Lia Socha: empresária conta a incrível trajetória na moda brasiliense
Ela começou como vendedora na Magrella e, 32 anos depois, abriu a própria multimarcas no Lago Sul com muito esforço e dedicação
atualizado
Compartilhar notícia
Tornar-se uma empresária de sucesso no mundo da moda é uma experiência desafiadora, principalmente quando se começa com poucos recursos e muitos riscos. Lia Socha conhece bem esse caminho. Há 10 anos, ela mergulhou fundo em um sonho e abriu a multimarcas que leva o próprio nome, no Lago Sul.
Lia, minha amiga de longa data, nasceu em Uruaçu (GO) e é de uma família de 11 irmãos e mãe viúva. Veio a Brasília aos 16 anos e, aos 18, conseguiu um emprego como vendedora na Magrella, uma das lojas mais renomadas da capital. Não só isso, com muita dedicação e carinho, ganhou a confiança das frequentadoras do local e virou amiga de várias, inclusive da própria dona. Depois, tornou-se gerente de compra e venda da boutique de Cleuza Ferreira.
A inspiração veio da mãe, que era costureira. Não só em relação ao gosto pela moda mas também a referência de força e determinação. Hoje, Lia usa o carisma e a força de vontade para cativar cada vez mais clientes e manter o negócio em um dos bairros mais cobiçados de Brasília.
Vem comigo saber mais!
Na loja, as peças são versáteis e atendem a todos os tipos de gostos. Das mais básicas e casuais às sofisticadas e extravagantes. Para oferecer os melhores produtos, Lia está sempre de olho nas tendências e mantém o costume de buscar um feedback constante das consumidoras.
Confira o bate-papo:
Qual foi o seu primeiro contato com a moda?
Os tecidos sempre me fascinaram, a vida toda. A partir daí, veio a vontade de lidar com moda. Na última leva de irmãos, éramos quatro meninas e minha mãe, costureira, tinha muito cuidado com a gente. Sempre mexendo com tesoura, às vezes cortando a toalha da mesa sem querer (risos).
Quanto tempo você ficou como funcionária na Magrella? Como ajudou a marca a crescer?
Em 1975, vi um anúncio de jornal sobre uma vaga, me interessei, fui atrás, e deu certo. Entrei como vendedora, mas sempre fui muito curiosa, gosto de agir e resolver tudo, depois cheguei à gerência. Fiquei 32 anos lá, uma vida. Sempre me dediquei muito ao meus atendimentos. Amo lidar com pessoas, então sempre tive bastante cuidado.
Como era o trabalho com a Cleuza Ferreira?
Ela é uma pessoa maravilhosa, foi fantástica comigo. Aprendi tudo com ela. Nós fomos caminhando juntas, a Magrella era pequenininha quando eu comecei. O mérito do desenvolvimento é dela, eu a acompanhava. Cheguei à gerência por causa do carinho que a Cleuza tinha por mim. A gente se dava muito bem, talvez até uma questão de sintonia. Tenho uma admiração enorme.
Por que você saiu da Magrella?
Chega um momento em que você não tem mais para onde ir. Eu tinha uma sensação de não ter mais espaço e fui até aonde dava. Às vezes, você tem aquela ansiedade de busca, de crescimento, de experimentar. Decidi sair em novembro de 2017, mas esperei o fim de ano passar, porque eu sabia que dezembro é um dos meses mais pesados no comércio. Não consigo deixar algo sem finalizar. E sou muito grata por todo o processo, toda a minha desenvoltura lá dentro.
Como foi abrir a própria loja?
Estou aqui desde 2008. Tenho uma grande amiga que me ajudou financeiramente, com um empréstimo, além de ter me dado muito incentivo. Sempre enfrentei dificuldades, mas os desafios da vida nos levam para frente. Quando fui fazer minha primeira compra, não tinha dinheiro, mas os fornecedores sabiam do meu histórico e acreditaram em mim, no meu potencial. Várias clientes me acompanharam, porque eu sempre tive muito cuidado com elas, muito carinho e respeito. Em dois anos, consegui recuperar todo o investimento.
Qual é o DNA da sua marca e com qual público você trabalha atualmente?
Quero atender todas e que saiam todas felizes daqui: a mãe, a filha, a avó. Estou aqui para resolver. São peças do dia a dia ao black tie. Vou de acordo com as tendências. Por exemplo, se tem muita estampa, vamos atrás de muita estampa. Fico o tempo todo em pesquisa. Além disso, o cliente é o termômetro da loja. Não tem distância comigo, a ideia é que se sintam sempre à vontade.
O que significa ter se tornado um dos principais nomes do mercado de luxo em Brasília?
Sinto um orgulho muito grande, nem sei se sou merecedora. Estou pronta para resolver os anseios das clientes. É muito mais do que uma troca comercial, é uma experiência. Sinto muito orgulho e tenho um carinho imenso por todas as minhas clientes.
Veja minhas peças favoritas da multimarcas:
A equipe da loja é formada por três vendedoras, uma assistente de serviços gerais, uma gerente de compra e vendas, que também alimenta as redes sociais, uma costureira, e, claro, Lia. A empresária faz de tudo: administra o negócio, atende clientes, monta vitrine e por aí vai.
Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, não deixe de visitar o meu Instagram. Até a próxima!
Colaborou Rebeca Ligabue