Lojas reabrem nos Estados Unidos e roupas entram em “quarentena”
Estabelecimentos se preparam para iniciar as vendas, mas itens tocados pelos clientes serão isolados para evitar contaminação do coronavírus
atualizado
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Nos Estados Unidos, lojas de departamento estão se preparando para a reabertura gradual do comércio. Apesar de o país ter ultrapassado 87 mil mortes por Covid-19, segundo dados fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, 18 estados flexibilizaram o isolamento social. As novas medidas de segurança incluem uso de máscara, checagem de temperatura dos funcionários, marcação de distância entre os clientes que circulam nas lojas e posicionamento em filas. Os provadores não ficaram de fora e, agora, quem entra em quarentena são as roupas experimentadas pelos consumidores.
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Pesquisa realizada pela empresa First Insight indica que 65% das clientes que residem nos EUA ainda não se sentem seguras para experimentar peças nos provadores das lojas. Ainda sem data para as testagens de Covid-19 em massa, lojas físicas se preparam para receber os consumidores.
Após mais de um mês de fechamento, os estabelecimentos começam a reabrir as portas das lojas físicas, alguns estados estão implementando as próprias restrições. Em Miami, as atividades retomam a partir desta segunda-feira (18/05), e as marcas podem permitir que os clientes provem as roupas, mas não da maneira como costumavam fazer.
As peças de vestuário devem ser isoladas, higienizadas ou armazenadas fora dos expositores 24 horas antes de retornarem às prateleiras. Além disso, a capacidade máxima de funcionários e clientes vai ser reduzida a 50%. Idosos, pessoas com necessidades especiais e grávidas terão horário exclusivo para realizarem as compras.
A gigante Sarks Fifth Avenue pretende higienizar a sala destinada aos provadores depois do uso de cada cliente. Por lá, o isolamento das roupas vai ser de 48 horas após cada item ser experimentado. Já a Macy’s segue os passos de Miami e irá retirar as peças por 24 horas do estabelecimento.
Segundo o Wall Street Journal, outras varejistas, como a Urban Outfitters e a Target, estão optando por não abrir os provadores das lojas. No entanto, as peças que forem devolvidas ou trocadas pelos clientes vão passar por um período de quarentena.
O mercado de luxo também irá abraçar algumas medidas para o rodízio dos itens. A Louis Vuitton, por exemplo, vai adotar o protocolo de circulação dos produtos, dependendo do contato que o consumidor tiver com cada peça.
Enquanto as marcas estudam as melhores formas para proteger os consumidores, a higienização dos espaços com radiação ultravioleta (UV) está sendo considerada. Ainda em teste, a luz UV ganha destaque e é utilizada há décadas em hospitais para desinfecção em ambientes vazios.
Fred Maxik desenvolveu a primeira tecnologia com luz UVC segura para o ser humano. É uma opção para combater o coronavírus, segundo o ex-cientista da Nasa e fundador da empresa Healthe.
Publicado em 21 de abril, o estudo mostra que ondas UV não danificam as células humanas e são capazes de matar pequenos vírus e bactérias encontradas no ar. Podem descontaminar cabelo, pele e roupas das pessoas que estão presentes em um estabelecimento.
Vale destacar que, em diferentes lugares do mundo, clientes não estão respeitando os alertas e têm formado filas nas portas das lojas que reabriram.
Colaborou Sabrina Pessoa