Kim K. fatura US$ 2 milhões nas primeiras horas da Skims Solutionwear
Após ser pressionada a trocar o nome de sua linha de roupas modeladoras, empresária chega ao segmento de underwear com lucros avassaladores
atualizado
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A tão esperada linha de shapewear de Kim Kardashian finalmente está entre nós. Depois de ter problemas com o primeiro nome escolhido para a marca (Kimono), por se apropriar de um dos pilares da cultura japonesa, a empresária lançou a etiqueta sob o nome Skims, na terça-feira (10/09/2019), e já arrecadou milhões apenas no primeiro dia de vendas.
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Se você acompanha a coluna, sabe que o caminho até o lançamento da Skims Solutionwear foi tortuoso. No final de junho, Kim Kardashian surpreendeu seus seguidores do Instagram ao anunciar uma linha de shapewear que traria uma grande diversidade de tons, tamanhos e modelagens, corrigindo uma deficiência no segmento de roupas modeladoras.
“Eu sempre cortei meu shapewear para fazer minhas próprias peças e, muitas vezes, não conseguia achar tons semelhantes ao da minha pele, então, precisávamos de uma solução para isso”, escreveu Kardashian em seu Instagram.
No entanto, o nome escolhido pela empresária, à época, Kimono Shapewear, não agradou aos japoneses. Após anunciar a novidade em sua conta do Twitter, usuários da rede começaram a acusar a americana de se apropriar da cultura oriental ao utilizar o nome do tradicional traje para batizar a label. Rapidamente, a hashtag #KimOhNo ganhou força e uma petição on-line foi criada para pressionar a magnata da beleza a renomear o projeto.
De início, Kardashian se esquivou do problema, afirmando que tem um “profundo respeito pelo significado do quimono na cultura japonesa” e que sua marca foi “construída com inclusão e diversidade”. Contudo, após o prefeito de Kyoto, Daisaku Kadokawa, criticar a atitude da socialite por meio de uma carta aberta, ela resolveu voltar atrás.
Mais de 2 milhões de peças já haviam sido etiquetadas com a logo da Kimono, desenhada pelo marido da estrela, Kanye West, e colocadas em uma embalagem que também levava a assinatura. Ao ceder aos protestos do público, uma nova identidade visual teve de ser pensada e todos os itens tiveram que voltar à fábrica para serem reetiquetados e reembalados.
Deste período até agosto, quando o nome Skims foi divulgado, a magnata da beleza compensou o atraso por meio do marketing, transformando as roupas modeladoras até mesmo em tendência de street style. Além disso, ela convocou 26 mulheres para enfatizar a diversidade da label, de Kylie e Khloe até Alice Marie Johnson, ex-detenta que Kim ajudou a libertar da prisão.
Em um vídeo divulgado no fim de agosto, a bisavó de 64 anos, que cumpriu 21 anos por tráfico de drogas, pôde ser vista experimentando produtos da Skims Solutionwear enquanto fazia um paralelo entre a liberdade que adquiriu graças à empresária e o fato de se sentir tão livre quanto ao usar as roupas da marca, sempre frisando que a mesma é dedicada a mulheres de verdade.
A linha de roupas modeladoras chegou ao mercado com 36 peças, divididas em seis categorias: sem costura, controladora, escultural, contorno, serve para todos e peças íntimas de malha. O trabalho traz nove opções de tons, do areia ao ônix, e tamanhos do XXS ao 5XL, com 28 tipos de bojo.
“Meus amigos e familiares estão começando a receber as caixas da Skims e não poderia ter resposta melhor. Todos estão amando os produtos e isso me deixa muito feliz! Eu conheço os shapewears melhor do que ninguém! Já cortei, encaixei e costurei minhas próprias versões ideais e agora todos podem usá-las também”, disse no Instagram ao enfatizar que há 15 anos lida com este tipo de peça.
Segundo Kim, o segredo da Skims é o tecido: macio, leve, respirável e completamente uniforme, passando indetectável sob tudo, desde um minivestido a um macacão. “Há três tipos de tensão, então, serve para alguém que está experimentando roupas modeladoras, procurando algo apenas para suavizar, e para quem quer comprimir tudo”, explicou ao InStyle.
Ao veículo, a empresária ainda revelou que os grandes hits da etiqueta deverão ser as peças de uma perna e o traje completo. “Eu tenho celulite e sempre quero esse suporte, mas sempre tive que reinventar. Toda vez que viajava, trazia meus spanx e também uma tesoura, porque nunca sabia se teria que cortá-los para adequá-los às roupas. Se eu usasse um vestido com uma fenda de um lado, sempre teria que cortá-lo. Isso acabou”, disse aliviada.
Contudo, não é apenas a experiência de Kardashian que a ajudará a impulsionar as vendas. O segmento de roupas modeladoras tem ganhado força ao passo que os consumidores buscam soluções para se sentirem confiantes.
O mercado global de shapewear, que rendeu aproximadamente US$ 2 bilhões no ano passado, pode valer até US$ 6,4 bilhões em 2024. Somente nos EUA, as vendas para o público feminino cresceram 2%, com US$ 518,8 milhões de receita nos últimos 12 meses, de acordo com o serviço de rastreamento de consumidor da NPD.
Tal efeito pôde ser sentido com clareza no primeiro dia de vendas da Skims. De acordo com a TMZ, a marca faturou US$ 2 milhões nos minutos que sucederam o lançamento oficial, com quase todos os produtos se esgotando. Arrasou, Kim!
Colaborou Danillo Costa