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Manolo Blahnik retoma direito de marca na China após ser pirateado

O estilista espanhol travava uma batalha judicial há 22 anos no país asiático pelo direito à patente da etiqueta de sapatos luxuosos

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Edward Berthelot/Getty Images
Sandália de salto fino azul turquesa, com uma fivela brilhosa na frente, da marca Manolo Blahnik.
1 de 1 Sandália de salto fino azul turquesa, com uma fivela brilhosa na frente, da marca Manolo Blahnik. - Foto: Edward Berthelot/Getty Images

A Manolo Blahnik, etiqueta homônima do designer espanhol, venceu uma batalha judicial de 22 anos na China para ter o direito ao registro da própria marca no país. A partir de agora, as chinesas não precisarão viajar internacionalmente para adquirir os luxuosos sapatos da label

Vem entender mais!

Giphy/Manolo Blahnik/Divulgação

Apesar de ser uma potência econômica, a China ainda é um país considerado comunista e possui leis protecionistas. Uma delas é o registro das marcas internacionais que queiram operar dentro do território chinês. 

Esse pré-requisito faz com que a pirataria seja “facilitada” no país, uma vez que qualquer pessoa pode fazer o registro do nome de uma marca internacional. Foi o que aconteceu com a Manolo Blahnik no fim dos anos 1990.

Em 1999, o empresário chinês Fang Yuzhou solicitou o registro para uma marca, também de calçados, chamada “Manolo & Blahnik”. Em janeiro de 2000, o órgão oficial, China Trademark Office, aceitou o pedido e liberou a patente. 

O estilista Manolo Blahnik, um homem branco e de meia idade, sentado em um sofá bege segurando sandálias que ele mesmo desenvolveu. Veste um terno bege e usa uma camisa branca com gravata cinza
Nascido nas Ilhas Canárias, da Espanha, Manolo foi morar em Paris, na França, em 1968, quando começou a trabalhar com moda

 

O estilista Manolo Blahnik, um homem branco e idoso, sentado com os braços em uma mesa branca de mármore ao lado de um sapato desenhado por ele, na cor verde e de salto alto. Ele usa óculos de grau com armação escura, um terno preto e uma gravata listrada preta e branca
Antes fundar a marca homônima, em 1973, o designer fez sapatos para estilistas renomados como Yves Saint Laurent, Christian Dior e Calvin Klein

 

Estante de uma exposição de moda com as sandálias da marca Manolo Blahnik
Manolo Blahnik sempre se destacou por criar sapatos nada discretos

 

Kristin Davis e Sarah Jessica Parker, atrizes que trabalham em Sex and The City, nas gravações da série. Ambas são mulheres brancas de meia idade, mas a primeira tem o cabelo liso e castanho e a segunda é loura.
Manolo Blahnik virou uma febre entre os fashionistas com a série Sex and the City. A marca era a favorita da protagonista Carrie Bradshaw, vivida por Sarah Jessica Parker

Na sequência, a própria Manolo Blahnik entrou na Justiça para barrar o processo, mas o empresário chinês saiu vitorioso. Segundo o órgão chinês, a etiqueta espanhola não tinha vendas ou negócios no país antes do registro da marca pirata.

O cenário melhorou em 2019, quando foram feitas alterações das leis de patentes. Porém, o imbróglio judicial seguiu até junho deste ano, quando a Suprema Corte da China decidiu favoravelmente a Manolo Blahnik para ter os direitos à própria marca no país asiático.

Mulher negra calçando sandálias de salto alto e fino na cor turquesa com uma fivela de strass na frente
As sandálias do designer são conhecidas por serem verdadeiras joias para os pés

 

Mulher branca calçando bota de salto alto e fino na cor verde escuro, em camurça. O sapato é da marca Manolo Blahnik
A marca Manolo Blahnik não tinha operações comerciais na China por causa da batalha judicial que se iniciou em 2000

 

Sandália de salto alto azul clara, com flores vermelhas estampadas, e aplicações de pedras que simulam diamantes. O sapato é da marca Manolo Blahnik
Um empresário chinês tinha “roubado” o nome da marca e registrado no órgão oficial de patentes do país

 

Sapato estilo mocassim, em couro preto, da marca Manolo Blahnik. A pessoa que veste o calçado usa também uma meia laranja e uma calça cinza. Ao lado do seu pé é possível ver uma pilha de caixas da marca e outro mocassim, do mesmo modelo, mas em couro marrom
A Suprema Corte da China decidiu a favor do estilista e, a partir de agora, a marca pode comercializar seus produtos no país

Vale lembrar que a China é o principal mercado das marcas internacionais de luxo. Ter lojas no país – e butiques especiais com produtos exclusivos – é uma estratégia importante para a expansão dos nomes da moda e da beleza.

 


Colaborou Carina Benedetti

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