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Lino Villaventura flerta com o sportswear no SPFWN46

Estilista abusou das sobreposições, cores e texturas em novo desfile. Moda masculina ficou de fora

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
São Paulo Fashion Week – Quarto dia
1 de 1 São Paulo Fashion Week – Quarto dia - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Lino Villaventura voltou ao São Paulo Fashion Week um tanto quanto diferente do que costumamos ver. O drama, sempre presente nas criações, estava lá, mas desta vez mais colorido, acompanhado de influências asiáticas e até mesmo do mood esportivo.

Assim como na SPFWN45, a moda masculina não foi contemplada no desfile, mas não faltaram nervuras, tecidos estruturados e desconstruções, principais assinaturas do designer paraense. O artista, que durante muito tempo procurou refúgio na obscuridade, parece ter redescoberto as possibilidades dos patchworks estampados e dos acetinados em cores vivas para o aniversário de 40 anos da marca, comemorado durante o evento.

O brilho, outro recurso muito utilizado no novo trabalho de Lino, figurou na maioria dos looks. E eu digo looks porque o estilista, que antes priorizava a criação de vestidos, parece estar disposto a investir mais em peças individuais, como blusas, saias, casacos e calças. Veja as principais tendências mostradas no show de Villaventura.

Vem comigo!

 

DNA
Ao observarmos os detalhes das peças de Lino, percebemos que seu trabalho é uma obra de arte, feita de forma intuitiva e tridimensional, valorizando as formas do corpo feminino por meio da desconstrução, de tecidos estruturados e nervuras feitas à mão pelo designer e sua equipe.

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Os acabamentos feitos pelo estilista dão movimento às peças

 

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A textura é formada por uma sequência de nervuras

 

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O trabalho artesanal também dá forma e caimento aos vestidos

 

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Todo o trabalho resulta em uma aparência orgânica

 

Desconstrução
Lino preza pela assimetria e pela liberdade de sua criação. Os rumos da confecção são definidos conforme a evolução da construção. Cada silhueta é única.

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O trabalho de desconstrução resulta em uma aparência orgânica

 

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O patchwork foi uma das técnicas usadas na desconstrução

 

A junção de diferentes tecidos e cores deram mais vida aos vestidos

 

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Houve um resquício também da obscuridade dos trabalhos anteriores

 

Inspirações asiáticas 
Para esta coleção, Villaventura buscou inspiração nas culturas orientais. Podemos ver traços japoneses, indianos e até tailandeses nas novas criações.

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Blusa com abotoamento, gola e flores típicas das roupas japonesas

 

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Golas e mangas também ganharam ares da terra do sol nascente

 

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Traços indianos reinventados

 

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Mais um look inspirado nas roupas asiáticas

 

Sportswear
As sobreposições foram recorrentes no desfile, principalmente aquelas feitas com moletons, uma clara referência ao flerte do segmento esportivo com o das roupas de festa, sucesso no streetstyle. Lino investiu até mesmo em um conjunto com seu DNA.

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Composição com saia, camisa e moletom

 

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Conjunto esportivo by Lino Villaventura

 

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É claro que não faltariam nervuras no sportwear do designer

 

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Esporte, texturas, metalizado e colorido. Tudo junto e misturado

 

Brilho
Para seu novo trabalho, o artista selecionou uma série de tecidos brilhosos, metalizados e acetinados. Várias intensidades de iluminação nos looks foram apresentadas, fugindo completamente da sobriedade da tradicional cartela de cores de Lino, repleta de tons escuros.

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Os vestidos de festa foram os mais contemplados pela luminosidade

 

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Até mesmo o jacquard foi escolhido para brilhar

 

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Transparências também chamaram atenção pelo brilho

 

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Praticamente um glitter dress

 

A Marca
Lino Villaventura é paraense, mas começou sua carreira no Ceará, em 1978, onde morou boa parte da vida. Em 1982, lançou a marca homônima em Fortaleza, em parceria com sua ex-mulher, Inez Villaventura. Foi um dos primeiros estilistas a se destacar no mercado internacional. Participou, em 1996, do Morumbi Fashion, que originou a São Paulo Fashion Week, onde sempre esteve presente desde então. No lançamento de sua coleção de verão, em 2001, Xuxa desfilou para o estilista, rompendo ausência de 11 anos das passarelas.

O designer é conhecido pelo trabalho minucioso com o tecido. Em uma mesma peça mistura bordados, nervuras e aplicações. Usando referências regionais misturadas a construções de alta-costura, é reconhecido por um estilo dramático, sempre finalizado com adornos de cabeça.

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Colaboraram Danillo Costa e Rebeca Ligabue

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