. Entre os materiais utilizados estão resíduos comuns e folhas, como casca de cebola, espinafre, café, hortelã, chá-preto e serragem.

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Cascas de cebola também são usadas no processo

 

“Existe uma relação entre a prática do tingimento natural e o contato com a natureza. É uma forma de se conectar com as plantas da sua região e do seu bairro. Em sua própria rua, é possível encontrar plantas com propriedades tintoriais. Então, a oficina permite a você conhecer e se conectar com o que está ao seu redor”, explica Maibe Maroccolo.

A primeira edição do projeto será acompanhada por uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Para participar é necessário ter mais de 18 anos e residir em Brasília. Cada oficina tem quatro dias de duração, totalizando 16 horas de curso.

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Técnicas agregam valor às peças

 

Saia estampada por meio de folhagens

 

Maibe, que comandará as oficinas, conta com uma experiência de mais de 10 anos em trabalhos com corantes naturais. Durante seu mestrado na University of Arts de Londres, concluído em 2010, a designer se engajou em projetos voltados ao desenvolvimento sustentável na indústria têxtil.

Ela mesclou o conhecimento adquirido na Europa à experiência que já possuía com plantas tintoriais brasileiras e deu origem ao projeto Mattricaria, que visa criar alternativas e difundir o conhecimento sobre moda sustentável e slow fashion.

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Maibe trabalha com pigmentos naturais há mais de 10 anos

 

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Almofadas feitas com tecido tingido de corantes naturais

 

A pesquisa realizada pela designer rendeu uma parceria com a marca californiana Olukai. Em 2018, a etiqueta convidou a empresária a realizar um estudo sobre plantas tintoriais havaianas e desenvolver uma série de estampas para os calçados da label.

Maroccolo teve a oportunidade de fazer pesquisas de campo no Jardim Botânico de Honolulu com auxílio de botânicos nativos, o que resultou em mais de 500 metros de tecidos coloridos com pigmentos naturais havaianos.

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Tecido colorido com gengibre e açafrão

 

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Aqui, o hibisco foi usado para dar vida ao pano

 

Recentemente, Maibe também colaborou com a estilista carioca Gilda Midani, desenvolvendo prints exclusivos para a coleção de outono/inverno 2019 da estilista, que tem lojas em São Paulo e Rio de Janeiro, além de showrooms em Paris e Nova York.

Em paralelo ao Cores do Cerrado, a Mattricaria ainda mantém o projeto Qual a Cor da Sua Cidade?, no qual colaboradores mapeiam e registram os pigmentos naturais brasileiros. Os parceiros são convidados a compartilhar amostras coletadas e testes feitos em tecidos com os demais colegas, em uma rede que hoje está em todas as regiões do país.

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No projeto Qual a Cor da Sua Cidade?, colaboradores mapeiam pigmentos naturais brasileiros

 

Serviço:
Mattricariando – Cores de Brasília. 22 a 25 de maio, 9h a 13h; 12 a 15 de junho, 9h a 13h; 17 a 20 de julho, 9h a 13h. Local: Guará I. Inscrições abertas a partir do dia 15/04/19. Oito vagas por oficina, totalizando 24. Participação gratuita. Inscrições pelo site.

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Colaborou Danillo Costa.

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