Manolo Blahnik retoma direito de marca na China após ser pirateado
O estilista espanhol travava uma batalha judicial há 22 anos no país asiático pelo direito à patente da etiqueta de sapatos luxuosos
atualizado
Compartilhar notícia
A Manolo Blahnik, etiqueta homônima do designer espanhol, venceu uma batalha judicial de 22 anos na China para ter o direito ao registro da própria marca no país. A partir de agora, as chinesas não precisarão viajar internacionalmente para adquirir os luxuosos sapatos da label.
Vem entender mais!
Apesar de ser uma potência econômica, a China ainda é um país considerado comunista e possui leis protecionistas. Uma delas é o registro das marcas internacionais que queiram operar dentro do território chinês.
Esse pré-requisito faz com que a pirataria seja “facilitada” no país, uma vez que qualquer pessoa pode fazer o registro do nome de uma marca internacional. Foi o que aconteceu com a Manolo Blahnik no fim dos anos 1990.
Em 1999, o empresário chinês Fang Yuzhou solicitou o registro para uma marca, também de calçados, chamada “Manolo & Blahnik”. Em janeiro de 2000, o órgão oficial, China Trademark Office, aceitou o pedido e liberou a patente.
Na sequência, a própria Manolo Blahnik entrou na Justiça para barrar o processo, mas o empresário chinês saiu vitorioso. Segundo o órgão chinês, a etiqueta espanhola não tinha vendas ou negócios no país antes do registro da marca pirata.
O cenário melhorou em 2019, quando foram feitas alterações das leis de patentes. Porém, o imbróglio judicial seguiu até junho deste ano, quando a Suprema Corte da China decidiu favoravelmente a Manolo Blahnik para ter os direitos à própria marca no país asiático.
Vale lembrar que a China é o principal mercado das marcas internacionais de luxo. Ter lojas no país – e butiques especiais com produtos exclusivos – é uma estratégia importante para a expansão dos nomes da moda e da beleza.
Colaborou Carina Benedetti