Marc Jacobs relança polêmica coleção grunge de 1993
Estilista recriou 26 looks do trabalho que culminou em sua demissão da Perry Ellis
atualizado
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Nas últimas temporadas, o gótico e o punk deram as caras em vestidos de festa com corpetes, mangas bufantes e golas vitorianas. Mas, se depender de Marc Jacobs, o estilo da primavera de 2019 é o grunge. Gorro, botina Dr. Martens e camisa preta fazem parte da readaptação da coleção que culminou na demissão do estilista do cargo de diretor criativo da Perry Ellis, em 1993, e colocou o americano nos holofotes da têxtil.
Batizada de Redux Grunge Collection 1993/2018, a linha traz de volta as estampas com desenhos de Robert Crumb, os comprimentos na altura do tornozelo e o mix de listras, floral e xadrez, que marcaram o cenário underground dos anos 1990. Ao todo, 26 looks do antigo trabalho serão disponibilizados nas lojas físicas e on-line a partir do dia 15/11.
Vem comigo conferir!
Marc procurou as fábricas que produziram as estampas na época e vasculhou o eBay em busca das peças originais. Em entrevista à Elle, disse que o relançamento reflete o momento vivido pela moda.
“Na época, nós pegamos camisas de flanela que eram vendidas a US$ 2 e as fizemos em seda, transformando algo banal em fashion, mas as pessoas se ofenderam com isso. Hoje, a Balenciaga pega algo comprado pelos adolescentes por US$ 15, faz uma versão de US$ 2 mil, e todo mundo ama. Minha coleção, agora, faz sentido”, defende.
O ano não tem sido fácil para Marc Jacobs. Em junho, o New York Times publicou um artigo sugerindo que o designer não entendia mais os consumidores. Três meses depois, durante o New York Fashion Week, ele atrasou o desfile em 90 minutos e foi altamente criticado. A ideia de aproveitar o momento nostálgico e apostar na polêmica coleção foi genial.
Quando lançou as peças em 1993, ocupava o cargo de diretor criativo da Perry Ellis, grife que o descobriu por meio de um concurso. Criou a famosa coleção inspirada no movimento grunge – que surgiu devido ao sucesso de bandas como Nirvana, Pearl Jam e Soundgarden. Foi demitido e abriu sua marca homônima logo em seguida.
Três anos mais tarde, a Louis Vuitton convocou o designer para uma missão bem difícil: reformular a imagem da empresa francesa e colocá-la de volta no mapa.
A marca passou por um momento difícil na década de 1990, pois perdeu o status de luxo. Anna Wintour chegou a dizer que a Louis Vuitton remetia apenas a aeroportos. Quando Jacobs assumiu o cargo de diretor artístico da grife, em 1997, surpreendeu e modernizou a label.
Naomi Campbell e Lady Gaga já aderiram ao look.
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Colaborou Danillo Costa