Marca brasileira UMA celebra 25 anos de moda atemporal
Para iniciar as comemorações, a etiqueta apresentou a coleção Lua, que teve estamparia desenvolvida no próprio ateliê
atualizado
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Os 25 anos costumam marcar a transição entre a juventude e a fase adulta. É essa idade singela que enche a bagagem na trajetória da marca UMA. Em comemoração ao vigésimo quinto aniversário da etiqueta brasileira, a coluna conversou com a fundadora, Raquel Davidowicz, para contar a história da label e revelar os próximos planos da empresa.
Vem conferir!
Moda contemporânea, essência independente e criações atemporais estão entre os pilares da marca UMA, que chamou a atenção na cena fashion paulista desde que foi fundada, em 1997. Idealizada por Raquel e Roberto Davidowicz, a etiqueta aposta no estilo pessoal e em materiais de qualidade.
Mantida há duas décadas, a empresa familiar remou contra a maré de modismos dos anos 1990, que ganhava destaque também pela influência da cultura norte-americana, principalmente nos segmentos de cinema e música da época. A fim de trazer um novo propósito para o que era produzido naquele período, o casal começou a apostar em colaborações.
Em sua trajetória, a UMA construiu um DNA baseado na união com indústrias criativas, como artes visuais, dança e arquitetura. O formato de lançamentos das coleções cocriadas é mantido até os dias atuais. A collab mais recente traz a assinatura da ilustradora Estela May, filha de Fernanda Young e colaboradora da Folha de S.Paulo.
No portfólio da empresa, estão artistas brasileiros, como Regina Silveira e Macaparana. Como se não bastasse, a etiqueta também já assinou figurinos para a São Paulo Companhia de Dança.
Para comemorar os 25 anos em grande estilo, a UMA apresentou a coleção Lua. O compilado dá início às celebrações do aniversário e engloba estamparia desenvolvida no próprio ateliê.
A silhueta, por sua vez, é construída a partir de cortes irregulares, proporcionando assimetria aos visuais. A coleção é confeccionada em cetim encorpado, tule com efeito amassado permanente e crepe de viscose. Entre as peças, estão vestidos, macacões, tricôs oversized e moletons de stretch.
Ao longo da jornada, a marca apostou em uma linha jovem. Batizada de UMA X, a categoria é focada na sustentabilidade e entrega peças mais acessíveis, ao ter os valores comparados com a marca mãe.
Idealizada para um público-alvo que valoriza as transformações urgentes da moda, a linha foi lançada em 2020 e já conquistou seu lugar no setor fashion. A coordenação é de Vanessa Davidowicz, filha do casal fundador.
As coleções da linha são agênero e possuem calendário de lançamentos esporádicos, longe da agenda fixa da moda. No drop mais recente, as peças recebem estamparia com tingimento natural, garantindo a exclusividade. As padronagens são fruto das experimentações da equipe de criação.
Confira a entrevista com Raquel Davidowicz, cofundadora da UMA:
Lançada nos anos 1990, a marca ganhou força e nome na cena paulistana. O que os motivaram a criar a etiqueta?
Raquel Davidowicz: A vontade de criar uma marca que fosse contemporânea, com qualidade e que tivesse o nosso estilo.
Poderia nos contar um pouquinho de como chegaram ao nome?
Fizemos um brainstorming com o Giovanni Bianco. Na época, ele topou em nos ajudar com o branding. E saiu o nome UMA, pois queríamos mostrar algo único, que cada um que usasse a nossa roupa se sentisse único, diferenciado, com valores individuais.
Qual é o DNA da marca?
Um estilo contemporâneo com conforto, atemporal e com qualidade.
Há 25 anos no mercado, vocês construíram uma clientela fiel. Como definem o público da UMA hoje? O que buscam ofertar aos clientes?
Temos uma clientela fiel, que tem peças de 20 anos, por exemplo. Isso mostra como a marca já faz parte da sua vida. Ofertamos sempre peças com algum diferencial e matéria-prima de qualidade. Dentro das coleções, temos um grupo grande de peças em malha, alfaiataria despojada e uma grade vasta de tamanhos que atende pessoas maiores.
De lá para cá, a marca passou a vestir artistas, conquistar as passarelas do SPFW, abrir lojas em shoppings renomados e até migrar para o exterior. Poderiam contar um pouco sobre os momentos mais marcantes na história da UMA?
Trabalhos com arte contemporânea em parceria com artistas brasileiros, como Jac Leirner, Ligia Clark, Macaparana e Mana Bernardes. Criamos um desfile com coreografia e dança da São Paulo Companhia de Dança, além da abertura de uma loja em Nova York e a criação da UMA X.
Entre os planos para o futuro da UMA, está o de manter o que já vem dando certo. “Ampliar o uso de matéria-prima certificada e sustentável e de projetos colaborativos, mantendo sempre o DNA da marca”, finaliza Raquel Davidowicz.
Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!
Colaborou Sabrina Pessoa