Louis Vuitton fabricará joias com o 2º maior diamante do mundo
A grife francesa comprou a pedra de 1.758 quilates, do tamanho da palma de uma mão, descoberta pela mineradora Lucara Diamonds em 2019
atualizado
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A Louis Vuitton acaba de dar mais um passo ambicioso no setor de luxo. A grife francesa comprou o segundo maior diamante do mundo. Descoberta em 2019, a pedra de cor escura pesa 1.758 quilates e tem o tamanho da palma de uma mão. A marca deve transformar a gema em uma coleção de joias finas.
Vem comigo saber mais detalhes!
O diamante foi batizado de Sewelô, palavra da língua Tswana que significa “achado raro”. Quando foi descoberto pela empresa de mineração Lucara Diamond, em abril do ano passado, no Botsuana, ocupou o posto que antes pertencia ao Lesedi La Rona, de 1.111 quilates, encontrado na mesma mina.
Para produzir a coleção de joias finas, a LV firmou parceria com a Lucara e a fabricante belga HB, mas não divulgou o valor do contrato. As duas empresas ajudarão a cortar e polir o material bruto na forma de peças menores. O que se sabe da colaboração, de acordo com a mineradora, é que cada um dos parceiros receberia um valor adiantado e teria ainda 50% de participação nos diamantes individuais feitos com a pedra.
A label pretende também destinar 5% dos lucros da venda das joias feitas com o Sewelô para iniciativas comunitárias da empresa de mineração no Botsuana. “Estamos muito satisfeitos em fazer parceria com a Louis Vuitton […], em uma coleção de joias finas que comemoram essa descoberta extraordinária e contribuem com benefícios diretos para as comunidades locais”, declarou Eira Thomas, CEO da Lucana, em comunicado.
A pedra, por sua vez, tem valor estimado em dezenas de milhões de dólares, que “só será revelado depois de polido”, como informa o texto divulgado no último dia 15. Além do tamanho, detalhes como corte, clareza e cor influenciam no preço final.
O posto de maior diamante do mundo é do Cullinan; posteriormente dividido em pedras menores, para a criação de joias que pertencem à família real britânica. Descoberto na África do Sul no ano de 1905, ele pesava 3.106 quilates. Já o terceiro, Lesedi La Rona, foi vendido por US$ 53 milhões, em 2017, para a marca Graff Diamonds.
Vale lembrar que o conglomerado de luxo LVMH, dono da Louis Vuitton, adquiriu a joalheria norte-americana Tifanny & Co por US$ 16,2 bilhões em novembro de 2019. O grupo controla outras marcas de peso no setor, como a italiana Bulgari.
Atualmente, os e-commerces e a diversidade de público são fatores fundamentais para o segmento de joias, mas não recebem a devida importância por parte da indústria. Clique aqui para entender como a visão antiquada das joalherias tem custado caro ao setor.
Colaborou Hebert Madeira