Justin Baldoni acusa Lively de sabotar filme com decisões de figurino
O ator e diretor de É Assim que Acaba detalhou, em ação judicial, o comportamento controverso da atriz durante a produção do filme
atualizado
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O recente processo judicial envolvendo a atriz Blake Lively e o ator e diretor Justin Baldoni trouxe à tona um polêmico conflito nos bastidores da adaptação cinematográfica de É Assim que Acaba, lançada em agosto de 2024. A ação judicial, protocolada em um tribunal federal de Nova York, nos Estados Unidos, em 31 de dezembro de 2024, acusa Baldoni de assédio sexual contra Lively e conduta inapropriada no set de filmagens.
No entanto, o ator norte-americano também entrou com uma ação judicial contra o jornal The New York Times, alegando que a reportagem publicada pela instituição sobre o caso amplificou acusações falsas contra ele. O documento também revela um drama relacionado ao figurino e à dinâmica criativa do filme que resultou nessas denúncias.
Vem entender!
Justin Baldoni x Blake Lively
Segundo o processo de Justin Baldoni, Blake Lively teria se recusado a participar de provas de roupas no escritório de produção, localizado a menos de 15 minutos da residência dela no bairro Tribeca, que fica no centro de Manhattan, em Nova York.
Em vez disso, a protagonista teria demandado que toda a equipe de figurino, incluindo roupas e funcionários, fosse até a casa de Lively, o que teria causado atrasos no cronograma de produção e estouro no orçamento, de acordo com as argumentações do ator.
A situação se agravou quando a estrela da série Gossip Girl assumiu, de acordo com Baldoni, controle total sobre o visual da personagem interpretada por ela, a Lily Bloom — uma decisão que, nas justificativas do diretor, ia além da autorização contratual de Lively.
Um dos exemplos mais controversos apontados pelo artista norte-americano foi a inclusão de uma bota brilhante da grife Saint Laurent, no valor de US$ 5 mil. O item, que destoava do perfil modesto da personagem, exigiu alterações no roteiro para justificar a presença dele no filme, além de comprometer a narrativa visual previamente estabelecida.
A questão do figurino também teria gerado preocupação entre a equipe da Sony, distribuidora do filme. Fotos de bastidores divulgadas por paparazzi, nas quais mostrava Lively com as roupas que ela mesma estilizou, foram consideradas “pouco agradáveis” por executivos do estúdio, o que levantou dúvidas sobre a coerência visual da personagem com a história.
A tensão culminou quando o ator Rafael Solano, da comédia romântica satírica Jane the Virgin, sob orientação da Sony, tentou discutir as escolhas de figurino com a atriz. Blake, por sua vez, interpretou a conversa como assédio e acusou Baldoni de fazer comentários inadequados, de acordo com as alegações do diretor.
No processo, ele alega que a atriz utilizou a própria influência para impor controle sobre a produção, desconsiderando o esforço colaborativo da equipe.
Declarações anteriores de Blake Lively também entraram em discussão na web. Em uma entrevista concedida durante a estreia do filme em Londres, na Inglaterra, a atriz afirmou que prefere estar ativamente envolvida na criação de suas personagens, não apenas vestindo roupas e recitando falas.
Essa declaração foi destacada por internautas, que apontaram uma contradição em relação à alegação da atriz no processo contra Baldoni de não ter poder de decisão no projeto de É Assim que Acaba.
O novo capítulo do caso promete prolongar ainda mais o embate entre os dois artistas. A briga judicial, que já atraiu bastante a atenção da indústria e do público, destaca o impacto de questões criativas quando o assunto é cinema.