Louis Vuitton é acusada de apoiar ataques da Rússia à Ucrânia
Internautas criticam a grife francesa e argumentam que os designs da linha de joias LV Volt são semelhantes ao símbolo “Z” pró-guerra
atualizado
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Uma das grifes mais famosas e luxuosas do mundo, a Louis Vuitton lançou recentemente uma nova campanha para a linha de joias LV Volt. Contudo, a ação gerou revolta nas redes sociais. Internautas criticam a marca francesa e argumentam que os designs são semelhantes ao símbolo “Z”, usado mundialmente como forma de apoio aos ataques da Rússia à Ucrânia.
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Na campanha, a grife apresenta braceletes, anéis, colares e brincos. O rapper Kid Cudi, a atriz chinesa Jin Chen e a atriz sueca Alicia Vikander exibem as peças. Pelo Instagram, a Louis Vuitton apontou que “a coleção de joias finas unissex homenageia as iniciais icônicas da maison [LV]”.
Contudo, vale destacar que a letra “Z” não existe no alfabeto cirílico russo. Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, tem sido utilizada como símbolo de apoio às Forças Armadas e ao governo de Vladimir Putin. No local do conflito, é possível ver o símbolo marcado nos veículos militares russos e em bandeiras.
Segundo a Agência Brasil, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, pediu nessa terça-feira (29/3) a criminalização do uso da letra como forma de apoio público ao conflito. “’Z’ significa crimes de guerra russos, cidades bombardeadas, milhares de ucranianos assassinados. O apoio público a essa barbárie deve ser proibido”, lamentou.
Na web, a Louis Vuitton está sendo bastante criticada. “Você está ok em usar a letra ‘Z’?”, questionou um internauta. “A moda não pode ficar fora da guerra! A letra ‘Z’ é sobre o ataque russo na Ucrânia!”, reclamou uma usuária.
Outra pessoa escreveu: “Esse símbolo representa violência e mortes. Pare de ficar em silêncio #StopWarInUkraine (Pare a guerra na Ucrânia)”. Vários comentários também indagam se a etiqueta está fazendo uma brincadeira de mau gosto.
A Louis Vuitton manteve a campanha nas redes sociais e as joias à venda. Até o momento, a marca não se manifestou sobre as acusações de incentivo à guerra. A empresa faz parte do conglomerado francês LVMH.
O número de mortos no conflito entre Rússia e Ucrânia por enquanto é incerto. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até o dia 27 de março, morreram 1.119 civis, incluindo 99 crianças.
Colaborou Rebeca Ligabue